TEMPO DE CHEGADA DO PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA
Por: gazzolinha • 12/4/2017 • Resenha • 486 Palavras (2 Páginas) • 602 Visualizações
Análise Crítica
Tempo de chegada do paciente com infarto agudo do miocárdio em unidade de emergência
O estudo realizado por Alessandra Bastos analisou fatores sociodemográficos e clínicos de 52 pacientes, vítimas de infarto agudo do miocárdio, associando fatores como o tempo de chegada ao hospital, tratamento e o prognóstico.
Neste trabalho pode-se apontar que as doenças cardiovasculares são as que apresentam maiores índices de mortalidade.
No Brasil elas são responsáveis por 31% das causas de morte. O rápido atendimento ao paciente é um fator que contribui para reduzir esse índice, mas estudos apontam que 80% dos pacientes por vários fatores não procuram imediatamente o hospital.
Diante desses apontamentos o trabalho teve por objetivo caracterizar o perfil das pessoas com infarto agudo do miocárdio (IAM), verificar o tempo de chegada (deltaT) estabelecendo relação com o tratamento e prognóstico.
Foram acompanhados 52 pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de IAM. Observou-se que a maioria são homens, casados, com idade média de 62 anos, aposentados, com poucos anos de estudo e sobrepeso, predomínio de histórico familiar de doença cardíaca, hipertensão arterial e sedentarismo.
As graves consequências do IAM poderiam ser evitadas, se o infartado recebesse os primeiros socorros de maneira adequada, geralmente na unidade de emergência.
O enfermeiro frequentemente é o primeiro contato desses pacientes, tendo papel fundamental para que eles possam distinguir os sinais e sintomas do IAM de outras emergências cardiovasculares.
O sucesso no atendimento ao paciente de IAM depende do tempo entre a ocorrência, o início do tratamento e da capacitação dos profissionais envolvidos.
Sabemos da extrema importância de uma capacitação profissional, de possuir habilidades técnicas que influenciam na tomada de decisões sobre os procedimentos necessários e para que se possa reconhecer possíveis alterações ou complicações no quadro clínico.
Não somente conhecer o perfil da população com IAM é necessário realizar registros completos nos prontuários, mas que devido a alta demanda e rotatividade não é realizado de forma adequada em unidades de emergência.
Diante do exposto existem aspectos negativos como a não unificação de uma anamnese minuciosa, pois o atendimento que começa na unidade de emergência às vezes necessita de transferência para outra unidade, essa medida ajudaria esclarecer dúvidas sobre o quadro clínico desde a chegada. Poderiam a partir da alta do paciente efetivar um tratamento ou programa de autocuidado a fins de reduzir as chances de uma nova internação.
O papel do enfermeiro é fundamental para realizar os primeiros cuidados na assistência ao paciente com IAM. A necessidade constante de aprimoramento dos profissionais de enfermagem e da utilização de protocolos para a melhoria da assistência a ser prestada é essencial. Desta maneira a equipe de enfermagem melhora a sobrevida e diminui a morte desses pacientes, mas sempre lembrando que a chegada precoce ao serviço de emergência é crucial para o êxito do tratamento.
Os resultados sugerem que novas pesquisas na área podem ajudar a aumentar a conscientização dos pacientes e profissionais da saúde para a necessidade de mais ações educativas.
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