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Violência contra idosos

Por:   •  4/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  843 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

        O aumento dos idosos em todo o mundo deve-se as transformações socioeconômicas que determinaram grandes inovações cientifico-tecnológicas, associadas a melhores condições de vida. No entanto, essa conquista também gera aspectos negativos, como aumento  da violência e maus tratos.

        A organização Mundial da Saúde (OMS) define maus tratos na terceira idade como ato único ou repetido, ou ainda, como ausência de ação apropriada que cause dano, sofrimento ou angustia, e que ocorra dentro de um relacionamento de confiança. Esse cenário é atualmente uma preocupação relacionada com a saúde publica e a violação dos direitos humanos e, por não ter um fator unicausual, trata-se de um fenômeno biopsicossocial.

  1. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

        Dados epidemiológicos do Ministério da Saúde (2005) demonstram que, no Brasil, 27% das internações, dos 93 mil idosos, são em decorrência de violências e agressões. As agressões que chegam ao Sistema Único de Saúde (SUS), são principalmente as explicitas, mas há os casos não descriminados, como os que ocorrem no ambiente intrafamiliar, que são bastante complexos, delicados e de difícil penetração no silencio, por envolverem relações e sentimentos de insegurança, medo, conflitos de consanguinidade, proximidade, de afetividade, relações de amor e instinto de proteção em defesa do agressor.

  1. TIPOS DE VIOLÊNCIA

3.1 Maus tratos físicos

        Uso de força física para compelir os idosos a fazerem o indesejado, feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte.

3.2 Maus tratos psicológicos

        Agressões verbais ou gestuais objetivando aterrorizar, humilhar, restringir sua liberdade ou isolar do convívio.

3.3 Abuso financeiro ou material

        Exploração imprópria ou uso não consentido de recursos financeiros patrimoniais.

3.4 Abuso sexual

        Ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterorrelacional visando a excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.

3.5 Negligencia

        Recusa ou omissão de cuidados necessários pelos familiares ou instituições. Geralmente, está associada a outros abusos que geram lesões ou traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para aqueles em situação de múltipla dependência ou incapacidade.

3.6 Abandono

        Ausencia ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares na prestação do socorro.

3.7 Autonegligencia

        Idoso que ameace a própria saúde ou segurança, pela recusa ou fracasso de prover a si mesmo o cuidado adequado. São fatores de risco para a autonegligência morar sozinho, ser do sexo feminino, ser portador de demência ou de distúrbios psiquiátricos, ser alcoolatra, isolar-se socialmente e possuir baixo poder aquisitivo.

3.8 Negligencia social difusa

        Categoria mais ampla do que a definição de negligencia, por abarcar as pectos estruturais da sociedade sendo estes responsáveis pela omissão, negligencia dos direitos e representatividade social de grupos historicamente estigmatizados e descriminados.

3.9 Violação dos direitos humanos

        Privação de qualquer direito inalienável, como a liberdade, direito de fala e privacidade.

  1. CAUSAS DE MORTE DOS IDOSOS

        Olhando-se em todas as causas de óbitos de idosos no Brasil, no período de 1991 a 1998, as violências e os acidentes representaram 3,5% da mortalidade geral. Os dados indicam, uma tendência de queda, pois em 2000, constituíram-se 2,8% do total, quando se comparam todas as causas de doenças ou outros agravos responsáveis pelas mortes da população de 60 anos ou mais. As violências e acidentes ocupam atualmente o sexto lugar nessa mortalidade geral. No conjunto de óbitos, as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias, as enfermidades respiratórias, ocupam o quinto lugar. Em 2002, morrera, 13436 idosos por acidentes e violências no país, significando, por dia, cerca de 37 óbitos, dos quais 8884 foram de homens e 4552 de mulheres. O gráfico abaixo mostra uma pequena tendência a queda.[pic 1]

  1. PERFIL DO AGRESSOR

        O perfil de maior frequência do perpetuador familiar é o do filho homem, seguidos das noras, genros e esposos. Característica notável é o fato de os filhos serem dependentes financeiramente dos pais idosos, ou inversamente, idosos dependentes da família e dos filhos.

  1. PERFIL DA VITIMA

        Há predominância do sexo feminino, idade 75 anos ou mais, viúvas, dependentes físico ou emocionalmente e residência junto a familiares, histórico familiar de violência, alcoolismo e distúrbios psiquiátricos, bem como, portadores de doenças crônicas.

  1. LOCAIS DE MAUS TRATOS

        A violência aos idosos está presente em lugares de longa permanência, domicílios, transportes públicos. Do ponto de vista do idoso, as instituições de longa permanência é considerada um lugar ameaçador, considerando-se as numerosas denúncias referentes a maus tratos.

  1. PAPEL DO ENFERMEIRO

        O serviço de saúde é a principal porta de entrada para os casos de maus tratos, cabendo ao profissional de saúde realizar avaliação e abordagem adequadas para caracterização do problema, baseando-se em informações consistentes e conhecimentos sobre violência.

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