A CRISE NA VACINAÇÃO
Por: Brenda Santiago • 14/10/2018 • Seminário • 2.271 Palavras (10 Páginas) • 299 Visualizações
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CRISE NA VACINAÇÃO
REDENÇÃO – PARÁ
Setembro/2018
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Brenda Moreira Santiago
Cleidiane Corrêa Leite
CRISE NA VACINAÇÃO
Trabalho Acadêmico apresentado como pré-requisito avaliativo em Fisiologia Humana para obtenção parcial de nota.
Orientação: Ricardo Rozzete Vicente Gomes.
REDENÇÃO – PARÁ
Setembro/2018
Um pouco da história das vacinas
Nas últimas décadas, entre os maiores avanços observados na área da saúde, a imunização vem ocupando um espaço progressivamente maior em todo o mundo. O desenvolvimento da ciência, microbiologia, farmacologia e imunologia tem somado aos estudos de epidemiologia e sociologia os quais evidenciam no grande impacto que as vacinas têm representando para a sociedade atual significado um dos principais fatores de promoção de saúde e prevenção de doenças.
No início do século 17, a varíola era uma das doenças mais temíveis no mundo, e representava uma alta taxa de mortalidade. Lady Mary Montagu, esposa do embaixador inglês em Istambul, observou que a doença poderia ser evitada através de uma técnica utilizada pelos mulçumanos com a introdução, na pele de indivíduos sadios, de líquidos extraídos de crostas de varíola em um paciente infectado. Esse processo era conhecido por “ Variolação”, provavelmente teve origem na China e foi levado a Europa Ocidental, onde, embora tenha provocado vários casos de morte por varíola, foi utilizado na Inglaterra e nos EUA até surgirem as primeiras investigações do médico inglês Edward Jenner, publicadas no trabalho Variolae Vaccinae, em 1789.
Jenner estudou camponeses que desenvolvia uma condição benigna conhecida por Vaccinia, devido ao contato com vacas infectadas por varíola bovina (cawpox), e com isso ele desenvolveu as primeiras técnicas de imunização. Mesmo sem preceitos bioéticos definidos posteriormente, sua contribuição para a história da medicina aproximadamente em 1870 foi estabelecida a relação causa- efeito entre a presença de microrganismos patogênicos e doenças, esse processo foi desenvolvido por Louis Pasteur e Robert Koch. Para homenagear Jenner, Pasteur deu o nome de vacina (como o vírus da Vacina de Jenner). Em 1885 Pasteur desenvolveu a vacina contra a raiva humana, dando início a uma nova era.
Instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), assim como o significado da erradicação de doenças da varíola, que teve seu último registro de ocorrência em 1977. No Brasil o Programa Nacional de Imunização (PNI), criado em 1971, é citado como referência mundial, tendo organizado campanhas de vacinação em outros países como o Timos Leste, e auxiliando em programa de imunização na Palestina, Cisjordânia, e também na Faixa de Gaza, estabelecendo cooperação técnica em inúmeros países.
Ações planejadas e sistematizadas desenvolvidas em nosso país erradicaram a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. Implementaram medidas para o controle da caxumba, rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, das infecções invasivas pelo Haemophilus influsae tipo B, da influenza e também das infecções pneumocócica e suas complicações nos idosos.
Hoje o PNI mantém uma política de parcerias e de incentivo a modernização tecnológica do parque produtor nacional coma maioria dos imunobiológicos utilizado sendo de produção nacional. São gerados benefícios detentos e indiretos com ações de imunização inúmeras evidências demostraram seu potencial de redução da mortalidade entre as crianças, melhorias das condições de saúde e bem-estar das comunidades, além de representar economia para a sociedade, tanto através de redução com consulta e internações hospitalares decorrentes das doenças como de menor absenteísmo escolar e de trabalho. O grande desafio que se apresenta a todos nós é o de apoiar, através da educação informação e conscientização, ações que promovam o alcance das imunizações a todas as comunidades. Atualmente temos fácil acesso a todas as vacinas já desenvolvidas e fabricadas em postos de saúde, e para tomar a dose de qualquer tipo é só levar a carteira de vacinação.
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem, elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde das pessoas e inclusive levá-la à morte. A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo e quanto mais pessoas de menor é a chance de qualquer uma delas vacinadas ou ficar doente. Até hoje a Varíola é a única doença já erradicada mundialmente, o último registro da doença foi em 1977. Outra doença que estar em processo de erradicação e a poliomielite (Paralisia Infantil). No continente americano, não há casos desta doença desde 1991.
Ainda existe países existem países no mundo que registra casos de poliomielite como, Índia, Paquistão, Afeganistão, Nigéria, Níger, Egito e Gana, países da África e da Ásia. Assim o vírus pode ser trazido para o Brasil por pessoas vindas desses locais, uma vez que turistas, comerciantes e profissionais em geral viajam muito entre os já citados continentes e o Brasil. É por isso que é muito importante que todas as crianças sejam vacinadas contra as doenças. É importante destacar que não são somente as crianças que devem tomar vacinas, os adultos e idosos também devem tomar as doses necessárias para a sua idade correspondente. As vacinas são administradas por meio de injeção ou via oral (pela boca). Quando a pessoa é vacinada seu corpo detecta a substância da vacina e produz uma defesa, os anticorpos. Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que doenças ocorram no futuro. Isso se chama imunização.
Portanto, o complemento vacinal é muito importante para evitar diversos problemas.
As vacinas para crianças são:
- BCG: é aplicada logo após o nascimento, em dose única, e ajuda na prevenção de formas graves da tuberculose. Assim, ela evita também a meningite decorrente da infecção tuberculosa e a tuberculose miliar, ou disseminada, que acontece quando a bactéria se espalha para outros órgãos;
- Hepatite B: dividida em três doses ao longo dos primeiros seis meses devida, com a primeira dose sendo aplicada logo após o nascimento;
- Vacina Pentavalente/DTP: aplicada em três doses, sendo a primeira aos 2 meses de idade. Tem esse nome porque protege basicamente contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite e infecções causadas pelo Haemophilus B, como a meningite;
- VIP (Vacina Inativa da Poliomielite): também conhecida como a vacina contra a paralisia infantil, ela é aplicada em três doses, sendo a primeira aos 2 meses de idade. Há até pouco tempo, era recomendada a vacina oral contra a Poliomielite (VOP). “Devido ao desaparecimento dos casos de Poliomielite, especialmente por conta da ótima cobertura vacinal, começou-se a observar apenas os desejos indesejáveis e efeitos colaterais mais evidentes da vacina com vírus vivo atenuado. Então, decidiu-se pela troca para a vacina com vírus inativado, a chamada VIP”, explica Furtado;
- VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano): também aplicada primeiramente no segundo mês de vida, ela consiste em duas doses que previnem gastroenterites, ou diarreias, causadas por este vírus;
- Vacina Pneumocócica 10-valente: são duas doses e um reforço no primeiro ano de vida, sendo que a primeira dose é com dois meses de idade. Previne doenças graves causadas pelas bactérias da espécie penumococos, como pneumonia, meningite e otites.
- Meningocócica C: dividida em duas doses, é aplicada pela primeira vez aos 3 meses. Ela previne contra a bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, capaz causar infecções graves;
- Febre Amarela: antes indicada apenas para crianças que residiam em áreas onde a doença era considerada endêmica, agora ela passou a fazer parte do calendário básico de vacinação dos estados do sul e sudeste brasileiro. É aplicada em dose única, aos nove meses de idade;
- Tríplice Viral: é produzida a partir do vírus vivo atenuado de sarampo, caxumba e Rubéola. Idealmente, deve ser dada aos 12 meses, com reforços entre um e três anos de idade;
- Hepatite A: aplicada em dose única aos 15 meses;
- Tetra viral: também dada aos 15 meses em dose única, previne os mesmos agentes da Tríplice Viral, adicionando a proteção à varicela. Depois, um reforço da varicela é aplicado aos quatro anos de idade;
- HPV: são apenas duas doses. Protege contra os tipos de HPV que podem causar câncer cervical (de colo de útero), vaginal, vulvar, anal e de formação de verrugas. Indicada a partir dos nove anos de idade em meninas e a partir dos 11 em meninos, ou do início da vida sexual ativa;
- Vacina da gripe (influenza): ela previne contra as formas mais graves da gripe e deve ser dada anualmente em qualquer pessoa a partir dos seis meses de vida, principalmente nos grupos de maior risco elencados pelo Ministério da Saúde.
Vacinas para adultos;
Dependendo da situação vacinal da pessoa, é possível recuperar o tempo perdido a garantir a proteção contra doenças que seriam enquadradas na vacinação infantil. Para isso, pode-se tomar a dupla adulto, que evita difteria e o tétano, e a Tríplice Viral – em duas doses para quem tem até 30 anos, ou dose única acima dos 30.
Há, porém, casos específicos para os quais precisamos ficar em alerta:
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