A Farmácia Hospitalar
Por: ferminaalves • 13/9/2017 • Relatório de pesquisa • 1.735 Palavras (7 Páginas) • 513 Visualizações
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Universidade Católica de Pelotas
Curso de Farmácia
Disciplina de Farmácia Hospitalar
Profº Márcia Garcez
Palestra O Farmacêutico na Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional - EMTN
Fermina Francesca Alves Vargas
7° semestre
Pelotas, 19 de junho de 2017
Fermina Francesca Alves Vargas
Palestra O Farmacêutico na Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional - EMTN
Palestrante Priscila Ferraz, Farmacêutica Clinica e Especialista em Farmácia Hospitalar. Participante da Farmacovigilância (HUSFP), Equipe consultiva de cuidados paliativos (HUSFP), Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) (HUSFP), Coordenadora do Serviço de Farmácia Clinica (HUSFP), Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (ETN) (HUSFP), Preceptora no Programa de Residência Integrada em Saúde do Idoso da Universidade Católica de Pelotas (HUSFP), Presidente da Comissão de Farmacovigilância (Santa Casa de Pelotas) e Presidente da Comissão de Farmácia e Terapêutica (Santa Casa de Pelotas).
Universidade Católica de Pelotas
Pelotas, 2017
A palestra ministrada pela farmacêutica do Hospital Universitário São Francisco de Paula e da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, Priscila Ferraz, com o tema O Farmacêutico na Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional – EMTN ocorreu no dia 12 de junho de 2017, no horário destinado a cadeira de Farmácia Hospitalar, na Universidade Católica de Pelotas.
O tema exposto é um tema pouco abordado em meio acadêmico, principalmente dentro da faculdade, abrindo para nosso conhecimento um novo ramo dentro do hospital.
Foi abordado a atuação da farmacêutica na Equipe Multidisciplinar em Terapia Nutricional.
Atualmente existe uma RDC especifica que regulamenta a obrigatoriedade dessa equipe em hospitais, contendo, no mínimo, um médico, um farmacêutico, um enfermeiro e um nutricionista, sendo possível e benefica a inserção de outros profissionais da área da saúde.
Quanto a terapia de nutrição enteral, temos que são alimentos ou suplementação de nutrientes quando os pacientes não conseguem se alimentar de forma oral adequadamente. Ela pode ser industrializada ou manipulada, onde o sistema industrializado é o preferido devido ao baixo risco de contaminação. Ela pode ser polimérica, oligomérica (proteína hidrolizada, sendo mais bem aproveitado), monomérica (só aminoácidos livres), sendo a polimérica (que contem a proteína inteira, necessitando que o paciente seja capaz de degradar a proteína) a mais usada por ser mais completa e sendo esta a padronizada no hospital. O uso de todas as outras, por não serem padronizadas, são feitas em pedidos separados, para caso específicos.
A sonda usada para levar a dieta ao local desejado pode ser gástrica ou por via entérica, sendo avaliada caso a caso e sendo este um trabalho importante do farmacêutico.
Para o uso de dieta enteral é necessário que o intestino do paciente funcione e é aplicado em casos em que o paciente não pode ou não quer se alimentar oralmente, não atingindo a quantia nutricional mínima.
A nutrição parenteral pode ser em solução ou emulsão e quando não se tem funcionamento do trato gastrointestinal.
Existe dois tipos: dois em um ou três em um, onde a três em um é a padronizada no hospital. A dois em um contem uma solução de aminoácidos + uma solução de glicose, podendo ser associados polivitaminicos, oligoelementos e eletrólitos. A três em um contem ainda lipídios, separados das demais soluções, por mudarem a estabilidade e dessa forma a validade.
A manipulação dessas dietas é dispendiosa para o hospital devido a baixa demanda, falta de profissionais qualificados e ainda o alto risco de contaminação. Contudo, existe a possibilidade de compra dessas dietas manipuladas.
Para dieta parenteral o acesso pode ser central ou periférico, sendo a química do produto (sua osmolaridade) o principal fator na escolha do acesso, além da necessidade do paciente. É indicada quando o paciente não pode fazer uso da via enteral, falência intestinal por diversos motivos, imaturidade no caso de bebês imaturos, entre outros.
A nutrição enteral e a parenteral podem ser associadas para se alcançar a quantia mínima de nutrientes necessários para o paciente.
A equipe tem as seguintes atribuições: criar e aplicar mecanismos de triagem e vigilância nutricional em regime hospitalar (todos os pacientes SUS são acompanhados desde sua entrada), atender as solicitações de avaliação, assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, conservação, transporte, administração, controle químico laboratorial, avaliação final da terapia visando obter os benefícios máximos do procedimento e evitar os riscos, estabelecer protocolos de avaliação nutricional, documentar todos os resultados, capacitar os profissionais (jornadas e eventos dentro da equipe e ainda profissionais na residência).
Quanto ao profissional farmacêutico, este deve: avaliar a formulação e prescrição médica quanto a sua adequação, concentração, compatibilidade fisico-química dos componentes e dosagem de administração (não sendo feito no hospital pela padronização das dietas enterais e parenterais), assegurar que os rótulos das nutrições apresentem de maneira clara e precisas as informações necessárias (no caso do hospital é somente o nome do paciente e a dosagem que este vai realizar), avaliar a prescrição médica verificando possíveis interações do tipo droga-nutrientes, nutriente-nutriente, verificar incompatibilidades das formas farmacêuticas com relação as vias de administração, verificar condições de acesso endovenoso da nutrição parenteral (via exclusiva, mais nada pode ir nesse mesmo acesso), participar de estudos de farmacovigilância , participar/promover/registrar as atividades de treinamento de operacional ou ainda educação continuada garantindo a utilização dos colaboradores e todos os profissionais envolvidos na preparação e dispensação das dietas (capacitação de equipe), registro em relação a nutrição parenteral manipulada, armazenamento adequado as nutrições conforme preconizado pela ANVISA com monitoramente e registre de temperatura, realizar qualificação de fornecedores, orientação de alta hospitalar (algo novo, baixo fluxo).
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