A Giardia Lamblia Giardíase
Por: Vitork28 • 25/7/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 582 Palavras (3 Páginas) • 274 Visualizações
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Giardia lamblia - Giardíase
Giardíase é uma parasitose do intestino delgado humano, causada pelo protozoário flagelado conhecido como Giardia lamblia (G. duodenalis, G. intestinalis).
Morfologia – Trofozoíto (forma ativa)
- Piriforme (forma de pera)
- Corpos parabasais
- 12,0 a 15,0 μm de comprimento
- Quatro pares de flagelos
- Dois núcleos
- Disco adesivo (fixação na mucosa intestinal)
- Blefaroplasto
- Axóstilo
Morfologia – Cisto (forma de resistência)
- Oval/ovoide
- 8,0 a 12,0 μm de comprimento
- Corpos parabasais
- Dois ou quatro núcleos
- Membrana cística
- Flagelo contraído (não se locomove)
- Axóstilo
Transmissão
É transmitido, mais comumente, em ambientes comunitários, pela rota fecal-oral.
- Água sem tratamento (somente a cloração não mata o cisto)
- Hortaliças contaminadas
- Mãos contaminadas (principalmente manipuladores de alimentos infectados e assintomáticos)
- Ingestão de cisto (vetores mecânicos – moscas, formigas, baratas; fezes de animais domésticos)
Ciclo biológico
Se inicia com a ingestão do cisto que, posteriormente, começa a desencistar no estômago (devido ao baixo pH, a membrana cística e desfeita) e retorna a sua forma ativa (trofozoíto), onde se multiplica enquanto se adere a parede do intestino delgado (disco adesivo). Ao chegar ao intestino grosso, se encista para ser eliminado junto das fezes.
Sintomatologia
O quadro clínico do individuo infectado por Giardia é associado à cepa (mais ou menos virulenta), carga parasitária, resposta imunológica, microbiota intestinal (competição interespecífica) e estado nutricional.
- Assintomáticos
- Sintomáticos
- Diarreia aguda/autolimitante ou diarreia crônica
- Perca de peso
- Fase aguda
- Diarreia aquosa (explosiva e pútrida)
- Evacuações constantes
- Mal-estar
- Cólicas
- Distensão abdominal
- Gases
- Anorexia
- Náuseas
- Fase crônica
- Esteatorreia – fezes acinzentadas ou claras (engorduradas)
- Má absorção (gordura; vitaminas A, D, E, K, B12; ácido fólico; ferro; lactose)
*Em casos de quadro diarreico muito severo, o trofozoíto é liberado junto das fezes antes de poder se encistar, e morre com pouco tempo ao ambiente.
Patogenia
- Lesão das microvilosidades – má absorção
- Lesão mecânica direta (fixação pelo disco adesivo do parasita)
- Lesão por liberação de proteases
- Indução de apoptose dos enterócitos
- Processo inflamatório (mecanismo da resposta imune)
*Ocorre uma rápida renovação dos enterócitos, mas pouco eficientes.
- “Atapetamento” da mucosa intestinal (devido a grande quantidade de trofozoítos)
Diagnóstico
- Clínico – por meio da sintomatologia
- Parasitológico
- Exame parasitológico de fezes
- Rastreio dos cistos – fezes formadas
- Rastreio dos trofozoítos – fezes diarreicas (deve ser feito o mais rápido possível, devido ao curto tempo de vida fora do intestino)
- Imunológico (anticorpos do soro)
- Molecular (DNA do parasito em fezes – PCR)
Profilaxia
- Higiene pessoal
- Tratamento dos doentes
- Tratamento da água
- Dar destino correto às fezes (privadas e fossas)
- Combate aos vetores mecânicos
- Cuidados durante a manipulação e realizar a proteção dos alimentos
- Cuidado aos animais domésticos (tratamento e vacinação)
- Amamentação
Tratamento
- Metronidazol
- Tinidazol
- Ornidazol
- Secnidazol
- Albendazol e mebendazol (anti-helmínticos que também atuam contra a Giárdia)
Referências:
Neves, D.P., Melo, A.L., Linardi, P.M., Vitor, R.W.A. Parasitologia Humana. 13ᵃ Edição, Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 2016.
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