Microorganismo: Giardia lamblia
Resenha: Microorganismo: Giardia lamblia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: izabelmayr • 10/9/2014 • Resenha • 1.978 Palavras (8 Páginas) • 354 Visualizações
Giardia lamblia
Microorganismo: Giardia lamblia.
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Microbiologia: Filo: Sarcomastigophora; Subfilo: Mastigophora; Classe: Zoomastigophorea; Ordem: Diplomonadida; Família: Hexamitidae; Genero: Giardia. A Giardia lamblia apresenta duas formas evolutivas distintas, o trofozoíto e o cisto. O trofozoíto é encontrado no intestino delgado, movimenta-se pela atividade dos flagelos, sua nutrição se faz pela membrana e por pinocitose e a reprodução ocorre por divisão binária longitudinal. Em relação às características morfológicas, o trofozoíto é piriforme, com simetria bilateral e mede 20 µm por 10 µm. Essa forma apresenta quatro pares de flagelos: um par de flagelos anteriores, um par de flagelos ventrais, um par de flagelos posteriores e um par de flagelos caudais. A face dorsal é lisa e convexa, enquanto a face ventral é côncava, apresentando uma estrutura semelhante a uma ventosa, que é encontrada somente no gênero Giardia e é conhecida por várias denominações: disco ventral, disco adesivo ou disco suctorial. Esse disco é uma estrutura complexa, formada por microtúbulos e microfilamentos que permitem a adesão do parasito à mucosa intestinal. Abaixo do disco adesivo, ainda na face ventral, observa-se a presença de uma ou duas formações paralelas, em forma de vírgula, conhecidas como corpos medianos. Os trofozoítos apresentam dois núcleos idênticos apresentando um cariossomo central sem cromatina periférica. Apresenta retículo endoplasmático, ribossomos e aparelho de Golgi. Não tem mitocôndrias. O cisto é oval ou elipsóide, medindo 12 µm por 8 µm de largura e apresenta uma parede externa de natureza glicoprotéica com espessura de 0,3 µm. A parede externa torna os cistos resistentes a variações de temperatura e umidade e também à ação de produtos químicos empregados como desinfetantes. Os cistos podem se manter viáveis por até dois meses no meio ambiente. No interior do cisto encontram-se dois ou quatro núcleos e um número variável de axonemas de flagelos.
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Reservatório: Homem e outros mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
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Modo de transmissão: A transmissão ocorre por via fecal-oral, seja, indiretamente pela ingestão com a água e alimentos contaminados ou, diretamente de pessoa a pessoa por meio de mãos contaminadas com cistos de Giardia. Poucos cistos são necessários para infectar o hospedeiro, sendo que 10 a 25 formas são suficientes para iniciar a infecção humana. Após a ingestão, o cisto passa por um processo de desencistamento, que tem início no meio ácido do estômago e completa-se no duodeno e jejuno, onde cada cisto maduro (quatro núcleos) libera dois trofozoítos binucleados. Os trofozoítos multiplicam-se por divisão binária longitudinal e assim colonizam o intestino, onde permanecem aderidos à mucosa intestinal por meio do disco ventral. Muitos desses trofozoítos passam por um processo de encistamento, ao final do qual são produzidos os cistos. Esse processo pode se iniciar no baixo íleo, mas o ceco é considerado o principal sítio de encistamento. Durante o encistamento, ao redor do trofozoíto é secretada pelo parasito uma membrana cística resistente composta parcialmente por quitina. Dentro do cisto ocorre nucleotomia, podendo ele apresentar-se então com quatro núcleos. Os cistos produzidos são excretados juntamente com as fezes do hospedeiro podendo permanecer viáveis por vários meses no meio ambiente, desde que em condições favoráveis de temperatura e umidade.
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Período de incubação: 2 a 4 semanas.
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Doença(s) que causa: Giardíase.
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Introdução: Giardíase é a infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia. É uma das causas mais freqüentes de diarréia que podem levar a distúrbios de absorção intestinal e retardo no desenvolvimento. Nas populações residentes nos países desenvolvidos, Giardia é o principal parasito intestinal encontrado na população. Em países como os EUA, a associação entre infecção por Giardia e surtos de diarréia, particularmente em crianças atendidas em creches, tem levado muitos autores a considerar esse parasito um agente infeccioso emergente.
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Epidemiologia: Giardia é um dos enteroparasitos mais freqüentemente observados nos exames parasitológicos devido à facilidade com que os cistos são acidentalmente ingeridos com a água e alimentos contaminados com fezes. A infecção por Giardia é cosmopolita, ocorrendo em áreas desenvolvidas e em desenvolvimento. Os índices de prevalência variam de 2 % nos países desenvolvidos até 30% nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que haja 200 milhões de pessoas com giardíase sintomática no mundo e 500 mil novos casos registrados anualmente em populações residentes na Ásia, África e América Latina. Nos países desenvolvidos Giardia é o principal parasito encontrado na população. Nessas áreas, além das altas prevalências constatadas em grupos específicos, como por exemplo, em viajantes e homens homossexuais, a infecção por Giardia é a causa mais freqüente de surtos epidêmicos de diarréia associados à água para consumo. A giardíase constitui um importante problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, onde as maiores prevalências têm sido observadas entre crianças mantidas em creches. Nesses locais, as crianças são expostas à infecção em uma idade em que ainda não adquiriram hábitos de higiene pessoal, podendo transmitir o parasito aos seus familiares, às outras crianças ou às pessoas que trabalham nesses estabelecimentos, além de contaminarem o ambiente. É um dos principais micro-organismos associados com surtos de gastrenterites de veiculação hídrica.
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Quadro clínico: Varia desde indivíduos assintomáticos até quadros de diarréia aguda ou crônica. Em 50% dos indivíduos a infecção é resolvida espontaneamente; em 5 a 15% a infecção é assintomática e o indivíduo pode eliminar cistos nas fezes por um período de até seis meses, enquanto
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