A HEPATOTOXICIDADE DE MEDICAMENTOS
Por: Aldo Moreira da Silva • 21/11/2018 • Trabalho acadêmico • 7.078 Palavras (29 Páginas) • 344 Visualizações
COLÉGIO SUPERE CURSOS TÉCNICOS
CURSO TÉCNICO EM FARMÁCIA
ALDENICE BORGES NASCIMENTO
CAROLAINE RAQUEL ARAÚJO
DILCE ROCHA DA SILVA SOARES
FLÁVIA APARECIDA BATISTA
RENATA APARECIDA ALVES DOS SANTOS
SUILLA FREITAS GONÇALVES
THAIS RODRIGUES DA COSTA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
HEPATOTOXIDADE DE MEDICAMENTOS
Orientação: Prof. Camila Silva Malfer
Uberlândia/MG
2017.
COLÉGIO SUPERE CURSOS TÉCNICOS
CURSO TÉCNICO EM FARMÁCIA
ALDENICE BORGES NASCIMENTO
CAROLAINE RAQUEL ARAÚJO
DILCE ROCHA DA SILVA SOARES
FLÁVIA APARECIDA BATISTA
RENATA APARECIDA ALVES DOS SANTOS
SUILLA FREITAS GONÇALVES
THAIS RODRIGUES DA COSTA
HEPATOTOXICIDADE DE MEDICAMENTOS
Orientação: Prof. Camila Silva Malfer
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico de Farmácia como parte de requisitos para obtenção do título de Técnico em Farmácia.
Uberlândia, 2017.
SUMÁRIO
- Introdução_______________________________________________________ 1-3
- Desenvolvimento__________________________________________________ 3
- Fígado e os danos hepáticos causados por medicamentos________________ 3-6
- Riscos de hepatotoxicidade por Paracetamol__________________________ 6-7
- Toxicidade do Paracetamol________________________________________ 7-8
- Uso do Paracetamol no tratamento da dengue_________________________ 8-11
2.5 Síndromes de Stevens Johnson ____________________________________ 11-15
- Considerações Finais______________________________________________ 15-18
- Referências Bibliográficas__________________________________________ 18-19
- INTRODUÇÃO
O dano hepático induzido por medicamentos normalmente refere-se a alterações bioquímicas ou persistentes, podendo ter característica hepatocelular que se caracteriza pelo aumento das transaminases oxalacéticas e pirúvica (TGO e TGP), ou colestático, o que levará ao aumento de bilirrubinas (G-GT).
Os medicamentos possuem uma ação benéfica, no entanto, podem originar vários efeitos secundários adversos principalmente ao nível hepático, causando lesões ou inflamações no fígado podendo afetar sua função. Efeitos benéficos esperados de muitos medicamentos rotineiros podem ser limitados devido às reações colaterais indesejáveis, especialmente no fígado, (BERTOLAMI, 2005).
Entre os medicamentos mais utilizados por adultos e crianças, estão os analgésicos, antitérmicos e antiflamatórios, devido serem medicamentos de venda livre, sem exigência médica, esses medicamentos são constantemente empregados na automedicação. A automedicação inadequada, tal como prescrição errônea, pode causar efeitos adversos. Certamente a qualidade da oferta dos medicamentos e as várias instâncias que controlam este mercado, exercem papel de grande importância nos riscos implícitos na automedicação (ARRAIS, 1997).
Há inúmeros casos clínicos de hepatotoxicidade medicamentosa, sendo os mais comuns e relatados, os riscos por paracetamol, pessoas ocasionada pela dengue e seus limites de medicações e também indivíduos portadores da síndrome de Stevens Johnson. Sendo que o medicamento administrado e recomendado na dose certa raramente trará malefícios e danos á saúde, porém em doses erradas e sem orientações podem causar danos muitas vezes irreversíveis.
A Hepatotoxicidade é um dano causado ao fígado, por determinados produtos, tais como, medicamentos, drogas, suplementos, ervas, vitaminas entre outros. O fígado desempenha inúmeras funções importantes no organismo, sendo principal órgão responsável pelo metabolismo de medicamentos e toxinas, sendo propício a gerar hepatotoxicidade.
O paracetamol é um exemplo de fármaco que o uso indevido, causa dano ao fígado, podendo levar a falência hepática fulminante, que se constitui de uma manifestação tardia de difícil tratamento. E é observada principalmente na interação entre medicamento e o uso de álcool. O seu consumo contínuo aumenta mais o risco de reações adversas hepáticas, já que a sobre dosagem pelo consumo em dias consecutivos está associado a um risco de aumento de hepatotoxicidade e a menores taxas de sobrevivência. Sendo as principais causas relacionadas com uso em grande escala, esta uso do fármaco para alivio de dor, que também e uma das principais finalidades do uso indiscriminado desse medicamento no Brasil.
O uso do paracetamol como tratamento na dengue é praticamente um protocolo de manejo clínico, sendo que é uma droga que causa riscos a função hepática, e o agente transmissor da dengue, também tem potencial de causar lesões no fígado. Mesmo com esses indícios o Ministério da Saúde afirma que pode ser utilizado para tratamento da doença, porém na dose recomendada. O paracetamol, denominado como acetominofeno, se constitui de um analgésico e antitérmico, sendo que sua dosagem excessiva aguda provoca lesão hepática fatal e o número de auto envenenamento e suicídios com paracetamol vem aumentando nos últimos anos (GOODMAN, 2003).
A intoxicação pelo paracetamol depende do balanço entre a taxa de formação do seu metabólico tóxico, N-acetil-p-benzoquina (NAPQ1) pelo citocromo p450, a capacidade de conjugação e eliminação desse produto e a taxa de síntese hepática de glutationa, que se liga ao NAPQI e previnem ligação e o dano as células hepáticas (LARSON, 2007; MITCHELL et al, 2011). A hepatotoxicidade do paracetamol pode ser detectada laboratorialmente pelo aumento das transaminases, tendo manifestações clínicas variáveis, desde sintomas inespecíficos, até os mais graves.
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