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A MANEJO DA DOR ONCOLÓGICA

Por:   •  8/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.459 Palavras (14 Páginas)  •  119 Visualizações

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DOM ALBERTO

FARMÁCIA ONCOLÓGICA

ANDRESSA LAVÍNIA DE LIMA

        

  MANEJO DA DOR ONCOLÓGICA

                                       

               SOROCABA - SP

2021

MANEJO DA DOR ONCOLÓGICA

Andressa Lavínia de Lima

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O câncer tem estado entre as quatro doenças que atingem a população mundial. O avanço da expectativa de vida, melhorias na qualidade de vida e tecnológicas tem facilitado este cenário. Com o câncer, vem a dor, sofrimento e desgaste físico e mental ligada a ela. É estimado que quatro quinto das pessoas com câncer morrem sem controle desta dor, por isso, a OMS criou a Escada Analgésica, que sugere princípios para tratamento da dor oncológica. Ela é dividida em três degraus ne vida trazer o bem estar e qualidade de vida ao paciente. Além dos anti-inflamatórios e opiláceos que a Escada propõe, é comum o uso de terapêuticas associadas, como antidepressivos e corticoides, visando o tratamento dos sintomas do câncer como um todo.

PALAVRAS-CHAVE: Dor. Dor oncológica. Manejo da dor. Opioides.


  1. INTRODUÇÃO

Com o avanço da expectativa de vida da população mundial, tecnologias e tratamentos conduzindo a aumento do controle de doenças infectocontagiosas além do crescimento populacional, o câncer tem estado no ranking das quatro causas de mortes mundialmente (INCA, 2019, MENDES et al., 2014). A melhoria nas condições socioeconômicas associadas a estilos de vida que incluem sedentarismo, alimentação ineficiente são escalados como justificativas ao na modificação do panorama de morbimortalidade no mundo (BRAY et al., 2018). O câncer é considerado uma doença crônica de relevância para a saúde pública que consiste na perda do controle da divisão celular, desencadeando um crescimento desordenado, que excede ao dos tecidos normais levando a uma competição pelos substratos indispensáveis para a manutenção da homeostase (BRATEIBACH et al., 2013).

        Estima-se que em 2018 ocorreram mais de 18 milhões de casos mundialmente, com o câncer de pulmão sendo o mais incidente, seguido do câncer de mama, colo de útero e próstata (INCA, 2019). Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil (2019) no Brasil, para cada ano de 2022-2022 ocorrerão 625 mil casos novos de câncer. Ainda, com relação a distribuição geográfica demonstra que a região mais incidente é a região sudeste, seguida pelas regiões nordeste e sul.

        Segundo MENDES et al. (2014) apesar das inovações nos tratamentos e diagnósticos, grande parte dos casos são diagnosticados tardiamente, inúmeras vezes com um prognostico ruim e maiores riscos de metástases, que são associados a manifestações clínicas, como a dor oncológica. O câncer é sinônimo de sofrimento e desgaste físico e emocional para aqueles que vivenciam, e a dor acomete cerca de 50 a 70% dos pacientes, entre todos os estágios da doença. (MORETE e MINSON, 2010). Embora a dor seja inevitável, o manejo e tratamento da dor é de suma importância para a manutenção da dignidade do paciente acometido, influenciando positivamente na qualidade de vida relacionada a sua saúde.  

        A dor do câncer é resultado da junção de fatores nociceptores, físicos, emocionais, sociais e espirituais. Devido a tal complexidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a escada analgésica que estabelece os passos para o tratamento da dor efetiva, com degraus que vão de anti-inflamatórios a opioides fortes, conforme grau de dor do paciente, além de procedimentos minimamente invasivos capazes de produzir analgesia eficaz em caso de dores de difícil controle (RABELO e BORELLA, 2013; CARDOSO, 2013; ERCOLANI et al., 2018; MENDES et al., 2014). O objetivo do manejo da dor oncológica está na prescrição adequada fornecendo o alivio da dor associado a efeitos colaterais toleráveis (ERCOLANI et al., 2018).

        A dor crônica ou de intensidade é capaz de limitar o bem estar e qualidade de vida do paciente, diminuir o estresse, além de promover uma melhora nas relações com familiares, cuidadores e equipe de saúde, para tanto o manejo e controle da dor é tão importante (MENDES et al., 2014) Considerando que o processo de dor não é natural, os esforços devem ir no sentido de alivia-lo da mesma. Por isso é de suma importância adequar ao tratamento oferecido a este paciente, mantendo o seu direito, que é o de não sentir dor, por isso, o presente estudo se objetiva de relatar as alternativas disponíveis de manejo da dor, com relação a escada analgésica criada pela OMS.

  1. DISCUSSÃO
  1. FISIOPATOLOGIA DA DOR

A dor é uma sensação ou experiencia desagradável, associada a uma real ou potencial dano tecidual, sendo influenciado por aspectos emocionais e culturais como fadiga, depressão, raiva, ansiedade (CARDOSO, 2013). A dor é subjetiva, pois, cada pessoa sente e vive esta dor de maneiras diferentes, já que não possuímos marcadores biológicos para a dor. Ela é um sinal de que algo não está certo (VARANDAS, 2013).

O estimulo, que pode ser uma agressão tecidual ou processo inflamatório atua sobre receptores, que desencadeia um leque de reações neuronais e bioquímicos. O sistema supressor da dor é composto por diversos neurotransmissores, e está ligado a estímulos que alcançam o Sistema Nervoso Central (SNC) durante a vida diária (JANEIRO, 2017).

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