Aborto em anomalias genéticas
Por: evelyn.moorais • 30/5/2016 • Trabalho acadêmico • 415 Palavras (2 Páginas) • 812 Visualizações
REFLEXÃO BIOÉTICA SOBRE ANOMALIAS ENCEFÁLICAS E O ABORTO
Justino, Daniele de Jesus*; Santos, Evelyn Morais dos*; Santos, Glaucia Pereira dos*; Paixão, Jéssica Silva*; Mineiro, Nathaly da Silva*; Boccatto, Dra. Marlene**
*Discentes e **Docente do curso de Farmácia da UNIP/SANTOS
O atual surto de microcefalia em todo o Brasil reacendeu uma intensa discussão sobre a descriminalização do aborto eugênico no país, apesar de ilegal o aborto é uma realidade e muitas pessoas recorrem a esse método por meio clandestino, prática que vem crescendo diante das ocorrências demasiadas não só de casos de microcefalia, mas de outras anomalias genéticas constatadas durante o pré-natal. Esse trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão bioética sobre aborto em casos de anomalias encefálicas, e foi realizado por meio de uma pesquisa da literatura. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal assegurou a gestante o direito de optar pelo aborto em casos comprovados de fetos anencéfalos, porém em várias partes do país, juízes têm autorizado a interrupção da gestação de fetos com cérebro, portadores de outras anomalias graves, levando em conta que essas deformações inviabilizam a autonomia do portador. Médicos especializados no assunto, afirmam ser necessário que a legislação brasileira permita o aborto quando o feto apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas e mentais que venham a dificultar a vida, principalmente por ter-se o conhecimento que a grande maioria dos fetos afetados por alguma anomalia encefálica morrem ainda na fase intrauterina ou logo após o parto. Defensores do aborto eugênico alegam que a decisão é um direito de escolha da mulher, pois mesmo que legalmente podem causar consequências físicas e psicológicas para quem o pratica. Recentemente a ONU defendeu a descriminalização do aborto em casos de microcefalia validando os argumentos de que é necessária uma reavaliação da legislação do país. O assunto é polêmico e causa divisão de opiniões, juristas e médicos contrários a descriminalização defendem que a microcefalia não impede a vida, mesmo que haja limitações e contam com apoio de grande parte da população, que se posiciona contra o aborto mesmo em casos de anomalias genéticas. As anomalias congênitas encefálicas são responsáveis por um alto índice de mortalidade, mas existem anomalias compatíveis com a vida, o que torna esse debate necessário, porém deve-se levar em conta que essa é uma questão de saúde e não apenas jurídica.
Descritores: Descriminalização, aborto, anomalias.
Farmacia - FM1AB41 Manhã
Daniele de Jesus Justino - RA: C67JEH-4
Evelyn C. Morais dos Santos - RA: C836GG-5
Glaucia C. Pereira dos Santos - RA: C13745-6
Jéssica Silva Paixão - RA: N973EE-8
Nathaly da Silva Modesto - RA: C80HCJ-4
Referências:
...