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DROGAS DE ABUSO

Por:   •  12/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.009 Palavras (17 Páginas)  •  535 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO:

O abuso e dependência das drogas é um problema de saúde pública que afeta muitas pessoas e tem uma grande variedade de consequências sociais e na saúde dos indivíduos.

As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo. São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades. Dentre as consequências que as drogas ilícitas trazem pode-se dar ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produção até o consumidor final.

É importante esclarecer que a dependência das drogas é tratável, ou seja, através do auxílio médico e familiar uma pessoa pode deixar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo.

O uso de drogas ou qualquer outro tipo de substância que melhore de forma artificial o rendimento de um atleta durante uma competição e que tragam efeitos prejudiciais ao mesmo é denominado doping. Aquele que faz uso de doping leva certa vantagem (desleal) em relação aos que não o fazem, por isso é considerado antiético e é proibido no esporte. O teste antidoping tem a função de detectar essas substâncias, bem como sua quantidade no organismo dos atletas, classificadas pela Agência Mundial de Antidoping. O controle do doping pode ser realizado pelo exame do sangue ou da urina do competidor imediatamente após o término de uma competição, podendo também ser feito a qualquer momento da vida do atleta, durante um treinamento, em sua residência e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  1. IMIPRAMINA
  1. Farmacocinética:

Os ADTs são todos rapidamente absorvidos quando administrados por via oral. São metabolizados pelo fígado por duas vias principais, N-desmetilação e hidroxilação de anel. Os metabólitos desmetil e hidroxilado comumente retêm a atividade biológica. A inativação dos fármacos ocorre pela conjugação dos metabólitos hidroxilados com glicuronídeo, sendo os mesmos eliminados na urina.

As meias-vidas totais para a eliminação dos ADTs, em geral, são longas, variando de 10 a 20 horas. Sendo ainda mais longas nos idosos. Portanto, é possível o acúmulo gradual, levando ao desenvolvimento lento de efeitos adversos.

  1. Farmacodinâmica:

A imipramina faz parte dos fármacos inibidores da captura das monoaminas, sendo do grupo dos antidepressivos tricíclicos (ADTs). Esses fármacos atuam por inibir a captura, principalmente, de norepinefrina e serotonina pelas terminações nervosas monoaminérgicas. a imipramina tem várias propriedades farmacológicas, incluindo-se as propriedades alfadrenolítica, anti-histamínica, anticolinérgica e bloqueadora do receptor serotoninérgico (5-HT). Contudo, acredita-se que a principal atividade terapêutica da imipramina seja a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina (NA) e serotonina (5-HT). A imipramina é chamada de bloqueador "misto" da recaptação, isto é, ela inibe a recaptação da noradrenalina e da serotonina aproximadamente na mesma extensão.

  1. Efeitos clínicos:

Pode ocorrer sedação, cansaço, efeitos anticolinérgicos (fraqueza, boca seca, visão borrada, constipação intestinal, retenção urinária...) hipotensão portural, crises convulsivas, impotência, entre outros, e ainda, em casos de superdosagem: arritmias ventriculares.

  1. Efeitos tóxicos:

Clínica da Intoxicação Aguda: Letargia, coma ou convulsões, acompanhadas por prolongamento do intervalo QRS ao ECG. Excitação seguido de coma, com depressão respiratória, hiporreflexia, hipotermia e hipotensão. Marcantes efeitos anticolinérgico.

  1. Tratamento de intoxicações:

O tratamento é basicamente sintomático e de manutenção. A descontaminação gastrintestinal deve ser realizada com lavagem gástrica que pode ser indicada até 24 horas após a ingestão devido ao retardo do esvaziamento gástrico pelos efeitos anticolinérgicos. O uso do carvão ativado é estimulado normalmente em dose única, pois doses repetidas não têm eficácia comprovada.

As alterações como agitação, delírio e alucinações, decorrentes do efeito anticolinérgico não são tratadas com anticolinesterásicos como a fisostigmina, e também se deve evitar o uso de neurolépticos, pois há risco de agravar os efeitos anticolinérgicos. Normalmente o uso de benzodiazepínicos como o diazepam controla bem essas manifestações, assim como as convulsões. A hipertermia responde bem a medidas físicas e, no quadro de coma, devem ser aplicadas as medidas habituais de suporte que foram descritas na intoxicação por barbitúricos.

Em relação às alterações cardiovasculares, é importante fazer um eletrocardiograma de entrada para eventual comparação posterior. As alterações devem ser tratadas como entidades clínicas cardíacas de rotina. Por exemplo, nas taquicardias supraventriculares, o uso de bicarbonato com a alcalinização geralmente normaliza o paciente, mas, às vezes, há necessidade do uso de beta-bloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio; nos distúrbios de condução, o bicarbonato ou o marca-passo podem ser úteis; em arritmias ventriculares, deve-se usar lidocaína nos casos refratários ao bicarbonato; finalmente, nos casos de hipotensão, cristalóide e aminas vasoativas podem ser necessárias.

O suporte respiratório é sempre importante. O suporte nutricional também pode ser útil.

  1. CODEÍNA:

A codeína é um analgésico derivado do ópio, usada para o alívio da dor moderada.

Em caso de diarreia causada por envenenamento, a codeína só pode ser utilizada assim que tenha sido eliminado do trato gastrintestinal todo material tóxico.

  1. Farmacocinética:

A codeína liga-se muito fracamente às proteínas. Possui meia vida de 2,5 a 4 horas que pode ser aumentada em pacientes geriátricos devido a diminuição do clearance. Cerca de 10% da dose é desmetilada para morfina no fígado, o que pode contribuir para ação terapêutica.

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