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Estudo de Caso - Lupus Eritematoso Sistêmico

Por:   •  3/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  777 Visualizações

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Caso clínico – Anti-inflamatórios esteroidais.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que acomete múltiplos órgãos ou sistemas, principalmente articulações e pele. Sua etiologia é multifatorial, em que a interação da predisposição genética e diversos fatores, como os hormonais, ambientais (luz solar) e infecciosos (uso de antibióticos), levam à perda da tolerância imunológica e à produção de auto-anticorpos dirigidos principalmente contra antígenos nucleares, alguns dos quais participam da lesão tecidual imunologicamente mediada. Esta doença se insere nas aulas uma vez que os fármacos estudados são utilizados na terapêutica, tais como anti-inflamatórios não esteroidais para o comprometimento articular (desde que não haja contra-indicação para seu uso), anti-inflamatórios esteroidais para o comprometimento seroso, cutâneo e articular, e imunossupressores para o comprometimento hematológico. No caso estudado, a paciente relatou ter dito uma infecção urinaria grave antes do aparecimento dos sintomas, o que pode ser relacionado ao fato da paciente ter sido medicada com antibiótico como tratamento para infecção, levando ao quadro de LES.

O uso dos anti-inflamatórios se dá devido aos sintomas apresentados pela paciente: lesões vesico-bolhosas, placas eritemato-endematosas, febre decorrente da estimulação do hipotálamo pelas prostaglandinas, presença de alterações nas provas de atividade inflamatória (hipoalbuminemia, proteinúria e hematúria, decorrentes de inflamação no glomérulo renal).

O anti-inflamatório esteroidal de escolha para este caso foi a prednisona, descrita na literatura como uma das primeiras opções para tratamento agudo dos sintomas iniciais do LES, dentre outras enfermidades, visto que tem papel importante por sua ação anti-inflamatória e imunossupressora. Tem como um dos mecanismos de ação a inibição de síntese proteica por ligação da enzima histona desacetilase (HDAC) ao complexo glicocorticoide-receptor. A enzima remove o grupamento acetil da histona, o que impede a síntese de IL-1β, por exemplo, uma citocina pró-inflamatória que acentuaria o processo patológico em questão. Outra maneira de inibir a síntese proteica é a captura de alguns fatores de transcrição gênica, como o NF-B, antes que eles entrem no núcleo da célula, impedindo que a transcrição se inicie. Além disso, há o aumento de síntese de proteínas anti-inflamatórias como a anexina I e lipoxina. Estas promovem a inibição da fosfolipase A2, que é a enzima responsável pela síntese do ácido araquidônico, substrato das enzimas ciclooxigenase-2 e lipooxigenase-2 que vão sintetizar importantes mediadores pró-inflamatórios como prostaglandinas e leucotrienos. Dessa maneira, se a PLA2 não age, não serão produzidos os mediadores e, por consequência, os quadros de febre e inflamação apresentados pela paciente vão ser atenuados. Quanto às lesões vesico-bolhosas, o papel do glicocorticoide foi na redução da exsudação de líquidos, que não ocorre já que os eicosanoides, que promovem aumento da permeabilidade vascular com consequente saída de líquido, não estão presentes.

Dentre os possíveis efeitos colaterais do anti-inflamatórios esteroidais, está a supressão do eixo HHSR (Hipotálamo-Hipófise-Suprarrenal) em caso do uso farmacológico de

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