Estudo dirigido
Por: Fernanda Road • 15/12/2015 • Resenha • 4.714 Palavras (19 Páginas) • 313 Visualizações
Fórmula de distribuição corporal: Vd(volume de distribuição corporal) = Q(quantidade de farmaco)/Cp(concentração
plasmática).
Suponha um fármaco com volume de distribuição corporal igual a 7 litros. Ou seja, se eu tomei um
comprimido com 700 mg do fármaco, a concentração no plasma é de 100mg/l. O volume de distribuição corporal é
uma indicação de quanto confinado ao compartimento plasmático o fármaco fica. Por exemplo: Fármacos que
apresentam volume de distribuição corporal muito próximo ao volume circulatório, eles tendem a ficar confinados
no compartimento sanguíneo/plasmático.
Se vc tem um fármaco com volume de distribuição corporal igual a 70 litros e uma concentração do fármaco
de 700mg, a concentração no plasma é de 10 mg/l. Isso indica que o fármaco tende a sofrer partição em outros
tecidos. É muito comum fármacos barbitúricos (bastante lipossolúveis) estarem presente em outros tecidos, como o
tecido adiposo e não no compartimento plasmático.
Biodisponibilidade (F) – Fração da quantidade de um fármaco administrado por via oral que alcança o
compartimento sanguíneo.
Na maior parte dos casos a biodisponibilidade é usada pra se referir a administração por via oral
(normalmente é referida a ela), intramuscular ou intravenosa, porque elas alcançam a circulação sistêmica. Faz
pouco sentido falar de biodisponibilidade para outros tipos de administração.
A biodisponibilidade é calculada como a area sob a curva do fármaco administrado via oral/area sob a curva
da concentração plasmática em função do tempo do fármaco administrado via intravenosa
Eliminação do fármacos:
• Remoção irreversível de um fármaco: A eliminação de fármacos é o processo no qual este é removido de
forma irreversível. Existem fármacos que são metabolizados, mas que não são inativados, que são
reconvertidos. Ex: O diazepam é metabolizado em nordiazepam, que tem uma atividade farmacológica. Para
todos os efeitos, vamos considerar eliminação do fármaco quando o metabolismo ou excreção resulta na
eliminação de uma de forma irreversível. Ele não pode ser reconvertido ou se converter em outro fármaco.
• Metabolismo: Conversão enzimática da droga em um composto inativo. As principais vias envolvidas são:
Metabolismo (metabolismo hepático - na maioria esmagadora dos fármacos). Existem exceções, mas o
fígado é o principal responsável pelo metabolismo de fármacos.
• Excreção: Rins, principal via de eliminação de fármacos: A excreção se dá pelos rins. Muito raro um fármaco
ter uma via de excreção em outro sistema. Algumas exceções acontecem, anestésicos inalatórios no qual os
pulmões são os principais locais de excreção (fármacos gasosos e são eliminados em uma área expiral).
OBS: As fezes têm um papel muito pequeno (alguns poucos fármacos tem eliminação considerável nas
fezes). E se o fármaco não for excretado na urina, mas é metabolizado no fígado e for inativado? Isso leva à remoção
dele...
Biotransformação/ Metabolismo de fármacos: Conjunto de mecanismos envolvidos na modificação de xenobióticos.
(Professor diz: Conjunto de vias metabólicas e enzimáticas envolvidas na conversão de xenobióticos. Por definição,
todo fármaco é um xenobiótico! Não só fármacos...Nós estamos expostos o tempo inteiro a moléculas estranhas
presente na poluição ambiental (na água, no alimento) e nós metabolizamos, ainda que nós não utilizamos essas
substâncias como algo fármacologico, afim de induzir uma resposta farmacológica/ Google diz: Xenobióticos são
compostos estranhos a um organismo ou a um sistema biológico).
Embora seja complicado definir (porque esses processos acontecem simultaneamente), didaticamente
temos que o metabolismo de fármacos pode ser dividido em reações de fase I e II:
Reações de fase I: São reações catabólicas que envolvem hidrólise, redução, oxidação de fármacos.
Normalmente geram compostos com grupamentos reativos (muitas vezes chamado de funcionalização do
composto do fármaco, porque muitas vezes esses grupos reativos servem como pontos de ataque para
reações de conjugação da fase II). As reações de fase I também, muito frequentemente, geram compostos
mais tóxicos (Ex: paracetamol que gera uma n-acetil-p-benzoquinona-imina. Esse composto é
extremamente reativo e forma ligações covalentes e oxida DNA, proteínas e lipídios de membrana. Ele é
gerado como consequência das reações de fase I catalisadas pelas enzimas do complexo citocromo p450).
Geram compostos mais reativos que o fármaco original e por vezes mais tóxico ou responsável pela
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