Fitoterapia Aplicada à Estética
Por: Otávio Neto • 9/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 446 Palavras (2 Páginas) • 318 Visualizações
Temos que ficar atentos! Acreditar no ditado “se é natural, não faz mal” ou “se bem não faz, mal também não” pode ser perigoso, pois as plantas possuem várias substâncias que agem no corpo, promovendo ações que também podem ser tóxicas.
Todos sabem que tomar, utilizar, fazer uso de quaisquer medicamentos é coisa séria. Podemos observar pesquisas envolvendo o ensino e/ou uso racional dessas substâncias, desde sua comercialização e ações institucionais destinadas à normatização, padronização e utilização racional destes produtos, com propostas e condutas na prática farmacêutica para aquisição e dispensação de fitoterápicos.
Fitoterápico é medicamento vegetal, que, como tal, está submetido aos preceitos éticos enunciados pela Organização Médica Mundial e aos requisitos aos preceitos legais pela legislação. O emprego destes recursos nem sempre segue as normas no que diz respeito aos requisitos de eficácia e segurança e muitos trabalhos na literatura relatam a falta de qualidade na produção, comercialização e prescrição de fitoterápicos, tanto em países em desenvolvimento, quanto em países desenvolvidos.
Uma desses medicamentos fitoterápicos comumente conhecido, é utilização para a desintoxicação. A desintoxicação é qualquer processo realizado por um organismo ou célula visando à eliminação ou diminuição da atividade de determinadas substâncias, endógenas ou exógenas, das células ou do próprio organismo, podendo ocorrer em todas as células, porém, principalmente, nas células do intestino e do fígado.
As dietas de desintoxicação são estratégias de dieta populares que afirmam facilitar a eliminação de toxinas e perda de peso, promovendo a saúde e o bem-estar. Apesar da indústria de desintoxicação está crescendo, há poucas evidências clínicas para apoiar o uso dessas dietas.
Posteriormente, se as substâncias para desintoxicação não funcionar, devemos cortar o mal pela raiz. Nesses casos, optamos pelo uso cada vez mais forte aos inibidores de apetite (sibutramina e os derivados anfetamínicos), a esperança de ter um remédio que auxilie na perda de peso recai sobre os suplementos naturais, feitos de plantas.
Os medicamentos fitoterápicos que habitualmente são indicados para a redução de peso estão, na maioria das vezes, desprovidos de estudos científicos confiáveis que demonstrem a eficácia e segurança toxicológica para essa indicação. Apenas um medicamento fitoterápico estudado, se mostrou efetivo como promotor da redução de peso. A ausência de efeitos colaterais não foi confirmada, ficando explícito que a prescrição e acompanhamento do uso de um fitoterápico devem ser tão criteriosos quanto a da medicação alopática.
Estudos multidisciplinares envolvendo etnobotânicos, químicos, farmacólogos e agrônomos, são necessários para que sejam ampliados os conhecimentos das plantas medicinais, como agem, quais são os seus efeitos tóxicos e colaterais, como seriam suas interações com novos medicamentos alopatas e quais as estratégias mais adequadas para o controle de qualidade e produção de fitoterápicos, atendendo às novas normas das agências reguladoras, como as resoluções da ANVISA.
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