Medicamentos Anti-hipertensivos Como Interferente Em Exames Bioquímicos
Por: Alessandra Pires Prieto • 10/2/2017 • Trabalho acadêmico • 2.118 Palavras (9 Páginas) • 1.012 Visualizações
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CURSO: FARMÁCIA
TURMA 6° SEMESTRE - TURNO - NOITE
ALESSANDRA PIRES PRIETO RA: B8965J-8
BEATRIZ FERREIRA SANTOS DE SOUZA RA: B8937D-4
Medicamentos Anti-hipertensivos Como Interferente Em Exames Bioquímicos.
SANTOS
2016
Medicamentos Anti-hipertensivos Como Interferente Em Exames Bioquímicos
Alessandra Pires Prieto[1]
Beatriz Ferreira Santos de Souza[2]
Anna Carolina Fontes Teles[3]
RESUMO
Um grande número de medicamentos tem sido estudado em relação à sua influência em interferir no diagnóstico clínico. Anti-hipertensivos, anti-coagulantes, anti-psicóticos e diversos outros tipos de medicamentos podem induzir alterações sanguíneas em exames bioquímicos. Uma questão importante é a informação em laudos clínicos sobre o medicamento que o paciente faz uso e as variações que podem interferir nos resultados. Este estudo teve como objetivo apontar os principais medicamentos anti-hipertensivos, observando suas características e alterações no organismo e relacioná-las aos possíveis erros em análises laboratoriais. Palavras-chave: Medicamentos; Anti-hipertensivos; Laudos; Análises.
ABSTRACT
A large number of drugs have been studied regarding their influence interfere with the clinical diagnosis. Anti-hypertensives, anti-coagulants, anti-psychotics and many other types of drugs may induce changes in blood biochemical tests. An important fact is the information in clinical reports on the drug the patient is taking and variations that can affect the results. This study aimed to identify the main antihypertensive drugs, observing their characteristics and changes in organisms and relate them to possible errors in laboratory tests.
Keywords: Drugs; Antihypertensives; reports; Test.
Introdução
Os exames laboratoriais têm por objetivo fornecer resultados acurados e precisos de vários parâmetros normais ou patológicos. Porém, há substâncias, neste caso medicamentos, que podem agir tanto na fisiologia do organismo quanto no procedimento analítico utilizado, influenciando no resultado dos exames.
A interferência é considerada como sendo o efeito de uma substância presente na amostra que altere o valor correto de um analito, usualmente expresso como concentração ou atividade. Apesar de ser um fator importante no momento da análise, poucos profissionais da saúde estão atentos a possíveis interferências que os medicamentos podem gerar em exames laboratoriais, o que resulta em diagnósticos errôneos, testes e custos desnecessários. 1
Os efeitos de fármacos sobre os testes laboratoriais podem ser classificados como puramente analíticos, quando o fármaco e/ou seus metabólitos poderiam influenciar a análise de um componente em algum estágio do processo analítico; ou biológico, quando o fármaco e/ou seus metabólitos poderiam ser responsáveis pela modificação de um componente biológico, por meio de um mecanismo fisiológico, farmacológico ou toxicológico. Assim, tanto o médico, quanto o analista clínico devem estar cientes da potencial influência dos fármacos nos resultados de exames laboratoriais. 2
Medicamentos da classe dos anti-hipertensivos são os que mais causam interferência. Pois, devido ao fato de ser uma doença crônica, a hipertensão deve ser controlada ao longo da vida com o uso, principalmente, dessa classe medicamentosa. 3
Metodologia
Para o desenvolvimento deste artigo foi feito uma revisão de livros acadêmicos e artigos científicos publicados em revistas e periódicos nas bases de dados Pubmed, e Scielo dentro o período de 2002-2016.
Anti-hipertensivos
Os medicamentos anti-hipertensivos mais usados no Brasil, que provocam alterações laboratoriais, pertencem às seguintes classes: diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e inibidores da enzima
conversora da angiotensina. As alterações compreendem os testes de função renal, função hepática, glicemia, urinálise, perfil lipídico, dentre outros. 4
Os medicamentos são usados de forma contínua, fazendo‑se necessário, assim, rastrear situações de risco, a exemplo da realização de exames laboratoriais, em que possíveis alterações medicamentosas no organismo podem interferir no resultado das análises clínicas alterando o diagnóstico. 5
Interferência dos Anti-hipertensivos em exames laboratoriais
Os medicamentos anti-hipertensivos
causam alterações fisiológicas importantes,
como o captopril e a hidroclorotiazida, que alteram a dosagem do ácido úrico no soro. O propranolol é outro anti-hipertensivo que pode provocar interferência na dosagem de tiroxina (T4) livre.6
Estudos apontam que os anti-hipertensivos dessa classe farmacológica representam complicações para o perfil lipídico. O uso contínuo de diuréticos tiazídicos (ex. hidroclorotiazida e clortalidona) eleva os níveis de colesterol total (CT), da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL-C). Entretanto, os níveis da lipoproteína de alta densidade (HDL) não sofrem alterações. Os pacientes com hipertensão e diabetes tipo 2 que fazem uso desses medicamentos estão em risco diante da sua interferência no metabolismo lipídico.7
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