O Estágio Hospitalar

Perfil dos pacientes com dependência alcoólica internados no Hospital Universitário de Bagé/ RS.

                                                                                           

OLIVEIRA, João Pereira

Palavras chaves: Dependencia química, epidemiologia, alcoolismo.

INTRODUÇÃO

O uso abusivo e a dependência ao álcool atingem cerca de 10 a 15% dos adultos do Ocidente, sendo um dos principais fatores que acabam levando  a acidentes graves e mortes violentas. No Brasil, acredita-se que até 70% dos adultos consomem álcool em algum momento de sua vida, e que um quarto deste total venha  a desenvolver dependência alcoólica durante a vida. a (Ferreira & Laranjeira, 1998).

O uso excessivo do álcool acaba prejudicando o convívio social e econômico do dependente alcoólico, tendo como consequência algumas ações: maior motivo de término de relacionamentos, lesões graves, hospitalizações, incapacitação por períodos prolongados e morte prematura. (Babor, Higgins-Biddle, Saunders, & Monteiro, 2003)

Para Méier é nítido que qualquer programa de tratamento só surtirá efeito se o paciente permanecer nele o tempo suficiente para que haja a chance de um impacto em relação ao tratamento para dependência.

Assim o trabalho propõe conhecer o perfil dos internados dependentes alcoólicos do Hospital Universitário de Bagé/ RS.

METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como um estudo do tipo transversal que buscou avaliar o perfil de pacientes internados no Hospital Universitário de Bagé/ RS, para coleta das informações foi usado o banco de dados do sistema interno do hospital citado, dentro do período de 01/09/2018 à 01/07/2019.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o período pesquisado no sistema foi identificado 12 internações de dependentes alcoólicos, onde prevaleceu com 100%  (n =12) pessoas do sexo masculino, para Machado e Costa Junior (2012), houve predominância do sexo masculino com 1.815 (82,4%). Numa totalidade de 100% (n = 12) foi de usuários do SUS. Em  relação  ao  número  de  internações, 92,63% (n =11) pacientes foram internados apenas uma vez, houve apenas uma reinternação 8,37% (n =1).

Os autores observaram  que o maior número de pacientes alcoólatras (1796; 81,5%) foi internado uma vez, 303 (13,8%) foram internados duas vezes. As idades variaram entre 31 a 58 anos, conforme ilustra a figura 1. No estudo realizado por Galduróz e Caetano (2009), houve maior predominância entre  41  a  50  anos  que corresponde   ao   observado   por autores   que   realizaram   estudos  semelhantes. O fato de admitir mais pessoas na idade de 41 a 50 anos condiz com o estágio de manifestação dos sintomas crônicos  apresentados  pelos  pacientes  em  detrimento  do  uso abusivo de álcool, por vários anos.

Figura 1. Gráfico ilustrativo da distribuição dos pacientes de acordo com a faixa etária.

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CONCLUSÃO

Através do levantamento de dados podemos chegar à conclusão que o sexo masculino prevaleceu como totalidade das internações por dependentes alcoólicos no período pesquisado, houve uma homogeneidade dentro da faixa etária dos internados, entre 30 e 60 anos, todos usuários do SUS. Apenas um paciente teve reincidência de internação.

REFERÊNCIAS

Babor, T. F., Higgins-Biddle, J. C., Saunders, J. B., Monteiro, M. G. AUDIT: teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool: roteiro para uso em atenção primária. Organização Mundial de Saúde/Departamento de Saúde Mental e Dependência de Substâncias. Ribeirão Preto: 2003.

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