O HPV E O Câncer No Colo Do Útero

HPV E O CÂNCER NO COLO DO ÚTERO

Katlyn Tarley¹

Tolentino José Pinheiro Neto²

        

RESUMO

O HPV (Human Papilloma Virus) é o principal causador do câncer no colo do útero, trata-se de uma DST, sendo ela detectada por meio do exame preventivo da mulher mais conhecido por Papanicolau. Uma das formas mais eficaz de prevenção é a vacina aplicada antes do início da vida sexual, e após o uso de camisinha. Por se tratar de uma doença silenciosa e normalmente não causa sintomas e muitas mulheres não realizam exames preventivos, quando é confirmado a doença seu tratamento é mais demorado, ou como na maioria das vezes ocorre o óbito pelo fato de o câncer já ter acometido outros órgãos, porém se descoberto no início tanto o HPV como o câncer no colo do útero o tratamento será eficaz, eliminando totalmente a doença sendo possível chegar à cura.

Palavras-chave: HPV. Câncer no colo do útero. Papanicolau. DST. Vacina. Tratamento.

1. INTRODUÇÃO

O Papiloma Vírus Humano, HPV sigla em inglês para Human Papiloma Vírus, causador também do câncer de colo do útero que está atrás somente do câncer de mama. Por se tratar de uma doença silenciosa e sem cura, muitas mulheres que não realizam o Papanicolau (exame preventivo ginecológico) podem ter a doença e transmitir para seu parceiro e até mesmo para o bebê dentro do ventre, é um vírus que pode ser transmitido pela via sexual ou pelo contato direto com a pele. (SOUZA, 2017)

O vírus pode ficar vários anos no organismo sem sequer se manifestar e o corpo pode elimina-lo, mas ele pode agir, em alguns casos mais leves pode ser tratado com medicamentos que auxiliam o corpo na sua expulsão, já em casos mais avançados é necessário a realização de uma cirurgia, como por exemplo quando o HPV é identificado com nic 3, realiza uma biopsia do local para saber se um tratamento à base de medicamentos seria o suficiente ou se devera realizar a cirurgia que leva o nome de conização do colo do útero. É um dos poucos tipos de câncer que é totalmente prevenível. Primeiramente com a vacina antes do início da vida sexual. O uso da camisinha e a realização do Papanicolau anualmente também são fundamentais. Mas cerca de 30% dos casos de câncer de colo do útero ocorrem em mulheres com o exame de citologia (Papanicolau) sem alterações. (SPECK, 2017)

        A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) é uma lesão pré-maligna, sendo identificada por meio de uma biopsia. O NIC tem três tipos: NIC 1, NIC 2 e NIC 3, sendo o último nível com maior risco de progredir para um câncer. A biopsia é realizada antes e depois da cirurgia, neste procedimento é identificado caso o paciente já esteja também com câncer e se o mesmo também foi eliminado, e após este procedimento é realizado um acompanhamento no primeiro ano de 3 em 3 meses e no segundo ano de 6 em 6 meses, se neste período não surgir outros tipos de HPV ou câncer a paciente estará curada. (PINHEIRO, 2021)

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este estudo foi baseado nas análises das publicações encontradas na literatura científica, abordando o tema HPV e o câncer no colo do útero. Analisando as publicações a partir da leitura dos artigos publicados nas bases eletrônicas de dados: INCA (Instituto Nacional de Câncer), SCIELO (Cochrane e Scientific Electronic Library Online), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Os artigos selecionados foram lidos, para encontrar os métodos utilizados e discutidos por cada autor, utilizando as referências que abordavam o objetivo do estudo. Este estudo servirá de base teórica para outros estudos que visem informações sobre o conhecimento, prevenção e controle do HPV e o câncer no colo do útero.

3. PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

HPV é a abreviação em inglês para Papilomavírus humano. Essa infecção sexualmente transmissível muitas vezes não causa sintomas, mas pode provocar verrugas genitais em homens e mulheres. Existem mais de 100 tipos de HPV. Cerca de 40 afetam a região genital e, entre esses, pelo menos 13 eventualmente desencadeiam câncer de colo do útero. De acordo com o OPAS Brasil (Organização Pan-Americana da Saúde) o câncer no colo do útero é 3º mais comum entre mulheres na América Latina, porém ele pode ser prevenido. (RAMOS, 2018)

Figura 1. Taxas de mortalidade por câncer do colo do útero, específicas por faixas etárias, por 100.000 mulheres. Brasil, 1979 a 2019

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Fonte: www.inca.gov.br (2021)

3.1.2 TRANSMISSÃO DO HPV

O HPV é transmitido durante o sexo, seja ele vaginal, anal ou oral. Até mesmo a masturbação pode levar ao contágio. O vírus fica alojado em qualquer parte da região genital, não só na vagina e no pênis. Vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana também podem alojar o HPV. Por isso fala muito sobre o uso do preservativo, ele ajuda a evitar a doença, mas não anula o risco de contágio. Outra forma de transmissão mais rara é a vertical (da mãe para o bebê durante o parto). (XAVIER, FILHO, CARVALHO et al., 2007).

3.1.3 SINTOMAS DO HPV

Na maioria das pessoas, o HPV passa despercebido, pois o próprio sistema imunológico consegue se livrar dele antes de trazer qualquer sintoma. Mas, em algumas situações o vírus consegue provocar estragos. Isso acontece em indivíduos que estão com as defesas do organismo frágil. Quando o HPV se manifesta, pode aparecer verrugas genitais, que podem ser únicas ou múltiplas. Algumas são doloridas e coçam”, relata Mônica Levi, presidente da Comissão de Revisão de Calendários Vacinais da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Esses sintomas demoram de seis meses a dois anos para aparecer. (RUSSOMANO, 2000).

3.2 LESÕES PRÉ-CANCERÍGENAS DO COLO DO ÚTERO

As células não transformam repentinamente em câncer. Primeiramente, as células normais do colo do útero sofrem alterações anormais chamadas de lesões pré-cancerígenas. Os médicos usam vários termos para descrever essas alterações pré-cancerígenas, incluindo neoplasia intraepitelial de colo do útero (NIC), lesão intraepitelial espinocelular e displasia. Os exames de inspeção visual com ácido acético (IVA), colposcopia e cervicografia, e exames do Papanicolau, histopatológica, ou então métodos de biologia molecular que identificam a presença de DNA viral nos tecidos. O câncer se caracteriza pelo crescimento desordenado das células. (BEZERRA, FRANCO, GONÇALVES et.al.,2005, 143-148)

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