O Processo saúde doença
Por: Ester3003 • 18/10/2017 • Trabalho acadêmico • 984 Palavras (4 Páginas) • 342 Visualizações
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Conceitos de saúde e doença
Saúde é somente ausência de doença?
“Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doenças”.
OMS - 1948
“Saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal”.
Dicionário Aurélio
“Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e seu meio ambiente”
Saúde e doença não podem ser consideradas partes separadas de um sistema binário, mas um processo no qual o ser humano passa por múltiplas situações, que exigem do seu meio interno um trabalho de compensações e adaptações sucessivas.
Padrões de progressão das doenças
Evolução aguda, rapidamente fatal - raiva, altas doses de radiação.
Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação - doenças infecciosas, viroses.
Evolução sem alcançar o limiar clínico - infecções, hepatites.
Evolução crônica, que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período - afecções cardiovasculares de cunho degenerativo.
Evolução crônica, com períodos assintomáticos entremeados por exacerbações clínicas - afecções psiquiátricas e dermatológicas.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Subdivisões da História Natural da Doença:
Fase inicial (ou de susceptibilidade)
Fase patológica (pré-clínica)
Fase clínica
Fase de incapacidade residual
Fase inicial (ou de susceptibilidade)
Não há doença propriamente dita, mas condições que favorecem seu aparecimento.
As pessoas não apresentam o mesmo risco de adoecer.
Existência dos fatores de risco e de proteção.
Medidas preventivas na fase inicial:
1- Eliminação dos fatores de risco ou alteração de sua intensidade.
2- Uso “marcadores de risco” - pessoas com tais características são protegidas, acompanhadas para o diagnóstico precoce, etc.
Fase patológica pré-clínica
Doença está no estágio de ausência de sintomatologia, mas o organismo já apresenta alterações patológicas.
Esta etapa vai desde o início do processo patológico até o aparecimento dos sintomas ou sinais da doença.
O curso da doença pode ser subclínica e evoluir para a cura ou progredir para a fase seguinte.
A identificação precoce resulta, na maioria das vezes, em maior probabilidade de êxito, quando adotado tratamento adequado.
Medidas preventivas nesta etapa: rastreamento, triagem ou “screening” - busca por indivíduos suspeitos de estarem enfermos ou em risco de adoecer, no seio da população sadia.
Fase clínica
A doença já se encontra em estágio adiantado.
Diferentes graus de acometimento (leve, aguda, crônica, etc.).
Regra geral: somente uma proporção dos afetados apresenta quadro clínico. Destes, certa proporção procura os serviços de saúde, sendo ainda um número menor que será adequadamente diagnosticado e tratado.
“Ponta do iceberg”
Fase de incapacidade residual
Se a doença não progrediu até a morte ou se não houve cura total, as alterações anatômicas e funcionais permanecem estáveis.
“Sequelas”
Medidas preventivas: reabilitação de cunho físico, psicológico ou social.
Visam o desenvolvimento do potencial residual da pessoa afetada.
MEDIDAS PREVENTIVAS
São consideradas “medidas preventivas” todas aquelas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências, tanto no nível individual quanto no coletivo.
Classificação das medidas preventivas:
Prevenção primária, secundária e terciária.
Cinco níveis de prevenção, com terminologia própria:
Promoção da saúde
Proteção específica
Diagnóstico e tratamento precoce
Limitação do dano
Reabilitação
Prevenção Primária
Medidas dirigidas à manutenção da saúde é a “prevenção da ocorrência” da fase patológica.
Ex: educação e saneamento ambiental.
Promoção da Saúde
Engloba as ações destinadas a manter o bem-estar, sem visar a nenhuma doença em particular.
Promoção de um bom estado nutricional.
Condições apropriadas de emprego, habitação e lazer.
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