OS CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS RELACIONADOS A EVENTOS TROMBÓTICOS
Por: Isabella Boareth • 1/7/2020 • Monografia • 5.263 Palavras (22 Páginas) • 234 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA
CURSO DE FARMÁCIA
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS RELACIONADOS A EVENTOS TROMBÓTICOS
JOSIANE DRUMOND CARDOSO
JULIANA FERREIRA GOMES
GOIÂNIA
ABRIL/2019
JOSIANE DRUMOND CARDOSO
JULIANA FERREIRA GOMES
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS RELACIONADOS A EVENTOS TROMBÓTICOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Professora Dr. Adibe Georges Khouri, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
GOIÂNIA
ABRIL/2019
FOLHA DE APROVAÇÃO
JOSIANE DRUMOND CARDOSO
JULIANA FERREIRA GOMES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA, defendido e aprovado em ___ de ___ de ____ pela banca constituída por:
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Nome do Professor
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Nome do Professor
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Nome do Professor
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ser essencial em nossas vidas, nos guiando e socorrendo na hora das angústias.
Aos nossos familiares, por nos dar forças para não desistir, pela paciência e por não duvidar de nossa capacidade para chegar até aqui.
Aos professores que aguentaram nossas reclamações sobre a dificuldade das aulas e atividades, e que com muita persistência nos fizeram chegar até aqui.
A nossa coordenadora de curso e orientadora, que apesar de muito atarefada, aceitou a missão de nos ajudar na elaboração do presente trabalho.
Aos colegas que fizemos durante o curso, que foram muito importantes e nos acompanharam tanto nos momentos bons como nos ruins.
Muitas das falhas da vida ocorrem quando não percebemos o quão próximos estávamos do sucesso na hora em que desistimos.
Thomas Edison
RESUMO
A trombose consiste na obstrução da circulação por trombos, formados no local afetado, ou coágulos liberados a partir de outros locais do corpo. Sua fisiopatologia é complexa, e envolve a parede das veias e a lesão das mesmas tanto por fatores intrínsecos como extrínsecos. Em mulheres em idade fértil, o uso de anticoncepcionais orais combinados é um dos fatores externos que representam risco para a ocorrência de episódios trombóticos. Os contraceptivos orais combinados, como seu próprio nome sugere, são constituídos por uma combinação de etinilestradiol e uma progesterona, podendo ser apresentados em diferentes dosagens e combinações hormonais. Desde a época do seu lançamento, esses fármacos são relacionados à ocorrência de trombose, e desde então, uma série de estudos foram promovidos para explicar sua ligação. O trabalho teve como objetivo apresentar resultados de pesquisas sobre o tema, de forma a esclarecer o que já se sabe sobre o assunto. Com base no levantamento bibliográfico realizado, pode-se concluir que o etinilestradiol é uma das causas para o aumento do risco de trombose em usuárias desse tipo de medicamento, sendo o risco diretamente proporcional a dose de hormônio utilizada. Isso ocorre porque esse hormônio sintético promove aumento em alguns fatores de coagulação e nas proteínas C, além de reduzir alguns anticoagulantes. Além disso, o tipo de progesterona utilizada na combinação também se relaciona com o risco do desenvolvimento de episódios trombóticos, e diversos trabalhos citam os contraceptivos de terceira e quarta geração como os de maior risco. Diante disso, a combinação entre entre doses de até 30 µg de etinilestradiol e levonorgestrel tem sido a mais recomendada, por apresenta menor risco se comparada à outras formulações. É de suma importância que o profissional de saúde conheça os fatores de risco e a prescrição de contraceptivos seja feita de acordo com o perfil da paciente, minimizando as chances de ocorrência de trombose.
Palavras-chave: Contracepção Hormonal; Saúde da Mulher; Tromboembolismo; Trombose Venosa Profunda.
INTRODUÇÃO
A primeira pílula anticoncepcional foi comercializada no ano de 1960, nos Estados Unidos, e desde então, os anticoncepcionais vêm trazendo o controle da natalidade e dissociando o sexo e a reprodução (LEAL; BAKKER, 2018). Quase seis décadas após sua invenção, a pílula é o método contraceptivo reversível mais utilizado no Brasil e no mundo (PERPÉTUO; WONG, 2008).
De acordo com Marmitt (2006), o uso de anticoncepcionais orais, além de prevenir a gravidez, resulta em uma série de benefícios para as pacientes, como por exemplo a regularização do ciclo menstrual, a redução da acne e cólicas, diminuição na incidência de gravidez ectópica e anemia, aumento da libido, além de prevenir o câncer de ovário.
Entretanto, esses medicamentos podem resultar em efeitos adversos, que incluem náuseas, irritabilidade, dores de cabeça, mastalgia e vertigem. Esses efeitos têm relação com a dosagem hormonal, o tempo de uso e predisposições de cada indivíduo. Por isso, é importante que se conheçam esses fatores, já que eles podem limitar o uso dos anticoncepcionais (BOUZAS; PACHECO; EISENSTEIN, 2004).
Muito tem se estudado a respeito dos efeitos dos hormônios sexuais femininos sobre o sistema cardiovascular, uma vez que as camadas que constituem os vasos sanguíneos apresentam receptores de progesterona e estrogênio, tornando-os alvo dos efeitos provocados por esses hormônios. Mulheres com predisposição a doenças cardiovasculares e que utilizam contraceptivos hormonais têm alto risco para trombose, e tal risco relaciona-se diretamente ao estrogênio que compõe esses medicamentos (BRITO; NOBRE; VIEIRA, 2011; RIBEIRO et al., 2018).
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