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OS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

Por:   •  5/6/2022  •  Dissertação  •  2.745 Palavras (11 Páginas)  •  91 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

DESENVOLVIMENTO        4

CONSIDERAÇÕES FINAIS        10

REFERÊNCIAS        11

INTRODUÇÃO

A prática da Homeopatia teve início em 1796 por Samuel Hahnemann, na Alemanha, seu criador. Ela baseia-se em quatro princípios: a cura pelos semelhantes; a experimentação no homem sadio; as doses mínimas ou infinitesimais; e o medicamento único. Hahnemann, propôs a utilização dos “nosódios”, posteriormente denominados “bioterápicos”, que são produtos quimicamente indefinidos, utilizados como matéria-prima para preparações do medicamento homeopático, tais como produtos obtidos a partir de produtos biológicos, como secreções, excreções, urina, sangue, tecidos, patológicos ou não, além de produtos de origem microbiológica e alérgenos (LUZ; ZANIN; DIAS, 2013).

O princípio da semelhança é uma filosofia que deve ser acreditada, embora não haja suporte racional nem empírico para justificar essa suposição. A fisiologia/fisiopatologia humana é compreendida atualmente em detalhes super consideráveis. Hahnemann equiparou sintomas e doenças, portanto, remover os sintomas é equivalente a curar a doença, pois o repertório de medicamentos homeopáticos é baseado em uma coleção de sintomas observados/percebidos, que são desencadeados por uma determinada droga em voluntários (CUKACI et al., 2020).

No entanto, existem muitas publicações que declaram a homeopatia “controversa”, enquanto outro mostram que são os medicamentos mais consumidos (taxa de 95% em comparação ao de fluxo contínuo) pelo público que não passa pela consulta médica. Desse modo, há um amplo consenso científico de que não há evidências confiáveis de eficácia médica específica, por isso as pessoas resolvem consumir de forma empírica. No geral, as evidências claramente negam efeitos além do placebo e do contexto, mas ainda sim é objeto da prática médica e terapêutica (LUZ; ZANIN; DIAS, 2013 ; LÜBBERS; ENDRUSCHEIT, 2021).

O presente trabalho visa justificar que a homeopatia é, portanto, ainda uma opção terapêutica e ponto de partida para a pesquisa de novos fármacos, pois segue os princípios da ética médica contemporânea, pois ainda há um discurso cientificamente relevante a ser contestado.

DESENVOLVIMENTO  

Primeiramente Para poder desenvolver medicamentos à base da homeopatia é necessário conhecer princípio central da homeopatia, de fato, é substancial. Do termo: “similia similibus curentur”, ou seja, como o princípio da semelhança: compostos que produzem sintomas em altas doses, podem curar uma doença com sintomas semelhantes quando administrada em quenas doses. A base para este conceito de um “quadro de medicamentos” foi estabelecido em autoexperimentação, assim é necessário relatar que à controvérsia na comunidade científica pela falta de evidências comprovadas e torna-se talvez um ponto de inflexão para a pesquisa e desenvolvimento (CUKACI et al., 2020).

Os bioterápicos (homeopáticos) são considerados um recurso terapêutico e utilizados com a finalidade de incentivar a ação biológica do medicamento e com isso inibir a ação patógena causal. Isto promove uma ativação das defesas imunológicas do organismo humano, pois grande parte dos bioterápicos dinamizados, são preparados com partes ou subprodutos da doença ou do agente patogênico, chamada profilaxia por isopatia. Estes medicamentos são comumente indicados para a prevenção de diversas doenças endêmicas e epidêmicas, pandêmicas atuais (COVID-19), pesar de serem muito criticados devido às escassas evidências científicas que provem sua eficácia e segurança no ser humano (LUZ; ZANIN; DIAS, 2013; GOSIK, 2021).

Por outro lado, com o ressurgimento da Malária nas regiões tropicais nas últimas décadas devido ao crescimento expansionista da população como construção de rodovias e hidrelétricas; garimpo e mineração, ocupando áreas próximas as florestas, faz-se necessário compreender a necessidade de novos medicamentos, sobretudo os bioterápicos, para o combate ao quadro de sintomas relevantes causado por esse patógeno. A grande maioria dos casos de malária no Brasil (99,8%) está concentrada na bacia amazônica, que contém os maiores remanescentes de florestas equatoriais do país, onde vários fatores favorecem a transmissão de doenças e dificultam seu controle (FERREIRA, 2011; PECKHAM et al., 2019; SANTA ROSA et al., 2020).

Mas a falta de conhecimento não é conhecimento da ausência. Pode muito bem ser possível, como tem sido muitas vezes o caso na medicina, que teorias futuras ou pesquisas adicionais pode desenterrar algum novo princípio terapêutico. Para entender se este é um exercício útil, é útil ver se os dados até o momento justificariam tais esforços (GAERTNER; BAUMGARTNER; WALACH, 2021).

Desde a sua criação, a homeopatia apareceu para dividir a comunidade médica entre adeptos e opositores, e tem estimulado a discussão sobre sua eficácia. Até o momento, os pilares da doutrina homeopática contradizem princípios estabelecidos das ciências naturais, e compreensíveis modelos explicando consistentemente como a homeopatia pode causar efeitos específicos estão faltando. No entanto, a homeopatia continua popular não apenas entre o público em geral, mas também entre uma proporção considerável de profissionais médicos, sobretudo nos países Europeus cuja homeopatia está integrada nos sistemas e planos de saúde (MARKUN et al., 2017).

No entanto, é evidente que a homeopatia se desviou do método científico desde o início: a replicação e a confirmação independentes não foram consideradas importantes. Antes e depois da famosa autoexperimentação de Hahnemann, o quinino foi ingerido por muitas pessoas: elas não experimentaram qualquer febre. Assim, a observação de Hahnemann não é reproduzível. A febre, que ele experimentou, foi provavelmente devido a uma resposta imune. As reações peculiares à quinina são conhecidas há muito tempo. Eles podem ser explicados por anticorpos dependentes de quinidina (CUKACI et al, 2020).

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