RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE FARMACOGNOSIA
Por: Mauren Kamienski • 21/9/2015 • Relatório de pesquisa • 1.213 Palavras (5 Páginas) • 1.610 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IGUAÇU – UNIGUAÇU
MAUREN KAMIENSKY STEIN
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE FARMACOGNOSIA
UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2015
INTRODUÇÃO
O mel natural é um produto açucarado fornecido pela abelha ApismelliferaL., APIDAE. O produto é uma solução aquosa concentrada de açúcares, geralmente com predominância de frutose e glicose, e de pequenas quantidades de destrinas, enzimas, ceras, óleos voláteis, ácidos orgânicos, éteres, substâncias gomosas, albuminoides e minerais.
A principal forma de falsificação do mel é pela adição de açúcar comercial, glicose e destrinas. Além disso, pode ocorrer no comercio mel artificial, que é constituído por açúcar com adição de substâncias aromáticas e/ou de mel natural. A análise do mel tem por finalidade descobrir se o produto é genuíno, artificial ou falsificado.
PRÁTICA
- TOMADA DE AMOSTRA
- A amostra deve ser tomada de diferentes partes do lote antes de se proceder à mistura.
- Misturar bem cerca de 250g do mel em análise e colocar em frasco fechado.
- CARACTERES EXTERNOS E ORGANOLÉPTICOS
- Observar e anotar a cor, sabor, odor e consistência:
- O mel pode ser branco (provavelmente centrifugado), pardo (provavelmente de coníferas), ou com coloração intermediária de amarelo claro a amarelo esverdeado.
- O sabor, se mais ou menos doce, com ligeira sensação acre, é devido à presença de pequenas quantidades de ácidos fórmico e málico. O aroma, se agradável, é característico de mel normal.
Mel utilizado: Belena mel, de U.V.A.
- Cor: amarelo claro;
- Sabor: não tão doce;
- Odor: fraco;
- Consistência: viscoso.
- EXAME MICROSCÓPICO
- Colocar em uma lâmina, uma gota de mel e uma gota de solução de glicerina iodada, e fechar com a lamínula.
- Reconhecer a presença de grãos de pólen, grãos de amido, resíduos de órgãos de abelha, elementos vegetais, cera e cristais de açúcar.
Materiais:
- Lâmina;
- Lamínula;
- Microscópio óptico.
Substância encontradas:
[pic 1]
- DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE (segundo a Farmacopéia Brasileira)
- Dissolver uma parte de mel em duas partes de água destilada;
- Transferir para uma proveta de tamanho apropriado;
- Introduzir o densímetro e anotar a densidade, que deve ser igual ou superior a 1,099 à 25ºC.
Materiais:
- Proveta;
- Densímetro
O densímetro estava descalibrado e não se pôde obter o resultado.
- DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ
- Pesar exatamente a tomada de amostra (10g) de mel e dissolver em 50ml de água destilada.
- Juntar duas gotas de solução de fenolftaleína SI e titular com solução de NaOH 0,1 N até o aparecimento de leve coloração rósea persistente.
- Deve ser consumida quantidade menor ou igual a 5 ml da solução de NaOH. Uma acidez superior a esse volume de álcali indica que o mel está em fase adiantada de fermentação.
- A acidez pode ser expressa em milímetros de NaOH por 100g de mel. Pode também ser expressa em relação ao ácido fórmico, onde cada milímetro de NaOH 0,1 N consumido corresponde a 0,0046g de ácido fórmico (PM do ácido fórmico: 46,02).
Titulação
Materiais:
- Bureta;
- Erlenmeyer;
- Suporte Universal;
Amostra 1: mudou para uma cor alaranjada com 7,5 ml de NaOH.
Amostra 2: 3 ml de NaOH.
Amostra 3: 3 ml de NaOH.
Média = 2,9 ml
1 ml - 0,0046g
2,9 - x
x = 2,9 . 0,0046
x = 0,011334g
Ou seja 13,34 mg
- REAÇÕES CROMÁTICAS
Essa reação tem por finalidade indicar a presença de hidroximetilfurfuraldeído (HNF) encontrado no mel. O HNF é usado como um indicador de aquecimento e modificações decorrentes de armazenamento incorreto do mel. É formado pela quebra da frutose em presença de ácido e o aquecimento aumenta a velocidade da reação. O HNF ocorre naturalmente no mel (normalmente na faixa de 1mg/Kg) não é uma substância tóxica. Apenas indica que, quando detectado em quantidade superior a 80mg/Kg demonstra a presença de adulteração por açúcar comercial ou aquecimento indevido. O mel, quando estocado a 20ºC, aumenta em cerca de 1mg/Kg/mês a quantidade de HNF.
- REAÇÃO DE JAGERSCHMIDT
- Triturar em grau de porcelana cerca de 10g de mel com 10 ml de acetona;
- Decantar o solvente e transferir cerca de 2-3 ml para um tubo de ensaio contendo igual volume de HCl concentrado;
- Resfriar a mistura em um banho de gelo ou água corrente;
- O aparecimento de forte coloração violeta indica presença de açúcar comercial. Se o mel é natural, pode surgir uma leve coloração âmbar que e torna violácea depois de algum tempo.
Materiais:
- Cadinho;
- Pilão;
- Balança analítica;
- Proveta;
- Vidro relógio;
- Capela;
- Tubos de ensaio;
- Recipiente com gelo.
Resultado: A amostra obteve uma coloração âmbar, o que significa que o açúcar contido no mel Belena é natural e não comercial.
- REAÇÃO DE FIEHE
Essa reação verifica a presença de açúcar comercial ou o aquecimento acima de 40% do produto, o que pode eliminar algumas de suas propriedades.
- Pesar 5-10g de mel em um grau de porcelana;
- Extrair (triturar) com quantidade suficiente de éter etílico e transferir a camada etérea para um cadinho de porcelana;
- Deixar o éter evaporar à temperatura ambiente e, em seguida, adicionar 5 gotas de solução clorídrica de resorcina a 1%;
- Leitura após 5-10 minutos;
- O aparecimento de coloração vermelha indica a presença de HNF (reação do HNF com a resorcina), possivelmente em quantidade maior que 200mg/Kg. O vermelho cereja indica mel de péssima qualidade e a intensidade do vermelho está relacionada à quantidade de HNF presente no mel.
Materiais:
- Cadinho;
- Pilão;
- Tubo de ensaio;
- Proveta;
- Balança analítica.
Resultado: A amostra obteve uma coloração alaranjada, o que significa que o mel Belena é de boa qualidade.
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