Resenha Políticas de Saúde no Brasil
Por: Luana Moratori • 23/3/2019 • Resenha • 712 Palavras (3 Páginas) • 743 Visualizações
RESENHA SOBRE O DOCUMENTÁRIO
“Políticas de saúde no Brasil”
“Políticas de saúde no Brasil” é um documentário que relata a evolução da saúde no país, desde as primeiras medidas de saúde pública como a campanha de vacinação obrigatória no Rio de Janeiro em 1904 até os dias atuais.
No começo do século XX, a população brasileira era atingida por doenças como varíola, febre amarela, tuberculose e outras, devido às más condições sanitárias e sócio-econômicas em que as pessoas viviam. O Rio de Janeiro sofria com a falta de saneamento básico, por isso doenças se espalhavam com facilidade. O Brasil ficou mal visto no exterior, estrangeiros não queriam vir para o país, o que prejudicava a economia. Para tentar reverter esse quadro, o médico Oswaldo Cruz comandou no Rio de Janeiro uma campanha sanitária composta por vacina obrigatória, vistoria nas casas, internações forçadas, interdições e despejos. A população não era sensibilizada sobre os benefícios da vacina e da higiene, apenas tinham que acatar as ordens. A falta de uma política de conscientização da população, diálogo e entendimento no discurso da educação em saúde das autoridades sanitárias para com o povo, levou este a se revoltar contra a imposição do governo, e em 1904 estourou a Revolta da Vacina, uma manifestação popular contra a vacinação obrigatória. Osvaldo Cruz acabou sendo afastado.
Naquela época, as pessoas de melhor condição financeira podiam pagar por um atendimento médico particular, mas os pobres só dispunham de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. Para suprir as falhas da saúde pública, surgiram os planos de saúde, por iniciativa do governo, só que essa saúde privada era restrita a alguns poucos.
Em 1923 foram criadas as Caixas de Aposentadoria e Pensão, que eram instituições mantidas pelas empresas para oferecer aos funcionários assistência médica, aposentadorias e pensões. Em 1930 quando Getúlio Vargas toma o poder, é criado o Ministério da Educação e Saude e as Caixas são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), que passam a ser dirigidos por entidades sindicais e não mais por empresas como nas antigas Caixas.
Com início da ditadura militar no Brasil, ocorreu a unificação das IAPs e criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Surgiu então uma demanda muito maior que a oferta. A solução encontrada pelo governo foi pagar a rede privada pelos serviços prestados à população. Em 1978, a estrutura foi se modificando tendo a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), que ajudou nesse trabalho nos repasses para iniciativa privada.
Devido a manifestações populares e pressão sobre o Estado, surgiu um novo sistema de saúde, o SUS, que mudou os parâmetros da saúde pública no Brasil, pois universalizou o atendimento. Agora qualquer um tinha acesso à atendimento médico, independente de situação financeira. O surgimento do SUS acalmou um pouco os ânimos da população. Foi um grande passo para a tentativa de solucionar os problemas da saúde no Brasil.
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