Resumo ativação de linfócitos T
Por: Cleiton Motta • 5/6/2018 • Resenha • 1.990 Palavras (8 Páginas) • 485 Visualizações
Quando falamos em imunidade inata e adquirida(adaptativa) temos que ter em mente que já nascemos com as duas, porem, a imunidade inata é aquele que é ativada primeiro.
As células que constituem a imunidade inata são os macrófagos, células dendritícas, células NK e neutrófilos. As células NK são características da imunidade inata, mas podem também fazer parte da imunidade adaptativa. As barreiras físicas, químicas (lisozimas) e o sistema complemento são importantes componentes da imunidade adaptativa. A imunidade inata sempre vai gerar, em seguida, uma resposta dos componentes da imunidade adaptativa. A imunidade inata tem como uma grande aliada a imunidade adaptativa, pois essa possui células que secretam citocinas como o interferon-Ɣ, que faz com que os macrófagos fiquem ainda mais ativados, melhorando sua performance na hora de combater um patógeno.
A imunidade adaptativa tem como característica principal a especificidade das células envolvidas, as células que possuem essa especificidade bem determinada são os Linfócitos T e os Linfócitos B. A imunidade adaptativa tem como uma grande aliada a imunidade inata, pois essa possui células que funcionam como APC’s(células apresentadoras de antígenos).
Dentro do termo imunidade, temos duas divisões: imunidade passiva imunidade ativa.
A imunidade ativa promove e estimula a produção de clones de Linfócitos T e Linfócitos B(imunidade adaptativa), gerando memória imunológica. É uma forma artificial ou natural de induzir a resposta imune. Ex: Vacinas, infecções naturais
Na imunidade passiva, o individuo já recebe anticorpos prontos. Ocorre em situações onde peçonhas são introduzidas no organismo do paciente, através de vetores animais. Esses anticorpos irão neutralizar essas toxinas (peçonhas). Não gera memória imunológica.
A especificidade é uma das características básicas da resposta imune. Uma outra característica é a diversidade dos clones de T e B que pode ser explicado pelas recombinações gênicas que acontecem nas cadeias pesadas e leves dos anticorpos.
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Essas recombinações gênicas levam a uma grande diversidade e uma especificidade muito refinada desses sítios combinatórios dos anticorpos, levando a a essa grande diversidade.
A homeostasia da resposta imune, ou seja, o equilíbrio, é uma característica importante da imunidade. Quando o organismo responde a um patógeno ele(o sistema imune) tem a capacidade de retornar ao equilíbrio do corpo.
A resposta imune também tem a capacidade de discriminar o próprio do não próprio, ou seja, ele não ativa os mecanismos das imunidades inatas e adaptativos contra proteínas produzidas pelo próprio metabolismo. Quando esse mecanismo falha em diferenciar o próprio do não próprio temos as chamadas doenças autoimunes.
A resposta imune possui três fases muito bem determinadas. A primeira é a fase de reconhecimento do antígeno. A segunda é a fase é a de ativação das células do sistema imune e a Terceira fase é onde essas células exercem suas funções efetoras.
Falando um pouco sobre essas funções efetoras, o Linfócito T helper(CD4+) não participa da resposta imune “cara a cara” com o patógeno, mas sim secretando citocinas que irão ativar macrófagos, deixando o macrófago mais potente para eliminar o patógeno. Eles também cooperam na ativação de Linfócitos B, Linfócitos esses que quando ativados, se diferenciam em plasmócitos e secretam anticorpos. Esses anticorpos terão uma função efetora, através de três mecanismos básicos. Primeiro ele pode agir neutralizando toxinas. Segundo, os anticorpos dos tipo Igg e Igm tem a capacidade de ativar a via clássica do sistema complemento.Terceiro, o tipo de anticorpo Igg pode se ligar no antígeno e opsionzar o mesmo, facilitando a fagocitose pelos macrófagos. Ainda temos um quarto mecanismo, onde esse Linfócito T CD4 consegue ativar células NK.
Os Linfócitos T Helper (CD4+) ainda cooperam com Linfócitos T citotóxicos (CD8+). O T citotóxico para ser ativado precisa estar interagindo com uma citocina importante, a IL-2, que inicialmente é secretada pelo T helper.
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Morfologicamente não é possível diferenciar Linfócitos T de Linfócitos B. A característica principal de um Linfócito, microscopicamente, é ter um núcleo aumentado e um citoplasma mais escasso. Os linfócitos e macrófagos são células mononucleares. Neutrófilos, eosinófilos, mastócitos e basófilos são células polimorfonucleares.
Macrófagos antes de chegarem aos tecidos são chamados de monócitos e após chegarem aos tecidos são chamados, verdadeiramente, de macrófagos. Já instalados nos tecidos, eles ainda podem se diferenciar em macrófagos M1, chamado de clássico, e M2, chamado de alternativamente ativado, que não é o clássico.
Órgãos Linfóides primários são medula óssea e timo. Órgãos linfóides secundários são os linfonodos e o baço. A principal função dos órgãos primários é promover a diferenciação das células e nos secundários é onde ocorre o contato das células com os antígenos.
Nos linfonodos, os Linfócitos B se localizam nos folículos linfóides. Na região Paracortical, intermediária, temos Linfócitos T e na região medular, a mais interna, temos uma mistura de T e B. Os linfonodos vão “capturar” todos os patógenos que estiverem na circulação linfática.
No baço temos a bainha periarteriolar onde se encontram principalmente Linfócitos T.
No Timo, os linfócitos T chegam no timo pela região cortical e chegam na região medular, sendo durante esse “caminho” que eles diferenciam seus TCRs,chamada de diferenciação tímica. Uma característica peculiar do timo é que, quando nascemos nosso timo é grande e com a idade ele diminui de tamanho, pois ocorre uma morte intensa de linfócitos T, pois com o tempo clones de T começam a popular os órgãos linfóides secundários.
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O sistema complemento possui três vias iniciais de ativação. A via clássica depende de anticorpo, não estando envolvida na imunidade inata. Já a via alternativa e a via da lectina estão envolvidas na imunidade inata. Diferença básica entre essas vias é que na via clássica deve ter a presença de anticorpos Igm e Igg. A alternativa deve ter ausência de ácido siálico na membrana do patógeno. A via das lecitinas é ativada quando o patógeno possui manose em sua membrana, ocorrendo a ligação da lecitina presente na membrana das nossas células com a manose do patógeno. Essas ligações formam complexos que levam a lise da membrana do patógeno.
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