Teoria Miasmática e Bacteriológica
Por: JuNicoletti • 23/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.425 Palavras (10 Páginas) • 1.522 Visualizações
Sumário:
1.Artigo Bases Históricas da Epidemiologia:
1.1. Entender como iniciou a epidemiologia.........................................................3
1.2. Principais fatos históricos..............................................................................3
1.3. Principais nomes de cientistas envolvidos na história da Epidemiologia.....4
1.4. Quais foram as contribuições de cada um...................................................4
1.5. Como a revolução industrial interferiu na história da Epidemiologia...........6
2.Artigo Surtos Epidêmicos, teoria miasmática e teoria bacteriológica:
2.1. Surtos epidêmicos........................................................................................6
2.2. Teoria miasmática.........................................................................................6
2.3.Teoria bacteriológica......................................................................................7
2.4. Descrição, resumida de como foi o processo histórico epidemiológico nos séculos XIX e XX..................................................................................................7
2.5. Como a teoria miasmática interage com a epidemiologia atual....................8
1. Bases históricas da Epidemiologia.
1.1. Entender como iniciou a Epidemiologia.
A Epidemiologia surgiu com a necessidade de criar políticas minimalistas de doenças infecciosas que surgiram a muitos anos atrás, mais que só começaram a ser talvez ser explicadas e estudadas a partir do século XVII. O crescente número de casos de adoecimento nessa época, fizeram com que estudiosos e políticos criassem maneiras de entender o real motivo dessas contaminações, já que com a revolução industrial, o estado, as indústrias, e as famílias precisavam ter rendimentos para suprir suas necessidades, e com os casos de doenças aumentando as populações ficavam impossibilitadas de trabalhar.
Uma das explicações que os estudiosos criaram foram a dos miasmas, que relatavam que tudo que fosse insalubre, causava doenças. Nessa época não imaginava-se que na verdade as doenças tinham um causador específico para cada tipo, como no caso do vírus ou de uma bactéria.
Com vários estudos estatísticos, os estudiosos foram chegando perto de entender como realmente o miasma era uma forma mal detalhada de explicação.
Começaram então a criar políticas de diminuição desses lugares insalubres e de orientação a população no que diz respeito a higiene pessoal. Por isso podemos entender que a epidemiologia nada mais é do que o estudo das epidemias, das doenças que atacam a população e que busca e objetiva minimizar e até erradicar essas doenças, com o descobrimento do agente causador desses males.
1.2. Principais fatos históricos
No século XVII, o poder político é consolidado na Inglaterra e Alemanha pela “restauração”, e na França e Estados Unidos pela “revolução”, e neste período ocorrem diferentes tipos de intervenção estatal sobre a questão da saúde nas populações. O “movimento hospitalista” e o assistencialismo, decorrentes da Inglaterra, antecedem uma medicina da força de trabalho, em partes sustentadas pelo Estado em áreas urbanas. Já na frança, com a Revolução de 1789, implantou-se a “medicina urbana” com a finalidade de leva saneamento aos espaços das cidades, disciplinando a localização de cemitérios e hospitais, arejando as ruas e as construções públicas e isolando as áreas “miasmáticas”. Na Alemanha, foram sistematizadas propostas de uma “Política Médica”, com base em medidas de controle e vigilância de doenças, sob a responsabilidade do Estado, junto com a imposição de regras de higiene individual à população.
A Revolução Industrial juntamente com a economia política ressaltam a ideia da força de trabalho, onde a formação de um conjunto de trabalhadores urbanos, submetidos a intensos níveis de exploração, se expressa como luta política sob a forma de diferentes socialismos, considerados ilusórios por serem iniciais. Na década de 30 se dá o início da crise da medicina “científica”, onde o avanço tecnológico da prática médica determina uma redução do seu alcance social. Essa fragmentação dos cuidados médicos faz surgir as especializações, leva à ênfase em procedimentos complementares, resultando na elevação de custos e pôr fim à capitalização da assistência à saúde. Isto se dá em razão da necessidade do sistema político do capitalismo, em crise, ter a saúde como mecanismo de controle social.
Com a Segunda Guerra Mundial é levantada a questão da saúde física e mental dos combatentes, representando uma demanda concreta para o desenvolvimento de métodos mais eficientes para medi-la. Esses métodos, depois de aperfeiçoados, resultam na sua aplicação a populações civis, fase que coincide com um pós-guerra associado à intensa expansão do sistema econômico capitalista. Neste mesmo período foram realizados grandes inquéritos epidemiológicos, principalmente a respeito de doenças não infecciosas, que se revelaram como problemas de saúde pública durante o processo de seleção de recrutas para os exércitos.
No início da década de 60, a pesquisa epidemiológica passa por uma profunda transformação, com a introdução da computação eletrônica, onde se experimenta a ampliação real dos bancos de dados juntamente com a potencialidade da criação de técnicas analíticas, com especificações inimagináveis no tempo de análise mecânica de dados.
1.3. Principais nomes dos cientistas envolvidos na história da Epidemiologia.
John Graunt - Levantamento da Estatística médica.
Johann Peter Frank - Sistematiza as propostas de uma política médica.
Alexandre Louis - Percursor da avaliação de eficácia dos tratamentos clínicos utilizando método de estatística.
Friedrich Engels - Escreveu o primeiro texto analítico da epidemiologia critica.
John Snow - Considerado o pai da Epidemiologia
William Far - Criou um registro anula de mortalidade e morbidade para Inglaterra que marca a institucionalização da Estatística Médica.
Major Glenwood - Principal responsável pela introdução do raciocínio estatístico na investigação epidemiológica.
John Ryle - Sistematiza o paradigma da História Natural das doenças em 1936.
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