A ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS IDOSAS NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA PADRE PEDRO ARRUPE
Por: marinasarayo • 1/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 309 Visualizações
ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS IDOSAS NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA PADRE PEDRO ARRUPE
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NR 9050 (2004, p.04), define-se como pessoa com mobilidade reduzida “aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo.
Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros”. Segundo Micheletto (2011), para a promoção da mobilidade urbana à população idosa, são necessárias ações que priorizem a acessibilidade do espaço urbano, diminuindo o deslocamento e o esforço físico às pessoas com mobilidade reduzida em todos os ambientes.
A classificação da idade cronológica de um indivíduo como idoso sofre uma variação conforme a estrutura socioeconômica de um país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, a classificação de idade para idosos é a partir de 60 anos (SBGG, 2015).
Reduções de mobilidade é algo inevitável no processo de envelhecimento, o que leva à limitações na realização das atividades da vida diária da população da terceira idade, sejam elas dentro ou fora de casa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE, 2018), a população idosa representa 13,5% da população total brasileira, com aproximadamente 28 milhões de pessoas, sendo estes dados apurados até o ano de 2017.
Pensando neste cenário, indagou-se quais melhorias poderiam ser implementadas no centro de convivência para idosos, a fim de minimizar riscos de acidentes e maximizar a funcionalidade do ambiente.
A problemática de pesquisa deste trabalho envolve como tornar o ambiente mais acessível, seguro e inclusivo para a terceira idade. Este artigo tem como premissa apoiar os projetos de futuras construções que permitam arquiteturas acessíveis e inclusivas para o novo perfil populacional, além de prever soluções logísticas para o fluxo de pessoas, a fim de permitir uma melhor mobilidade urbana.
O objetivo principal deste artigo é analisar a acessibilidade de idosos dentro do centro de convivência Padre Pedro Arrupe, a fim de permitir a inclusão social, explorando a máxima funcionalidade do meio. Como objetivos específicos, este artigo tem como premissas: estudar a mobilidade urbana, identificar os critérios de análise de acessibilidade, realizar diagnósticos com base nas normas vigentes e sugerir melhorias.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo descritiva do tipo qualitativa. O Centro de Social Padre Arrupe (CSPA) constitui-se como sendo um dos campos de estágio da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da UESPI- RMSFC. A instituição filantrópica está localizada na Rua Valdivino Tito, 1101, no Bairro Vermelha. Atualmente atende a mais de 400 idosos em situação de vulnerabilidade social. O local é mantido pela Instituição Jesuítas do Brasil, em parceria com a Prefeitura Municipal de Teresina por meio da SEMCASPI - Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas.
O centro conta com recepção, quadra para atividade física, salas de leitura e inclusão digital, sala de reuniões, 2 banheiros e cantina, oferece atividades de leitura, oficinas de nutrição, serviço social, atividades físicas, terapia ocupacional, grupo de Pilates, entre outros. A análise será realizada através da medição dos pontos listados no roteiro (Quadro 1) e os dados obtidos serão comparados com as medidas preconizadas nas Normas Regulamentadoras da ABNT.
RESULTADOS
O quadro 1 apresenta o instrumento de pesquisa elaborado para a realização do diagnóstico com base nas normas técnicas consideradas na metodologia da pesquisa, conforme descrito a seguir:
QUADRO 1 – Diagnóstico sobre acessibilidade dentro de uma instituição filantrópica destinada a lar permanente de idosos
Aspecto | Medições Adequadas | Atende | Não atende |
Circulação Externa ao redor do lar | X | ||
Calçada | faixa de serviço: largura mínima de 0,70 m | X | |
faixa livre ou passeio :1,20 m de largura e 2,10 m de altura livre | X | ||
Estacionamento para deficientes | máxima de 50 m | X | |
Circulação no corredor | |||
Rampa | Mínimo 1,20 e máxima de 1,50m | X | |
Corrimão | 0,92 m e a 0,70 m do piso | X | |
Corredor | Largura de 0,90 m a 4 m | X | |
Vão da porta | maior ou igual a 0,80 m, | X | |
Maçanetas | altura entre 0,80 m e 1,10 m. | X | |
Formato de alavanca | X | ||
Janelas | 0,60 a 1,20m | X | |
Banheiro | |||
Localização dos banheiros | até 50 m | x | |
Largura da porta | Igual ou superior a 0,80 cm para entrada | X | |
Dimensão dos sanitários | Giro de 360°/área de manobra no máximo 0,10 m sob a bacia sanitária e 0,30 m sob o lavatório. | X | |
Lavatório | altura pode variar de 0,78 m a 0,80 m | X | |
Barras de apoio | resistir a no mínimo de 150 kg | X | |
distância mínima de 40 mm entre sua base de suporte (parede, painel, entre outros), até a face interna da barra | X | ||
Barras de apoio na bacia sanitária (ao fundo e parede lateral) | comprimento mínimo de 0,80 m | X | |
0,75 m de altura | X |
| |
a barra reta com comprimento mínimo de 0,70 m e altura de 0,10 m acima da barra horizontal | X | ||
Bacia Sanitária | entre 0,43 m e 0,45 m (do piso a partir da borda superior sem o assento e com assento no máximo 0,46 m) | X | |
Cabides/ Porta-objetos | entre 0,80 m a 1,20 m do piso | X | |
Alcance Manual Frontal em pé | Frontal em pé :1,40 a 1,55m | X | |
Bebedouro /manuseio dos copos | entre 0,80 m e 1,20 m de altura | X | |
Assentos públicos | altura entre 0,40 m e 0,45 m | X | |
largura do módulo individual entre 0,45 m e 0,50 m | X | ||
ângulo do encosto em relação ao assento entre 100° a 110° | X | ||
Balcão de informação | |||
Balcões de atendimento | largura mínima de 0,90 m e altura entre 0,75 m a 0,85 m do piso | X | |
As mesas ou superfícies | de largura mínima de 0,90 m e altura entre 0,75 m e 0,85 m | X |
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