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Coluna Vertebral e Postura

Por:   •  9/9/2016  •  Dissertação  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  746 Visualizações

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Marcelo de Oliveira Capucho

Coluna Vertebral e Postura

A coluna vertebral ou espinha dorsal, é uma estrutura do corpo humano formada por um conjunto de pequenos ossos, denominados vértebras, que auxiliam na movimentação do tórax, do pescoço e da cabeça. A coluna vertebral possui cinco regiões ou segmentos e o seu comprimento estende-se do crânio à pelve. Ela é formada por 33 ossos, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Suas principais funções são: a sustentação do peso do corpo, a flexibilidade do tronco e a proteção da medula espinhal.

As vértebras são estruturas ósseas individuais e cada uma delas possui características próprias dependendo da sua localização. A vértebra é dividida em duas partes: o corpo vertebral (podendo ser observada na vista anterior da coluna) e o arco vertebral (onde se encontra o forame, vista na parte posterior e lateral da coluna).

O corpo vertebral é formado pelo osso compacto e o osso esponjoso. Já o arco vertebral é mais complexo devido à sua quantidade de estruturas, tais como, o pedículo (responsável pela ligação entre o arco vertebral e o corpo da vértebra), os processos transversos, os processos articulares (localizados entre uma vértebra e outra), a lâmina, o processo espinhoso (acidente ósseo) e o forame vertebral (por onde passa a medula espinhal por toda a extensão da coluna).

O primeiro segmento da coluna é o cervical, onde localizam-se as sete vértebras cervicais. Essas vértebras possuem corpo e o arco pequenos, pouco espaço entre suas vértebras e o forame transverso (por onde passa a artéria vertebral). Existem três vertebras atípicas nesse segmento: C1, C2 e C7.

As duas primeiras são chamadas de Atlas e Axis, respectivamente. Juntas, elas auxiliam o movimento da cabeça. O Atlas ou C1 tem o formato parecido com um anel, não possui corpo e nem processo espinhoso.  E, justamente, pela ausência dessas estruturas é que ele nos permite realizar movimentos rotatórios com a cabeça, por exemplo ao expressarmos o “não”. Já o Axis ou C2 possui processo espinhoso e o processo odontóide (conhecido como dente do Axis), que vai se articular com o anel da C1, permitindo realizarmos o movimento de “sim” com a cabeça.

Por sua vez, a sétima vértebra cervical também é diferente das demais possuindo o seu corpo mais parecido com uma vértebra torácica, porém, mantém o forame transverso por onde passa a artéria vertebral.

O segundo segmento da coluna é o da região torácica, onde localizam-se as doze vértebras torácicas. Essas vértebras se articulam com as costelas (através da fóvea vertebral, localizadas em cima e embaixo do corpo de cada vértebra torácica) formando a caixa torácica que tem a função de proteger os órgãos e vísceras torácicas. O processo espinhoso é mais alongado e o espaço entre as vértebras é bem menor.

O terceiro segmento da coluna é o da região lombar, onde localizam-se as cinco vértebras lombares. Essas vértebras possuem um corpo mais estruturado e o espaço entre cada vértebra é maior. Além disso, os processos espinhosos são quadrangulares.

Esta é a região que mais realizamos movimento e a que mais sofre desgaste devido às más posturas de andar, sentar e dormir. Por esses motivos, existe a possibilidade maior de se desenvolver hérnia de disco nessa região da coluna.

O próximo segmento é a região sacral ou osso sacro, quarto segmento da coluna, onde localizam-se vértebras sacrais. Nos primeiros anos de vida, os ossos sacrais estão separados, mas conforme o nosso desenvolvimento eles são unificados pelo processo sinostose. Nessa região localiza-se o promotório sacral, estrutura que pode ser entendida como o centro gravitacional ou ponto de equilíbrio do nosso corpo.

O último e o menor dos segmentos é a região do cóccix que apresenta cinco vértebras coccígeas em forma de pirâmide. Assim como no segmento anterior, as vértebras coccígeas também foram unificadas com o tempo devido ao processo sinostose.

A coluna vertebral também pode ser analisada quanto à sua curvatura que são divididas em dois tipos: a primária (congênita, chamada de cifose) e a secundária (adquiridas após o nascimento, chamada de lordose).

Podemos encontrar as curvaturas primárias ou cifose em duas regiões da coluna: a cifose torácica (localizada na região do tórax; não permite movimentos, apenas acompanha os movimentos realizados pela coluna cervical e/ou coluna lombar) e a cifose sacral (curvatura acentuada atrás do quadril). Esse tipo de curvatura assemelha-se ao desenho da letra C “para dentro”.

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