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Desenvolvimento Neuropsicomotor em Crianças com Sindrome de Down

Por:   •  28/9/2023  •  Artigo  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  103 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM SINDROME DE DOWN: Uma Revisão Bibliográfica

Neuropsicomotor Development of Children with Down Syndrome: A Bibliographical Review

Martins A.S.S1*, Pereira R.E1.

1: Estudantes do Curso de Fisioterapia da Universidade de Franca.

*Rua Frei Ângelo Criado 2415, Vila Marta, CEP: 14403-165, Franca, SP, anasuelen@outlook.com

INTRODUÇÃO:

A Síndrome de Down (SD) é uma anomalia cromossômica autossômica, ou seja, uma alteração genética que ocorre no início da gravidez, descrita a mais de um século por John Langdon Down, sendo caracterizada pela presença de um cromossomo a mais nas células, onde ocorre uma triplicação ao invés de duplicação no material genético referente ao par cromossômico 21, acarretando alterações no desenvolvimento dos sistemas neuromotor, cognitivo e sensorial que resulta em prejuízos no desempenho das atividades funcionais 5,7. A hipotonia muscular e a hipermobilidade articular, típico da síndrome, contribuem para o atraso no desenvolvimento da motricidade fina e global, alterações no controle postural, na aquisição da fala e no desenvolvimento cognitivo, desta forma diminuindo a possibilidade natural da criança de auto exploração do ambiente 3,5,7. Porém, estudos têm mostrado que a estimulação precoce das habilidades de alcançar, apreender e manipular objetos é de grande importância no processo de desenvolvimento na SD6. Devido a esta grande importância da estimulação precoce este estudo busca identificar as devidas intervenções, esclarecendo a necessidade de um ambiente de apoio multidisciplinar e familiar adequados para a melhora não só dos resultados motores e intelectuais mais também o relacionamento com a sociedade em geral.

METODOLOGIA:

Para a busca de informações para esta revisão de literatura, o levantamento foi realizado utilizando as palavras chaves e os descritores científicos, abrangendo artigos e publicações do período de 2007 a 2016. Os descritores científicos utilizados foram: Síndrome de Down, Desenvolvimento Infantil, Deficiências do Desenvolvimento, Desempenho Psicomotor. As bases de dados consultadas foram: Scielo, Pubmed, Biblioteca digital da USP, PePSIC e Revista Científica Eletrônica FAEF. Os critérios de inclusão foram 9 artigos selecionados no período de 2007 a 2016 e que tivessem como assunto principal ou secundário as alterações neuropsicomotoras no desenvolvimento da criança com SD. Os critérios de exclusão foram 17 artigos selecionados antes de 2007, também artigos que tinham como tema principal outros assuntos, como por exemplo: tratamentos farmacêuticos, experimentos genéticos, inclusão no meio de trabalho e vida adulta desta população.

RESULTADOS e DISCUSSÃO:

Dentre os artigos selecionados, há artigos do tipo estudo de caso. Quanto as relações pessoais e o reflexo no desenvolvimento cognitivo e personalidade dos indivíduos com SD, Ferreira et.al9 e Ferraz et.al1 destacam a inclusão em escolas convencionais uma situação discutível e variável, pois em estudo feito por eles os professores demonstraram grande despreparo para auxiliar no aprendizado destas crianças, focando nas suas limitações e não nas suas capacidades, desta forma influenciando negativamente na construção das habilidades intelectuais destes indivíduos e consequentemente na sua personalidade. Anhão et.al2, Ferreira et.al9 e Ferraz et.al1 mencionaram a dificuldade de memória curta auditiva nos indivíduos com a síndrome que consequentemente afeta a expressão e a linguagem, porém possuem forte percepção visual, o que reforça a necessidade do ambiente se adaptar a criança especial e não o contrário, para que esta absorva mais conhecimentos. Mattos et al3 mencionam que existe um consenso atual da sociedade científica de que não há graus da SD e que as diferenças de desenvolvimento procedem das características pessoais decorrentes de herança genética, estimulação, educação, meio ambiente, problemas clínicos, entre outros. Entre as intervenções Barbosa et al8 menciona a Shantala, que proporcionou evolução da marcha e aperfeiçoamento de movimentos existentes, melhora de tônus dos membros superiores, maior controle cervical e até estimulação da fala. Outro estudo menciona outros tipos de intervenção para estas crianças especiais: a fisioterapia convencional no solo e a equoterapia onde Torquato et al7 concluíram com seu estudo que apesar de ambas intervenções influenciarem a aquisição de marcos motores, a fisioterapia convencional se demonstrou mais eficiente para obtenção das aquisições motoras e do equilíbrio estático e dinâmico. Godzicki et al5  e Mattos et al3 enfatizam esta necessidade de intervenção precoce em seus estudos onde o primeiro menciona que as crianças submetidas a intervenção com o balanço, adquiriram o sentar independente antes do tempo descrito pela literatura, bem como outros ganhos coadjuvantes, como diminuição do reflexo da preensão palmar e liberação de MMSS para manipulação de objetos, permitindo à criança maior possibilidade de interação com o meio, favorecendo o aprendizado e o desenvolvimento neuropsicomotor. E o segundo afirma que a estimulação nos primeiros anos de vida das crianças com SD, amparada das influências familiares, escolares e ambientais, influencia-se a maturação do SNC da criança, desta forma o SNC através de seus mecanismos plásticos a faz evoluir não apenas sua parte motora, mas também sua parte cognitiva, dando possibilidade ao fisioterapeuta de contribuir também na superação da deficiência mental destas crianças. Diante do estudo realizado, pode salientar a importância da necessidade da estimulação correta e precoce das crianças com Síndrome de Down, oferecendo maiores oportunidades de experiências ambientais nos primeiros anos de vida, minimizando as grandes defasagens associadas a síndrome. Esta estimulação deve ser acrescentada do apoio familiar, ambiente escolar adequado e formas de abordagem adaptadas as capacidades da criança especial para um bom desenvolvimento neuropsicomotor e também uma consequente melhoria nas relações interpessoais, assim permitindo ao indivíduo a superação da deficiência mental e uma promessa de uma vida adulta melhor e com mais possibilidades.

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