Fisiologia do exercico em idosos com parkinson
Por: marcusviniciuscg • 20/3/2017 • Trabalho acadêmico • 4.429 Palavras (18 Páginas) • 541 Visualizações
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
UNESC
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO APLICADA À PACIENTES COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
CAMPINA GRANDE / PB
MAIO / 2016
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO APLICADA À PACIENTES COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
ALUNOS: JAQUELINE MAYARA RAMOS VILAR
MARCUS VINICIUS VILAR QUEIROZ
JOCINALE DA COSTA SANTOS
JAQUELINE MARQUES DE SOUZA
WANDSON DIAS ALBUQUERQUE
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CAMPINA GRANDE /PB
MAIO /2016
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
2 – FISIOLOGIA DO EXERCICIO APLICADA À PACIENTES COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS
2.1 - Doença de Parkinson
2.2 - Doenças Cerebrovasculares
2.3 – Pacientes com Lesões Raquimedulares
2.3.1 – Etiologia e Tetraparesia
3 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO X PROBLEMAS NEUROLOGICOS
3.1 - Qualidade de vida e atividade física na doença de Parkinson
3.2 - Programas de exercícios físicos aplicados à doença de Parkinson
3.3 - Isquemia cerebral e atividade física
3.4 – Efeitos Terapêuticos do exercício físico e qualidade de vida para lesionados medulares.
4 - APLICAÇÕES
4.1 - Benefícios da natação para indivíduos com lesões neurológicas
4.2 – Exercícios na água para pacientes com lesões medulares
4.2.1 – Exercício de força.
5 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
6 - REFERÊNCIAS
1 - INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, as pesquisas envolvendo a fisiologia do exercício se concentram nas respostas e adaptações dos sistemas respiratório, cardiovascular e muscular, já que muitos dos benefícios relacionados à saúde e qualidade de vida com a prática regular de exercício são decorrentes de respostas e adaptações nestes três sistemas orgânicos. Além disso, o exercício físico tem impacto importante sobre o aspecto psicológico, pois provoca sensação de bem estar e prazer reduzindo a ansiedade e depressão, aumentando a disposição para realizar atividades de trabalho, recreativas e esportivas.
Por outro lado, o exercício também exerce influência sobre outros sistemas que não estão diretamente relacionados com sua execução, tais como, o sistema imune, o trato gastrintestinal e o sistema nervoso. Neste último sistema, o impacto do exercício físico sobre a função cerebral também vem sendo explorado. Na última década, vários estudos em humanos têm mostrado os benefícios do exercício físico sobre a função e a saúde cerebrais, particularmente no envelhecimento. A participação em programas de exercício físico tem consistentemente emergido como um indicador chave na melhora da função cognitiva, como também promove a vascularização cerebral, estimula a neurogênese, melhora o aprendizado e diminui a incidência de demência.
Algumas moléculas poderiam potencialmente participar dos benefícios do exercício físico sobre o cérebro. Os fatores neurotróficos têm a maioria das propriedades que seriam responsáveis por tais benefícios. Dentre eles destaca- se o fator (BDNF – Brain-derived neurotrophic fator) que é encontrado no sistema nervo central e periférico. O BDNF é uma proteína com papel importante no desenvolvimento do sistema nervoso, ele exerce ações neuroprotetoras em doenças neurodegenerativas ou após lesão cerebral. Vários estudos têm mostrado uma possível associação entre baixos níveis de BDNF e neuropatologias como a depressão, a esquizofrenia, o transtorno obsessivo-compulsivo, a doença de Alzheimer e a esclerose múltipla. O BDNF exerce grande influência na plasticidade cerebral assim como no aprendizado e na memória. Sendo também sintetizado e liberado pelo músculo esquelético, exercendo uma função trófica nos neurônios motores. Dessa forma, a atividade muscular também regula a expressão do BDNF e tal molécula é a responsável pela neuroplasticidade relacionado ao exercício físico.
Portanto, fica bem claro que os benefícios do exercício físico vão além dos tradicionais efeitos sobre os sistemas cardiovasculares, respiratório e muscular. O conhecimento de tais benefícios da atividade física por profissionais da saúde é de grande relevância para a prevenção e tratamento de doenças crônicas degenerativas como as expostas neste texto. Neste estudo abordaremos benefícios do exercício físico na doença de Parkinson, com objetivo de avaliar os efeitos de um programa de fortalecimento e condicionamento aeróbico no desempenho funcional e na capacidade física em indivíduos com a doença de Parkinson que apresentam déficits motores na marcha, postura e equilíbrio e tendem a apresentar redução mais acentuada do nível de atividade física do que indivíduos assintomáticos da mesma idade. O declínio físico pode estar relacionado à perda de força muscular, da capacidade física e piora do desempenho funcional. Abordaremos também a importância da natação para indivíduos com algum tipo de deficiência física causadas por lesões neurológicas.
2 – FISIOLOGIA DO EXERCICIO APLICADA À PACIENTES COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS.
2.1 - DOENÇA DE PARKINSON.
A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina neurotransmissora relacionada principalmente com a função de coordenação dos movimentos.
As manifestações clínicas da DP surgem quando pelo menos 80% das células da substância negra são acometidas. As razões da perda progressiva dessas células ainda estão sendo pesquisadas, mais as possibilidades incluem vírus, envenenamento do meio ambiente e alterações químicas do cérebro.
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