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Ortopedia: Funções do pé

Por:   •  28/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.293 Palavras (6 Páginas)  •  536 Visualizações

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Ortopedia

Funções do pé: O pé precisa ser uma estrutura rígida pra funcionar como uma alavanca e a gente conseguir fazer um contato com o solo firme e impulsionar o solo pra trás e o solo empurrar a gente pra frente, de maneira geral pensando mais na marcha, agachamento, aterrissagem de salto, corrida. Mas na fase em que estamos entrando em contato com o solo, o pé precisa ser uma estrutura flexível, para se adaptar a esses terrenos irregulares e absorver carga. Depois que absorveu essa carga e agora precisa impulsionar, na fase final de apoio por exemplo, o pé precisa ser uma estrutura mais rígida.

O pé é dividido em 3:

  • Retropé = Tálus + calcâneo
  • Médiopé = Navicular + Cubóide (fileira mais posterior) + Cuneiformes (Fileira mais anterior).
  • Antepé = Metatarsos + Falanges.

Entre a tíbia e fíbula tem uma articulação sindesmose, tecido conectivo que liga a tíbia e fíbula é mais rígida. Por isso, tudo que a tíbia faz, a fíbula faz junto.

Articulações: Tibiofibular, talocrural ou tornozelo (Pinça formada entre a tíbia, fíbula e tálus), Subtalar (entre o tálus e calcâneo), transverso do tálus (entre o retropé e o mediopé), tarsometarsiana (entre o médiopé e os metatarsos) e as metatarsofalangeanas (entre metatarsos e falanges) e interfalageanas (entre as falanges).

A movimentação escapulotorácica não está em nenhum dos planos sagital, frontal e transverso. Existe um plano definido só pra escápula, plano escapular. Ela é um pouco angular em relação a esses planos.

Pronação e supinação acontece na subtalar, entre o tálus e calcâneo.

A subtalar tem movimentos nos 3 planos, é uma articulação triplanar.

Termo guarda chuva: Quando se fala em pronação e supinação, tem outros 3 componentes que acontecem em cada um.

Pronação e supinação ocorrem de maneiras diferentes quando o pé está livre pra movimentar, ou se está fixo no solo.

Os movimentos de pronação e supinação são mais relevantes e tem mais repercussões quando o pé está em contato com o solo. (em relação a lesões e disfunções). Quando o pé está em contato com o solo (cadeia cinemática fechada), a pronação e supinação vai influenciar no joelho, no quadril, na pelve.

Na pronação a patela roda medialmente, na supinação roda lateralmente. Na pronação acontece uma eversão do calcâneo, na supinação ocorre a inversão. Inversão e eversão são movimentos do calcâneo, não se refere ao tálus.

Os outros dois componentes da pronação e supinação se referem a tálus, nos movimentos do pé não falamos em rotação interna e externa. Pra falar de rotação interna eu uso adução, e rotação externa, abdução. Na pronação, o tálus roda internamente, que significa aduzir o tálus. (Plano transverso). Na pronação também tem uma flexão plantar do tálus.

        
Se o tálus roda pra dentro, tíbia e fíbula também rodam, se rodou pra fora, tíbia e fíbula também rodam. Por isso que pronação aumenta rotação interna de membro inferior.

Na pronação o calcâneo everte, o tálus aduz e faz uma flexão plantar (escorrega pra frente).

[pic 1]

Se eu prono mais de um lado do que do outro, minha pelve cai mais de um lado, na supinação ocorre o oposto, o tálus daz uma dorsiflexão, ele escorrega pra trás.

Pronação tende a fazer o membro inferior como um todo rodar internamente. A supinação faz o membro rodar externamente.

Quando estamos fazendo pronação acontece um alinhamento dos eixos da mediotársica. Quando o pé se aproxima do chão, mediotarsica fica mais flexível, mais livre pra absorver carga. Por isso quando falar de pronação, deve-se associar a um pé mais flexível, mais maleável para receber carga, adaptar a um terreno irregular. Supinação é oposto, o pé fica mais travado, ele não é bom para absorver carga, mas é bom para impulsionar.

Contato inicial com o pé direito, a carga toda do membro inferior esquerdo, vai ser transmitida para o membro inferior direito. Então é preciso aceitar essa carga agora nesse membro, então eu preciso de um pé mais flexível para absorver essa carga, que inclusive está fazendo uma força contra o solo e o solo fazendo uma força contra ela. Então de contato inicial para resposta a carga é importante que ocorra pronação. Mas lá no final, depois de aceitar a carga, a carga já está indo pra outra perna, agora eu precisa gerar energia do meu sistema musculoesquelético, transmitir energia pro membro inferior empurrar pra trás. Se o pé estiver “molenga”, esse energia vai se perder no caminho. Se tiver rígido, vai empurrar o chão pra trás e o chão vai empurrar pra frente. Supinação deixa o pé mais rígido, é uma alavanca mais eficiente pra transmissão de força impulsiva.

O pé é uma das estruturas que tem maior variabilidade entre os indivíduos. Como são muitos ossos e ossos pequenos, dependendo de posição intrauterina, cada criança nasce com o pé com um alinhamento X. Dependendo da forma de como começa a andar, de características teciduais, influencia no alinhamento do pé, e isso terá repercussões.

Alinhamento do pé

Linha de bissecção do calcâneo representa o alinhamento do calcâneo (Slide)

Se eu faço eversão e inversão eu estou mudando esse alinhamento.

Da mesma forma podemos traçar uma linha que passa dentro de todas as cabeças dos metatarsos.

O alinhamento ideal entre essa linha do calcâneo e essa linha da cabeça dos metatarsos é o que tenho um ângulo de 90º entre elas. As linhas tem que ser perpendiculares.

Calcâneo na mesma linha que a tíbia e em 90º com a linha das cabeças dos metatarsos.

Retropé e tíbia: até 4º de desvio é normal.

Retropé e cabeça dos metatarsos: até 20º é normal.

Quanto mais alterado o alinhamento do pé, maior a tendência do indivíduo ter problemas.

Principais alterações:

Varismo de antepé

Ao realizar o teste do alinhamento, a linha da tíbia está alinhada, no entanto a linha que representa o calcâneo, é como se ele estivesse invertido em relação a tíbia e a fíbula. Chamamos isso de varismo de retropé. Então varismo de retropé é quando o meio do calcâneo está mais longe do solo do que a parte lateral do calcâneo.

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