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Achados audiológicos em patologias de orelha

Por:   •  13/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.153 Palavras (25 Páginas)  •  1.843 Visualizações

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ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM PATOLOGIAS DE ORELHA

Patologias de orelha externa

OTITE EXTERNA AGUDA

Pode ser causada por um bacilo gram-negativo, como Escherichia coli, pseudômonas aeruginosa ou proteus vulgaris, por staphylococcus aureus ou, raramente, por um fungo. Os pacientes com otite externa aguda difusa queixam-se de prurido, dor, otorreia de odor desagradável e diminuição da audição, se o conduto auditivo estiver edemaciado ou obstruído com secreção purulenta. A presença de dor, quando o se traciona o pavilhão auricular e quando se exerce pressão sobre o trago, tende a diferenciá-la da otite media. A pele do conduto auditivo externo mostra-se avermelhada, edemaciada e recoberta por uma secreção purulenta úmida. O tratamento é feito com curativos com remoção de exsudatos, instilações com antibióticos e corticoides, analgésicos para dor.

FURÚNCOLOS

É um pequeno abscesso estafilocócico que se desenvolve a partir da base de um folículo piloso. Os furúnculos no ouvido ocorrem somente na porção pilosa cartilaginosa do conduto externo. Provocam dor intensa e, quando um furúnculo drena, o paciente apresenta uma otorreia sanguíneo purulenta fugaz.

OTITE EXTERNA ECZEMATOSA

É uma dermatose alérgica caracterizada por prurido, eritema, otorreia, descamação e formação de fissuras que levam à uma infecção secundaria, frequentemente compromete o conduto auditivo e o pavilhão auricular. O tratamento com curativos e instilações (corticoides e antibióticos), retirada do alimento alergizante.

OTITE EXTERNA GRANULOSA

É caracterizada por exsudação purulenta, forma tecido de granulação polipoide no terço interno do meato acústico externo. O tratamento é a remoção cirúrgica da área necrosante e com antibióticos.

OTITE EXTERNA ESTENOSANTE

É rara, causa uma reação inflamatória crônica e hiperplasia da pele, obstrui a luz do meato. O seu tratamento é feito com a remoção da pele afetada e enxerto.

OTITE EXTERNA CRÔNICA

É uma infecção secundaria ao eczema que pode provocar uma constrição ou estenose do conduto ósseo profundo. Durante a otoscopia o examinador observa uma espécie de fundo falso, onde o final do conduto parece estar mais próximo do que o esperado. Este fundo falso é decorrente de estenose.

OTITE EXTERNA MALIGNA

Ocorre principalmente em pacientes debilitados, diabéticos ou idosos. Inicia-se como uma otite externa, causada por pseudômonas aeruginosa e evolui para a osteomielite do osso temporal. Caracteriza-se por otalgia intensa e persistente, otorreia purulenta de odor desagradável, e tecido de granulação no conduto auditivo externo. Frequentemente, ocorre paralisia facial periférica. É necessário realizar a biopsia do tecido do conduto auditivo externo para se fazer o diagnostico diferencial com uma neoplasia maligna. A osteomielite dissemina-se ao longo da base do crânio e pode cruzar a linha media. Paralisia dos nervos cranianos IX, X, XI, XII. Pode ocorrer paralisia facial periférica. O tratamento ocorre com antibióticos.

OTITE FÚNGICA OU OTOMICOSE

É uma infecção do conduto auditivo externo causado pela invasão da epiderme por fungos. Os fungos patogênicos mais comumente envolvidos são o aspergillus e a cândida. As infecções por cândida albicans não apresentam qualquer evidencia visivelmente discernível de fungos e, consequentemente, o diagnostico deve ser feito diante cultura. Nos casos de otomicose por cândida albicans há presença de um exsudato espesso branco cremoso, semelhante a um coagulo. A otomicose causada por aspergillus apresenta um material branco, fofo, semelhante a algodão, que corresponde as hifas do fungo. As hifas brancas, frouxas e delicadas podem ser vistas ao longo da parede anterior do conduto.

OTITE EXTERNA VIRÓTICA

É o herpes zoster ótico que é uma infecção do gânglio geniculado do sétimo nervo craniano caracterizada por uma erupção vesicular na pele do ouvido externo. São características as lesões vesicocrostosas disseminadas por toda a cavidade conchal. Pode ser visto também uma vesícula curto do martelo. O herpes zoster ótico produz paralisia facial devido ao envolvimento do sétimo nervo craniano, e com o envolvimento do oitavo nervo craniano origina-se uma perda auditiva neurossensorial ou vertigem.

MIRINGITE BOLHOSA

É uma forma distinta de otite externa virótica, que é caracterizada por dor local severa e aparecimento de vesículas hemorrágicas sobre a membrana timpânica e pele do meato ósseo profundo. A bolha presente na parede posterior do conduto contem uma secreção serosa com uma pequena coleção de sangue.

COLABAMENTO DO CANAL

É causado pela pressão que resulta da colocação do fone do ouvido. A pressão dos fones de ouvido na lateral da cabeça desloca o pavilhão para frente, fazendo com que a parte cartilaginosa e macia do meato acústico se feche. Há uma tendência de ocorrer mais frequentemente em adultos, especialmente na população mais idosa. O importante é que se relatou que o colabamento do canal também ocorre em neonatos. O colabamento do meato acústico pode produzir uma deficiência auditiva condutiva de ordem de 15 a 30 dB NA, sendo que a maior perda ocorre em 2000Hz. O uso de fones de ouvido de inserção adequado evita o problema de colabamento.

OTITE EXTERNA HEMORRÁGICA

Tem como características flinctênulas hemorrágicas na pele do terço interno do meato acústico externo e na membrana do tímpano. O paciente sente dor intensa, otorreia serosanguinolenta. Infecção por vírus, surtos epidêmicos de influenza. O tratamento se dar através de analgésicos e calor local.

Patologias de orelha média

OTITE MÉDIA AGUDA

É uma infecção bacteriana ou virótica do ouvido médio, geralmente secundária a uma infecção das vias respiratórias superiores. Ela pode ocorrer em qualquer faixa etária, mais é mais comum em crianças, particularmente entre três meses e três anos devido ao posicionamento da tuba auditiva. Os microorganismos migram da nasofaringe para o ouvido médio pela superfície da

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