A Angina Estável
Por: vsfpvr • 7/3/2023 • Dissertação • 671 Palavras (3 Páginas) • 74 Visualizações
Victor Michel Daoud – CLMB6 – 2019073913
Caso Clínico
Paciente de 26 anos de idade, masculino, motoboy, procura a UBS de referência relatando que há 2 dias apareceu lesão ulcerada prepúcio. Inicialmente era uma bolha de água e que agora “virou uma ferida aberta” dolorosa. E que esta é a 3ª vez que ocorre neste ano (estamos em julho). Paciente refere ainda que vem tendo as vezes sudorese noturna, diarreia e que nos últimos meses perdeu “uns quilinhos”. Refere ainda que está com “uma tosse” com 4 semanas de evolução e que piora a noite quando se deita e ao se levantar com discreta cefaleia frontal. Nega ter tido outras Infecções Sexualmente transmissível (IST). Nega tabagismo, faz uso de maconha e álcool nos finais de semana. Não tem parceira sexual fixa, mas diz que já ficou com várias pessoas e que às vezes usa preservativo nas relações sexuais. Tem 3 irmãos, todos sadios; mãe de 49 anos com DM e HAS ( faz controle regular). Seu pai tem 56 anos e não mora coma família, não sabe informar sua saúde. Atualmente paciente fazendo curso profissionalizante a noite de técnico de informática.
Ao exame: PESO: 59 kg altura: 172 cm FC: 104 p/min FR: 16 irmp Tax: 37,2 oC
Paciente um pouco tenso, constrangido com a situação.
COONG: lesões descamativas no rosto (lembrando dermatite seborreica). Hiperemia de toda a cavidade bucal onde se notam pontos esbranquiçados, móveis notadamente no palato
Ap. ganglionar: linfadenopatia cervical posterior e anterior bem como axilar e inguinal. Com linfonodos móveis, indolores, simétricos com 1 a 2 cm diâmetro.
AR: MVF presente, sem ruídos adventícios.
ACV: RCR2T, FC: 104 b/min
ABD: fígado há 2 cm RCD, indolor, bordas finas
AGU: lesão ulcerada no prepúcio, sem sinais de infecção secundária, dolorosa ao toque de 1,5 cm diâmetro.
- Elabore uma lista de problemas e hipóteses diagnósticas
LP: - Lesão ulcerada no prepúcio recorrente;
- Sudorese noturna;
- Diarreia;
- Perda ponderal recente;
- Tosse crônica com piora ao deitar-se e levantar-se;
- Uso de maconha e álcool;
- Múltiplas parcerias;
- Uso irregular de preservativos;
- HF+ para DM e HAS;
- Taquicardia discreta;
- Lesões cutâneas e orais;
- Linfadenopatia;
HD: - Sífilis?
- Dermatite seborreica?
- HIV/AIDS?
- Tuberculose ativa?
- Como você abordaria a questão da infecção (do risco desta infecção) do HIV com este paciente?
- Discuta a evolução natural da infecção pelo HIV e em que fase este paciente poderia se encontrar?
- Diante das hipóteses diagnósticas que você elaborou, quais exames estão indicados?
- Como você trataria esta lesão peniana?
- Quanto a lesão oral, qual a principal hipótese diagnóstica e terapêutica?
Candidíase oral.
- Uma vez confirmado a infecção pelo HIV, estaria indicado o tratamento antirretroviral?
Sim. O tratamento deve ser iniciado com celeridade, dada a infecção sintomática pelo HIV (a qual já demonstra fragilidade imunológica e incapacidade de controle viral) e fortes indicativos de tuberculose em atividade.
- Quais infecções oportunistas você pesquisaria em relação ao quadro clínico.
Paciente voltou 40 dias depois, fez uso dos medicamentos para a lesão peniana e da “ lesão da boca”, esta se sentindo bem. Como disse que tem mais confiança com você trouxe os exames que foram solicitados na atenção secundária e queria tirar algumas dúvidas.
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