A ESCLEROSE MÚLTIPLA
Por: YagoLoiola • 23/4/2021 • Resenha • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 193 Visualizações
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ESCLEROSE MÚLTIPLA
- Definição
- Doença autoimune que faz com que o sistema imune se torne auto reativo, gerando um processo inflamatório que ataca a bainha de mielina (desmielinizante)
- Crônica
- Evolutiva
[pic 1][pic 2]
- Corpo do neurônio: acima do axônio
- Axônio: região responsável por transmitir o potencial de ação
- Bainha de mielina: transmite os potencias de maneira mais rápida
- Epidemiologia
- Incidente em adultos jovens entre 20-40 anos
- Mais comum em mulheres e caucasianos
- Afeta cerca de 2 milhões de pessoas no mundo
- Brasil: 1-18 pessoas/100.000 habitantes
- Incapacidade em adultos jovens
- 2º causa de incapacidade não traumática
- Fisiopatologia
- Os linfócitos T são ativados na periferia (sangue periférico/gânglios linfáticos) e consequentemente promovem a ativação dos linfócitos B e macrófagos
- Essas células atravessam a BHE e alcançam o SNC, gerando focos de inflamação que atacam, principalmente, a bainha de mielina. Diante desse ataque a velocidade de condução dos potencias de ação acabam sendo reduzidas
[pic 3]
[pic 4]
- O processo inflamatório proveniente dos linfócitos pode-se auto resolver ou provocar uma destruição neuronal, que acarreta a proliferação das células da glia (astrócitos/oligodendrócitos) e a formação de placas nas regiões que antes eram ocupadas pelos axônios.
- Quadro clínico
- Marcada por déficits focais nas regiões do encéfalo, da medula ou do nervo óptico
- Sensitivos
- Hipoestesia: diminuição de sensibilidade
- Dor
- Parestesia: sensação de formigamento
- Motores
- Fraqueza
- Espasticidade
- Sinais de liberação piramidal: hiperreflexia, sinal de babinski, clônus
- Visuais
- Neurite óptica: marcada por turvação visual
- Dor retro-orbitária
- Diplopia: visão dupla – acometimento do tronco encefálico
- Sintomas genitourinários
- Incontinência
- Urgência
- Polaciúria
- Disfunção sexual
- Síndromes medulares
- Alguns acometimentos difusos
- Sintomas psiquiátricos
- Depressão
- Perda cognitiva
- Outros sintomas
- Fenômeno de Uhthoff: piora da condução nervosa quando a temperatura corporal aumenta
- Hipersensibilidade ao calor com piora dos sintomas
- Sinal de Lhermitte: sensação de choque que começa nas costas e irradia para a região lombar e pernas
[pic 5]
- Formas clínicas
- Remitente-recorrente: a inflamação da bainha de mielina gera um déficit focal, caracterizado como surto. Com o passar do tempo, os surtos vão causando danos neuronais irreversíveis e passam a acumular incapacidades.
- Corresponde a 80% dos casos
- Todo surto (manifestação focal) dura mais que 24h
[pic 6]
- Secundariamente progressiva
- 85% dos pacientes com a forma RRMS evoluem para essa forma
- Paciente começa a acumular incapacidades sem um surto bem definido clinicamente
[pic 7]
- Primariamente progressiva
- Minoria dos casos
- Evolui de forma progressiva, sem surtos bem definidos
[pic 8]
- Diagnóstico
- Não há teste diagnóstico específico
- Depende de critérios clínicos + critérios radiológicos
- RM
- Lesões ovaladas, próximas ao córtex cerebral ou periventriculares (como na imagem)
[pic 9]
[pic 10]
- Lesões na medula cervical: lesão inflamatória capta contraste
[pic 11]
- Células da glia substituíram a bainha de mielina que deveria envolver o axônio
[pic 12]
- Liquor (LCR)
- Deve-se avaliar a presença de bandas oligoclonais
- É necessário apresentar uma disseminação em tempo e espaço
- Lesões em tempo diferentes em locais diferentes
- Excluir outras causas
- Tratamento
- Tratar o surto – tratamento agudo
- Pulsoterapia - Metilprednisolona EV 1g 3-5 dias
- Tratar o modificador da doença – tratamento crônico
- 1º linha
- Betainterferona 1a e 1b
- Glatiramer
- Teriflunomida
- 2º linha
- Fumarato de Dimetila
- Natalizumabe
- Fingolimode
- Alentuzumabe
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