A Febre na criança
Por: tiagoluna • 1/5/2018 • Abstract • 1.258 Palavras (6 Páginas) • 320 Visualizações
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Febre na criança
Pediatria – Gilvan – 16/02/2016
- Centro regulador da febre: hipotálamo - > Núcleos pré-óptico -> hipotalâmico anterior
- Regulação fisiológica por feedback
- Temperatura baixa: calafrios, piloereção e vasoconstricção periférica
- Temperatura alta: sudorese, diminuição do calor endógeno (ausência de calafrios e aumento de tiroxina) e vasodilatação periférica[pic 1]
- Doença X Febre: gera ansiedade + insegurança
- Importante sinal de alerta
- Geralmente sintoma único ou preponderante
- O que é febre?
- Temperatura corporal acima da normal decorrente da modificação para valores acima do normal do ponto de ajuste do controle térmico, o Set Point
- Temperatura normal: depende da idade (> em lactentes), variação circadiana (> à tarde/noite), exercício físico, pós alimentação, temperatura ambiente e local de medição, sendo ainda maior em mulheres e dependendo do ciclo menstrual
- T retal < T bucal < T axilar
- T retal = 0,8 a 1 ºC maior que a axilar
- T bucal = 0,5 ºC maior que a axilar
FEBRE: TEMPERATURA AXILAR ACIMA DE 37,2 OU RETAL ACIMA DE 38 ºC
- Fisiopatologia
- Centro regulador (hipotálamo anterior) reajusta o ponto de termorregulação (set point) para uma temperatura mais alta (36,8 ºC)
Pirógenos exógenos Infecciosos (vírus, bactérias, fungo ou suas toxinas)[pic 2]
Não Infecciosos (fármacos, antígenos)[pic 3][pic 4]
Induzem produção de Pirógenos Endógenos
por células fagocíticas (IL 1, IL6, TNFα...)
COX e AA[pic 5]
Set Point (Células hipotalâmicas) Prostaglandinas (PGE2)[pic 6]
- Febre (ajuste do Set Point) ≠ Hipertermia (aumento da produção ou diminuição da perda de calor)
- Sintomas clínicos:
- Alteração do set point, interpretação da temperatura corporal normal como baixa e o paciente então tem piloereção, calafrios e vasoconstricção periférica
- O organismo tenta aumentar essa temperatura para atingir o Set Point e o paciente passa a não ter mais calafrios, mas sim sudorese e vasodilatação e a temperatura aumenta
- Há a diminuição do Set Point e da temperatura
- Causas
- Mais comum: infecções
- Outros: reação vacinal, infarto, trauma, queimaduras, lesão tecidual, neoplasias, alguns fármacos, doenças do colágeno, doenças inflamatórias, hipertireoidismo, etc
- Benéfica ou Maléfica?
- Aumenta consumo de O2, prejudica rendimento cardíaco, pode causar convulsão e lesão cerebral (todos citados anteriormente ocorrem apenas em casos mais graves), se associa a sintomas de desconforto como mialgia, anorexia, astenia, irritabilidade e mal estar e antitérmicos geralmente marcaram a etiologia da doença
- Curvas febris ajudam no diagnóstico e experimentos indicam que a febre significa diminuição da reprodução de micro-organismos pela resposta imune
- Como aferir?
- Instrumento padrão: termômetro clínico de vidro com mercúrio
- Mais fiel/precisa: temperatura retal
- Técnicas:
- Retal: introduzir o termômetro 5cm no reto do lactente e 7cm no reto do adolescente, mantendo por dois minutos
- Bucal: termômetro sob a língua com a boca fechada por 3-5min
- Axilar: em caso de sudorese enxugar a axila, colocar o termômetro na axila e manter o braço firmemente apertado no tórax por quatro minutos -> Não é tão precisa, mas satisfaz a clinica e é o método incorporado a nossa cultura
- Da membrana timpânica: requer termômetro timpânico, é cerda de 0,5ºC > Tax e é de grande variação. Repetir no mesmo ouvido e em caso de febre alta conferir com termômetro de mercúrio
- Chupetas temperatura-sensíveis: não recomendadas
[pic 7]
- Anamnese
- Idade
- Intensidade da febre (Maior preocupação: >39,5)
- Associação ou não com calafrios e/ou abalos musculares
- Alteração do comportamento tanto no período febril quanto no afebril! (quieta X ativa)
- Duração do episódio febril
- Número de episódios por dia
- Turno em que ocorrem os episódios febris
- Tempo de evolução
- Apetite
- Outros sintomas localizatórios: coriza, secreção nasal, espirros, tosse, chiado e falta de ar, vômitos e diarreia, cefaleia (leve, inespecífica ou acentuada)
OBS.: Sempre comparar o início da febre com o estado febril atual para verificar a evolução!
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