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A Formulação Das Variáveis Encontra-se Relacionada Ao Problema Da Pesquisa E às Hipóteses.

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Por:   •  13/3/2015  •  2.294 Palavras (10 Páginas)  •  921 Visualizações

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Os principais objetivos dos freqüentadores de academia são: a perda de percentual de gordura e o ganho de massa muscular. E com relação à perda de percentual de gordura o treino aeróbio vem sendo largamente utilizado por anos, pelo fato da gordura ser o principal substrato desse tipo de atividade. Mas esse tipo de treino exige um grande tempo disponível do praticante, que por sua vez acaba tornando inviável uma sessão de treinamento composta pelo treino aeróbio junto com o anaeróbio, ou resistido. Impossibilitando o alcance dos objetivos almejados.

Atualmente há uma linha de pesquisa na qual diz que a perda de gordura esta associada ao gasto calórico total da atividade, e não apenas no substrato principal que ela utiliza, pois atividades físicas de maiores intensidades produzem gastos calóricos elevados, podendo ser mais eficientes na redução da gordura corporal, segundo Bryner et al., 1997 e Hunter et al. (1998 apud PULCINELLI e GENTIL, 2002). Sendo assim o treino resistido uma ótima opção, pois, há um aumento da massa muscular e um dispêndio energético alto em um curto período de tempo, podendo vir a ser o treino mais indicado para suprir as necessidades dos freqüentadores de academia, que são a diminuição do percentual de gordura associado ao aumento da massa muscular.

O treino de força, também conhecido como treino resistido, de acordo com Winetti e Carpinelli (2001 apud GUILHERME e SOUZA JÚNIOR., 2006) consiste em um método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra alguma forma externa de resistência, que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou máquinas. Sendo praticado com um menor volume e uma maior intensidade, em comparação ao treino aeróbio. Sua maior característica é ser composto por exercícios acíclicos, podendo variar, em média, de 30 segundos a 5 minutos o intervalo entre os exercícios, e de 1 a 20 repetições por série de exercício, isso irá depender do objetivo do treino. E a freqüência semanal depende do nível de aptidão física do praticante, para os iniciantes, 3 vezes por semana é suficiente segundo ACSM (AMERICAN COLLEGE SPORTS MEDICINE) (2000 apud GUEDES, 2003).

Suas principais vantagens sobre a atividade aeróbia na perda de percentual de gordura seriam que, exercícios de intensidades elevadas produzem as maiores elevações no gasto energético após seu término, segundo Lee et al., 1999; Fasanmade, 1996; Osterberge et al. (2000 apud PULCINELLI e GENTIL, 2002). Após o exercício, o consumo de oxigênio permanece acima dos níveis de repouso por um determinado período de tempo, denotando maior gasto energético durante este período de acordo com Meirelles; Gomes (2004 apud GUILHERME e SOUZA JÚNIOR, 2006), acarretando em um aumento no gasto calórico diário. E pelo fato de o aumento da massa muscular proporcionar uma maior atividade metabólica no organismo, conseqüentemente aumentando a necessidade calórica em repouso, e em Langohr e Carnaval (2003) o maior dispêndio do depósito subcutâneo de gordura,

possivelmente estará inserido na demanda metabólica de repouso, onde a ressíntese do ATP (Adenosina Trifosfato) será assegurado pela oxidação de gorduras e carboidratos.

Durante o treino resistido o organismo se utiliza predominantemente de duas vias metabólicas para prover a energia necessária para os exercícios, são elas, a via anaeróbia alática, que atua por mais ou menos 10 segundos, e tem como fonte de energia o ATP e CP (Creatina Fosfato). O ATP é quebrado resultando em ADP (Adenosina difosfsato) + P, e o CP é quebrado resultando em uma grande quantidade de energia. O P (Fosfato) resultante dessa quebra se junta ao ADP resultando em uma nova molécula de ATP, sendo necessário de 3 a 5 minutos para se recompor essa via após a atividade.

A via anaeróbia lática, que utiliza o glicogênio como substrato, desta forma, como menciona Brooks 1998 e Mathews e Fox (1986 apud HANSEN, 2002), a energia necessária para reconstruir ATP/CP vem principalmente da Glicose e Glicogênio, sendo este último desintegrado quimicamente, através de uma série de reações, tendo como conseqüência a produção de Ácido Lático, que é transportado rapidamente pelo sangue, onde é tamponado para formar lactato. Essa via é temporária pelo fato da regeneração do ATP não acompanhar sua utilização diminuindo a capacidade de realizar exercícios o que limita este sistema de obtenção de energia. O tempo de recuperação dessa via varia de 5 a 24 horas.

E uma terceira via, a aeróbia oxidativa, que se caracteriza pela utilização do O2 para obtenção de energia, utilizando com principais substratos os carboidratos e as gorduras.

Também chamada de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs, essa via se caracteriza por ter 3 grandes estágios. No primeiro as moléculas dos combustíveis orgânicos – glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos – são oxidadas para liberar fragmentos de dois átomos de carbono na forma de um grupo acetil do acetil-CoA. No segundo, esses grupos acetil são introduzidos no ciclo do ácido cítrico, o qual os oxida enzimaticamente até CO2. A energia liberada pela oxidação é conservada nos transportadores de elétrons reduzidos, NADH e FADH2. No terceiro estágio da respiração, essas coenzimas reduzidas são oxidadas, desfazendo-se de prótons (H+) e elétrons. Os elétrons são conduzidos ao longo de uma cadeia de moléculas transportadoras de elétrons, conhecida como cadeia respiratória, até o O2, o qual eles reduzem para formar H2O. Durante esse processo de transferência de elétrons, uma grande quantidade de energia é liberada e conservada na forma de ATP, por meio do processo chamado fosforilação oxidativa (LEHNINGER et al., 2002; McARDLE et al., 1998). O tempo necessário para a reposição do glicogênio muscular após exercícios contínuos é de 10 a 46 horas Fox et al, (1989 apud HANSEN, 2002).

Figura 1: Ciclo de Krebs

Figura 1 - The Krebs Cycle: www.sparknotes.com

Pelo fato de o consumo de O2 se manter acima dos níveis normais após um treino com intensidades elevadas, que é uma característica do treinamento resistido, o organismo consumiria uma maior quantidade de gordura para repor os níveis energéticos que foram utilizados durante o treino, assim tendo como conseqüência uma diminuição no percentual de gordura corporal.

MATERIAL E METODOLOGIA

Foram utilizados como 12 indivíduos do sexo feminino com idade de 68,82 ± 8,12 anos, que utilizaram o trabalho resistido como metodologia (3 series de 15-20repetições, e 1-2 minutos de intervalo, por um período de 2 meses), visando como parâmetros de avaliação diminuir o percentual de gordura corporal, mensurado por meio de adipômetro,

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