ABORTO DE ANENCEFALO

A DECISÃO DO STF PARA O CASO DE ANENCÉFALOS

A vida deveria sempre seguir seu rumo espontâneo findando com a morte natural, mas não é este o conceito que se tem quando falamos de aborto de anencéfalos.

O aborto é um assunto muito delicado, pois estamos lidando com vidas de seres que ainda nem sabem que existe um mundo que os esperam.

Antigamente o aborto era uma palavra proibida e quando as mulheres sofriam algum tipo de abuso que resultassem em uma gravidez elas eram obrigadas a dar continuidade à gestação e se por ventura elas cometessem de algum ato que resultasse em aborto elas eram totalmente descriminadas diante de sua família e de toda a sociedade.

A pratica do aborto no Brasil é proibido por lei, exceto em duas situações: estupro e risco de vida para a gestante. Porem, com esta nova decisão mais um caso de aborto foi acrescentado nesta nova lei.

Em uma votação polemica no Supremo Tribunal Federal foi decidido no dia 12/04/2013 que o aborto de fetos com anencefalia deixaria de ser crime. Mas para que isto aconteça é preciso que se tenha uma comprovação da má formação do tubo neural, se constatado esta má formação através de exames realizados por especialistas, será sempre indicado o aborto.

Mas esta decisão caberá diretamente à mãe, pois só ela poderá decidir se quer continuar, pois existirá um risco para a sua vida, mas muitas preferem correr este risco, pois não aceitam o aborto.

Esta antecipação de parto é voluntaria e se houver interesse da mãe em não prosseguir com a gravidez ela será encaminhada para o sistema único de saúde de forma gratuita sem precisar passar por processos judiciais.

O ato abortivo quase sempre vem acompanhado de muito sofrimento, estas mulheres que são levadas a praticar este ato mesmo sendo recomendado por especialistas ainda que de forma consciente encontre no aborto uma solução imediata e uma espécie de alivio, elas passarão por varias experiências como o sentimento de vazio, remorso, tristeza. Portanto, a questão que se coloca não é a de ser contra ou a favor do aborto, mas de examinar as circunstancia em que o mesmo acontece e o que pode ser feito para diminuir o sofrimento de tantas mulheres.

O que devemos nos perguntar é se o fato de retirar um feto de dentro do ventre de uma mulher com total comprovação de sua incapacidade de viver deverá ser considerado como aborto já que para se praticar um aborto aquele feto deveria estar comprovadamente na situação de vivente.

Outro fator que deve ser analisado é se o aborto realmente deve ser considerado um crime ou se é crime deixar que uma criança nasça sem um mínimo de estrutura e segurança.

Muitas mulheres praticam o aborto por não terem meios de sustentar uma criança e faze-la ter uma vida digna. Porem poucos parece estar interessado no sofrimento que essas crianças passarão.

Porem a falta de condições financeiras não é o único motivo pelo qual as mulheres abortam. Gravidez acidental também pode ser um motivo. O aborto deve sempre ser bem pensado, porém sempre haverá pessoas que o farão sem o mínimo de cuidado ou higiene.

Bebes anencefalos possuem um período de vida muito curto, e quando chegam a nascer geralmente eles são cegos, surdo, inconscientes e incapazes de sentir dor. Na nossa realidade não existe cura ou procedimentos para alongar a vida de bebes anencéfalo, a única certeza é a morte mesmo que aquele sofrimento perdure por alguns dias ou meses.

2.2 A VISÃO DA IGREJA DIANTE DO CASO DE ABORTOS DE ANENCÉFALOS

Foi com grande lamento que a Confederação dos Bispos do Brasil recebeu a noticia que o supremo havia decidido de forma favorável ao aborto no brasil.

O arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer enumerou vários argumentos para a defesa da não liberação do aborto de anencefalos, entre muitos dizeres estão o de que o sofrimento da mãe não deve ser levado em maiores considerações visto que isto não é argumento suficiente para a liberação do aborto.

Já o arcebispo da Bahia Dom João Petini disse que esta lei vai abrir brechas para que outras