ATLANTIC FOREST ИЛИ ATLANTIC MATA?

Em se falando de vegetação, cada região tem sua peculiaridade. O cerrado, por exemplo, tem espécies singulares, algumas com grande adaptação às queimadas anuais. A floresta amazônica apresenta muitas diferenças de todo o resto da vegetação do país e existe o pantanal, que é quase uma mistura de floresta com cerrado.

Porém a floresta atlântica é especial pela riqueza de variedades vegetais e também pelo risco que corre de ser devastada. A gente sempre se surpreende com espécies que nunca vimos em locais inusitados ou áreas degradadas, espécies nobres brotando em locais inesperados e longe de outro exemplar semelhante.

A força de recomposição da mata é muito grande e atua sabiamente. Em primeiro lugar aparecem as espécies pioneiras, mais rústicas, de rápido crescimento e pequeno porte. Depois, quando o ambiente está mais propício devido à sombra e umidade, surgem as espécies clímax, de grande porte e crescimento lento.

O grande inimigo ainda são as queimadas. Na época do final de inverno muitas pequenas áreas de mata nativa são destruídas por falta de controle de quem provoca queimadas para "limpar" terras cultivadas ou faixas de rodovias.

FLORESTA ATLÂNTICA OU MATA ATLÂNTICA?

Apesar da expressão “Mata Atlântica” ser de uso consagrado, ela não é tecnicamente correta.

Por mata se entende um pequeno segmento de uma floresta, ou, significado mais utilizado, uma floresta constituída de uma única espécie de árvore, ou com predominância de uma espécie.

Desta forma, as denominações “Mata das Araucárias”, “Mata de Carnaúbas”, ou “Mata dos pinhais” estão corretas, mas a Floresta Atlântica constitui um sistema de biodiversidade vegetal tão grande quanto a Floresta Amazônica, daí a incorreção de ser chamada de “Mata Atlântica”.

Apesar disto, uma pesquisa em site de busca da Internet trouxe como resultado:

Referências à expressão “Mata Atlântica” = 35.400 (92,5%)

Referências à expressão “Floresta Atlântica” = 2.830 (7,5%)