Aquicultura - Salmões
Monografias: Aquicultura - Salmões. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 9/11/2014 • 1.130 Palavras (5 Páginas) • 518 Visualizações
Salmão é o nome vulgar de várias espécies de peixes da família Salmonidae, que também inclui as trutas, típicas das águas frias do norte da Eurásia e da América. Várias espécies são criadas em aquacultura, especialmente a espécie Salmo salar.
O salmão do Oceano Atlântico volta do mar à água doce para se reproduzir, quase sempre ao mesmo rio em que nasceu. À medida que se aproxima a época da procriação, a cabeça do macho muda de forma, alongando e curvando a mandíbula inferior em forma de gancho e a carne ganha uma coloração esbranquiçada. Enquanto o salmão do Oceano Pacífico morre após a reprodução, o do Atlântico se reproduz mais de uma vez.
Características do peixe
Características físicas
O tamanho do salmão varia muito. A espécie que vive no Atlântico pesa em média cerca de 5,5 quilos. Já as do Pacífico variam. O salmão-rosado normalmente pesa de 1,4 a 2,7 quilos, mas o salmão-real pode alcançar 11 quilos ou até mais.
Enquanto está no oceano, o salmão tem cor prateada e manchas nas costas e nas barbatanas. Durante a estação reprodutiva, nos rios, sua cor passa por mudanças que variam de acordo com a espécie.
Ciclo de vida
Depois de nascer na água doce, o salmão viaja para o oceano, onde vive de um a três anos. Depois faz outra viagem de mais de 3.200 quilômetros, de volta ao seu local de nascimento, a fim de se reproduzir. Ele escala quedas-d’água, saltando sobre elas, e atravessa corredeiras agitadas para chegar às águas em que nasceu.
Uma vez em água doce, o salmão para de comer e se mantém graças à gordura guardada no seu corpo. Os machos lutam, disputando uma companheira. Depois do acasalamento, a fêmea cava um buraco e põe milhares de ovos nele. A maioria dos salmões que vivem no oceano Pacífico morre logo depois do acasalamento, mas muitos salmões da espécie do Atlântico voltam ao mar e podem se reproduzir novamente.
Onde é feito o Cultivo
Mais da metade do consumo mundial de salmão atualmente tem como origem viveiros produtores do Chile, Canadá, Estados Unidos e norte da Europa, com isso a iguaria acabou perdendo suas importantes qualidades nutricionais. Ômega 3, vitaminas A,D,E e do complexo B, Magnésio, Ferro, que bom seria se isso fosse verdade nos peixes vendidos “aos quilos” e em promoção nos supermercados por preços tão acessíveis, não é?
O nível mundial, a aquicultura responde por dois terços da.
Produção total de salmão. A espécie mais cultivada e o salmão
do Atlântico, que representa 93 % da produção total da
aquicultura. Em 2009, os principais produtores mundiais de
salmão do Atlântico eram a Noruega, o Chile, a União Europeia
e o Canadá.
Na União Europeia, a única espécie produzida e o salmão do
Atlântico. A cultura de outras espécies e as capturas da pesca
são irrelevantes. A União e muito dependente do resto do
mundo em relação ao salmão, importando 80 % do salmão
consumido de países terceiros, 80 % dos quais da Noruega. As
importações em proveniência da China estão a aumentar, mas
trata-se essencialmente de salmão originário da Noruega que
e filetado e congelado na China. Os dois principais importadores
de salmão da Noruega são a Suécia e a Dinamarca, embora
estes dois países funcionem essencialmente como plataforma,
reexportando a quase totalidade do salmão importado para os
principais mercados europeus deste produto, nomeadamente
Franca, Reino Unido, Alemanha e Polônia. O papel desempenhado
pela Suécia e pela Dinamarca explica o fato de o valor
do comercio no interior da União ser praticamente tão elevado
quanto o valor das importações. A Polônia e a Alemanha contribuem
igualmente para o importante volume do comercio
interno da UE, porquanto transformam (principalmente por
(fumagem) a matéria-prima norueguesa. As exportações de
salmão da UE (principalmente da Escócia para os Estados
Unidos) não são muito significativas.
Como é feita a Criação
Pela ordem da natureza, o salmão precisa enfrentar uma verdadeira maratona para se reproduzir. Ele nasce em rios e lagos de água gelada e, quando atinge a maturidade, nada em direção ao mar onde fica por até dois anos. Na época da procriação, retorna ao mesmo local onde nasceu, nadando contra a correnteza, rio acima, até desovar. Os que sobrevivem a essa longa (e dura) jornada voltam para o mar e repetem a história no ano seguinte.
Já em cativeiro, a vida é mais fácil. Em Puerto Montt, cidade que fica 1.200 quilômetros ao sul de Santiago do Chile e que responde por 85% da produção do país, tudo começa com a indução da desova em laboratório. Na primeira etapa desse ciclo, cada matriz produz cerca de 5.000 ovas que serão mantidas em cultivo de água doce até os alevinos atingirem 100 gramas de peso. Nos tanques da empresa Marine Harvest, cada salmão nada em círculo em grandes tanques até atingir o peso esperado e cerca de 10 centímetros de comprimento. Só aí eles serão transportados em caminhões-tanques para o alto-mar.
No oceano, onde a temperatura média varia de 10 ºC a 12 ºC, os peixes ficam de 12 a 14 meses no chamado período de engorda. A Aqua Chile, outra importante empresa da região, tem jaulas ancoradas no litoral de Puerto Montt que medem 20 metros de diâmetro por 15 metros de profundidade. Cada uma pode comportar até 30.000 peixes. Para aguentar o peso e a pressão dos ilustres hóspedes, essas jaulas são reforçadas periodicamente e recicladas a cada quatro anos, para evitar os ataques de leões-marinhos e focas – predadores constantes dos salmões.
Após o período de engorda, os peixes com 3 a 4 quilos vão para os centros de processamento. Um desses é o Multiexport Foods, aonde o salmão chega morto (a cabeça é decepada manualmente) para, em seguida, entrar em uma máquina que o divide em três: dois filés e a parte de cima. A parte menos nobre é revendida a outra empresa, que aproveita a pouca carne para fazer hambúrguer. Cabeça, espinha e rabo serão triturados para virar azeite, reaproveitado no processo de engorda dos peixes.
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