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Avaliação Da Utilização Do Mobiliário Em Postos Administrativos

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Por:   •  28/2/2014  •  3.974 Palavras (16 Páginas)  •  485 Visualizações

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Avaliação da utilização do mobiliário

em postos administrativos

Evaluation of the use of office workstation furniture

Luciano Augusto Madid Rosa, Ft.*, Maria Aparecida Salemi, Ft.*, Adriana Moreira Pedrozo, Ft.*, Debora Carolina Gonçal- ves, Ft.*, Claudia D. Ollay, Ft.**

*Pós-graduandos do curso de Especialização em Fisioterapia do Trabalho da Universidade de Santo Amaro – UNISA/SP, **Orien- tadora e professora responsável pela Coordenação do curso de especialização em Fisioterapia do Trabalho da Universidade de Santo Amaro – UNISA/SP

Resumo

Este estudo foi realizado em uma empresa multinacional de mineração, no setor de novos projetos, com o intuito de avaliar se o trabalhador utiliza o mobiliário corretamente de acordo com as nor- mas e conceitos de boa postura no trabalho. Participaram da pesquisa 100 funcionários do sexo masculino, com altura de 160 a 180 cm, que utilizavam postos de trabalhos considerados adequados segundo as normas técnicas e conceitos de ergonomia. Para a avaliação foi realizado um checklist, levando em conta as possibilidades de ajustes existentes neste posto de trabalho: altura de cadeira, angulação de encosto, altura do encosto, posição do computador na mesa (pro- fundidade e altura), utilização do apoio de pé quando necessário. Após avaliação de cada unidade (interação entre posto de trabalho/ funcionário), estas foram classificadas como excelente, ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Teve-se como resultado a classificação de 12% como “péssimo”, 24% como “ruim”, 34% “regular”, 17% “bom”, 10% “ótimo” e 3% “excelente”. Desta forma, verifica-se a necessidade de investir em educação e treinamento para que postos adequados segundo as normas técnicas e conceitos de ergonomia sejam usados de forma correta pelos seus usuários.

Palavras-chave: ergonomia, postura, educação e treinamento.

Abstract

This study was carried out in a multinational mining company, at new projects department, aiming at analyzing if employee uses workstation furniture properly according to standard working posture model. One hundred (100) male employees, with 160 to 180 cm height, composed this sample. The workplace was in accordance to ergonomic standards and guidelines. A checklist was prepared in case of possible adjustments in furniture: chair height adjustment, seat back angle, seat back height, computer position on the desk (height and depth), and usage of feet support when necessary. After analysis of each tested unit (interaction between workstation/employee), they were classified under 6 (six) different categories: excellent, great, good, regular, poor and very poor. The results varied from 12% which was classified as “very poor”, 24% as “poor”, 34% as “regular”, 17% as “good”, 10% as “great” to 3% as “excellent”. Thereupon, vast investment should be made in education and training so that workstations according to ergonomic standards and guidelines can be correctly adjusted by users.

Key-words: ergonomics, position, education and training.

Recebido 30 de outubro de 2007; aceito em 17 de abril de 2009.

Endereço para correspondência: Luciano Augusto Madid Rosa, Rua Barão de Melgaço, 423/13, Real Parque, 05684-030 São Paulo SP, E-mail: luciano@interacaosaude.com.br, kanazawafl@uol.com.br

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Fisioterapia Brasil - Volume 10 - Número 4 - julho/agosto de 2009

Introdução

Atualmente, devido ao grande número de queixas em ambulatórios médicos e afastamento de trabalhadores em empresas, existe uma preocupação maior com as individu- alidades e necessidades dos trabalhadores [1]. Desta forma surge a ergonomia, uma ciência que estuda a adaptação do trabalho ao homem, propiciando conforto, bem estar físico e mental ao trabalhador [2].

O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzem as exigências biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o trabalhador em uma boa postura de tra- balho [2]. Vale ressaltar que não adianta realizar o movimento correto, como, por exemplo, sentar em uma cadeira, pois é preciso também que essa mesma cadeira tenha as medidas de altura e encosto apropriados [3].

A grande variabilidade das dimensões antropométricas da população leva a dimensionamentos inadequados dos postos de trabalho, provocando esforços musculares estáticos e movimentos exagerados dos membros superiores, membros inferiores e o tronco. Posturas inadequadas e alcances forcados podem provocar dores musculares resultando em queda de produtividade [3].

Assim o principal objetivo do projeto do posto de traba- lho é a perfeita adaptação das máquinas e equipamentos ao trabalhador, de modo a reduzir as posturas e movimentos desagradáveis, minimizando as sobrecargas musculares [3].

A ergonomia é dividida em três tipos: física, cognitiva e organizacional. A ergonomia física se preocupa com as carac- terísticas anatômicas, antropometria, fisiologia e biomecânica. Todos eles relacionando as atividades físicas com o posto de trabalho. A ergonomia cognitiva preocupa-se com a carga mental, com a tomada de decisões, com o estresse e com o treinamento. A ergonomia organizacional ocupa-se do estudo do projeto de trabalho, da organização do trabalho, da cultura organizacional e da gestão de qualidade [4].

Portanto, a ergonomia estuda, além das condições prévias, as conseqüências do trabalho e as interações que ocorrem entre o homem, a máquina e o ambiente durante a realização deste trabalho.

Uma ferramenta utilizada pela ergonomia, como já citado, é a antropometria, que estuda as medidas físicas do corpo humano. Atualmente diversos setores da sociedade necessitam de um estudo das medidas para poder ajustar os produtos e locais para os diversos tipos de pessoas, como, por exemplo: roupas, indústrias automotivas, e aeronáuticas [4].

As várias características humanas: raças, etnias, sexo, faixa etária, entre outros; determinam diferentes medidas antropo- métricas determinantes para se projetar qualquer ambiente adequado de trabalho [2].

Do ponto de vista industrial, o ideal seria fabricar um único tipo de produto padronizado, pois isto reduziria os custos; contudo, do ponto de vista do usuário, isto nem sempre proporciona conforto e segurança. Desta forma, os

estudos antropométricos possibilitam o desenvolvimento de um único

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