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Ação dos anticoanalgésicos não esferoidais na inflamação, febre e dor

Por:   •  28/5/2018  •  Seminário  •  1.595 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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Seminário de Farmacologia ll – Opióides e AINE’s

  1. Descrever a ação dos anticoanalgésicos não esteroidais na inflamação, febre e dor.

O processo inflamatório, por si só, é responsável por desencadear uma série de reações que têm como produtos mediadores inflamatórios ( 5 sinais da inflamação: rubor, calor, dor, edema e perda da função). Assim que ocorre a conversão dos fosfolipídios de membrana em A.A , esse será convertido pela COX em mediadores como as PG’s, por exemplo. Essa está envolvida em sinais da inflamação como a vasodilatação, dor e febre. Os AINE’s, ao inibirem a COX ( COX-1 e COX-2) os sinais da inflamação serão amenizados. Tradicionalmente, os AINES vão bloquear o sítio de ligação do A.A às enzimas, o que impede a atividade de catálise das COXS na conversão do A.A em PG’S. No processo de analgesia,  os AINES , indiretamente, por bloquear a produção de PGS , realizarão uma sensibilização periférica, aumentado o limiar de excitação dos nociceptores, bem como uma atuarão a nível de uma sensibilização central: bloqueiam os neurônios do corno dorsal da medula que aumentam os sinais de hiperalgesia. Como antipiréticos, os AINES bloqueiam a COX-2 do endotélio hipotalâmico, reduzindo a produção de PGE2 e revertendo a alteração de temperatura. (Quando ocorre um processo inflamatório, há a liberação de pirógenos que alteram o mecanismo de regulação do termostato hipotalâmico).

  1. Discutir os usos clínicos e os efeitos adversos comuns aos AINES

Os AINES são indicados para o tratamento de dores brandas e moderadas, bem como dores mais fortes e intensas, sendo que é importante destacar que nessa última é protocolo associar um opióide, ainda que o mesmo seja fraco. Atuam também como antipiréticos, dores agudas, tratamento de lombalgias agudas, espondilite anquilosante, artrite reumatóide, gota aguda e dismenorreia ( dor de cólica menstrual- nesse caso, as PGS vão aumentar a contração uterina, alterando também a vasculatura local; há o aumento de tromboxano , leucotrieno e vasopressina).

Quanto aos efeitos adversos, destaca-se: efeitos gastrointestinais ( as PGS são responsáveis pela produção de muco protetor da mucosa gástrica e a redução da secreção do HCl. Os AINES, por ter ação geralmente inespecífica, vão agir sobre a COX-1 da mucosa gástrica, inibindo-a). Aumento nos riscos de sangramentos e hemorragia ( vão diminuir a ativação plaquetária , agindo sobre a COX-1. As PGS atuam na formação de Tromboxano A2, responsável pelo processo de agregação plaquetária). **Obs:. AAS tem função cardioprotetora justamente por reduzir o efeito de agregação plaquetária.** Prolongam a gestação e inibem o trabalho de parto; tem efeito vascular muito importante em fetos – os fetos têm ductos arteriosous, o que melhora oxigenação fetal. Os AINES podem fechar esse ducto, o que prejudica a circulação fetal; atuam a nível renal, elevando a retenção de sódio e água, o que gera quadro de edema; atravessa a barreira hematoencefálica, o que pode levar a cefaléias, tonturas e etc.

  1. Descrever os efeitos adversos e as indicações terapêuticas específicas dos salicilatos.

Os salicilatos vão agir principalmente sobre a COX plaquetária, de modo que o efeito antiplaquetário tem duração de 8 a 10 dias. Por conta disso, seu uso clínico é recomendado para prevenção de ataques isquêmicos transitórios, angina instável, trombose da artéria coronária com infarto do miocárdio e trombose após enxerto de derivação da artéria coronária. Seus efeitos adversos estão ligados ao desconforto gástrico e ulceras gástricas duodenais. Vale destacar ainda que existe o grupo dos salicilatos não acetilados ( salicilato de colina e magnésio, sódio e o salicilsalicilato), esse grupo tem como característica a eficácia na atividade anti-inflamatória, embora tenham pouco efeito de analgesia; por serem menos efetivos que o Ac. Acetilsalicílico como inibidores da COX e por não inibirem a agregação plaquetária, o seu uso é pode ser preferível quando não se deseja inibir a COX, como em pacientes com asma.

  1. Descrever as principais características farmacológicas dos seguintes AINES
  1. Acetaminofen ou Paracetamol – ausência ou quase de efeitos anti-inflamatórios; ação limitada a analgesia e efeito antipirético; absorção rápida e completa. Maior parte é eliminado com o Ac. Glicurônico. Elevado risco de hepatoxicidade grave que é revertida por agentes que aumentam o glutation: aceltilcisteína e metionina.
  2. Indometacina- potente inibidor não seletivo da COX, podendo inibir as fosfolipases A e C . Uso terapêutico para a aceleração do fechamento do canal arterial, síndrome nefrótica, diabetes insípidos, artrite reumatóide juvenil e outras. A probenecida prolonga a ½ vida desse AINE ao inibir a depuração tanto renal quanto biliar.
  3. Ac. Mefanâmico-  ultilizado no tto de artrite reumatóide, dismenorreia primária, osteoartrite e outras. É caracterizado por inibir a COX plaquetária.
  4. Diclofenaco e congêneres-  relativamente não seletivo como um inibidor da COX. A ulceração é menos freqüente do que outros AINES; doses acima de 150 mg/dia parecem comprometer o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular.
  5. Derivados propiônicos- Ibuprofeno ( eficácia analgésica, mas não antiinflamatória; eficácia no fechamento do canal aórtico; contraindicado para pacientes com pólipos nasais, angioedema e reatividade broncoespática ao acido acetilsalicílico). Cetoprofeno ( inibe tanto a COX quanto a lipoxigenase ; tem efeito duplo nas prostaglandinas e nos leucotrienos). Naproxeno ( mostra-se efetivo para as indicações reumatológicas habituais; dispõe uma preparação tópica e de uma solução oftálmica)
  6. Oxicans-  a maioria são inibidores não seletivos das da COX, exceto o meloxicam que tem uma leve preferência pela COX-2
  7. Dipirona- não tem efeitos anti-inflamatórios pronunciados, sendo analgésica e antipirética; boa absorção oral e não recomendadas para lactantes. Atua em um tipo específico de COX, a COX-3
  8. Nimesulida- inibidor preferencial da COX-2; boa absorção no trato gastrointestinal; toxicidade hepática, renal e gastrointestinal quando administrada por repetidas doses
  9. Inibidores seletivos da COX-2 – foram criados para inibir a COX        -2 sem afetar a ação da isozima COX-2 de “manutenção”constitutivamente ativa, encontrada no GI , rins e plaquetas. Bloqueiam com maior eficiência que a COX-1; não apresentam efeito cardioprotetor e podem provocar efeitos renais tóxicos.

 

  1. Descrever os tipos de receptores opióides e as funções a eles correlacionadas.

Os receptores opióides são de três tipos:  μ (mu ou mi), κ (kappa) e δ (delta). O receptor μ está envolvido nas funções de analgesia supraespinal e espinal; sedação; inibição da respiração; redução do trânsito gastrintestinal; modulação da liberação de hormônios e neurotransmissores. Em uma escala de afinidade, percebe-se que com os peptídeos opioides endógenos existe essa sequência de afinidade: endorfinas > encefalinas > dinorfinas. O receptor  δ está envolvido na analgesia supraespinal e espinal; modulação da liberação de hormônios e neurotransmissores ( Encefalinas > endorfinas e dinorfinas). Por fim, o receptor κ  também está envolvido na analgesia supraespinal e espinal; efeitos psicotomiméticos e redução do trânsito gastrintestinal ( Dinorfinas>> endorfinas e encefalinas).

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