CADERNO 36: DIABETES MELLITUS
Por: LANAVARGAS • 29/1/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 960 Palavras (4 Páginas) • 481 Visualizações
CADERNO 36: DIABETES MELLITUS
Algumas ações podem prevenir o diabetes e suas complicações. Essas ações podem ter como alvo rastrear quem tem alto risco para desenvolver a doença (prevenção primária) e assim iniciar cuidados preventivos; além de rastrear quem tem diabetes, mas não sabe (prevenção secundária), a fim de oferecer o tratamento mais precoce.
1. RASTREIO
A probabilidade de apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia depende da presença de fatores de risco. O público-alvo para o rastreamento do DM preconizado pela Associação Americana de Diabetes:
*Pessoas com fatores de risco para DM: deverão ser encaminhados para uma consulta de rastreamento e solicitação do exame de glicemia. Se negativos, podem ser testadas a cada 3 a 5 anos .
*Casos de tolerância diminuída à glicose, glicemia de jejum alterada ou diabetes gestacional prévio, podem ser testados mais frequentemente, por exemplo, anualmente.
Recomenda-se que a consulta de rastreamento para a população-alvo definida pelo serviço de Saúde seja realizada pelo enfermeiro da UBS, encaminhando para o médico em um segundo momento, a fim de confirmar o diagnóstico dos casos suspeitos.
* Os objetivos da consulta de rastreamento são: conhecer a história pregressa da pessoa; realizar o exame físico, incluindo a verificação de pressão arterial, de dados antropométricos (peso, altura e circunferência abdominal) e do cálculo do IMC; identificar os fatores de risco para DM; avaliar as condições de saúde e solicitar os exames laboratoriais necessários e que possam contribuir para o diagnóstico e para a decisão terapêutica ou preventiva.
2. CLASSIFICAÇÃO
- DM 2: 90% dos casos
- DM 1: 8% dos casos
- DM Gestacional
- Outros tipos especificos de DM: raros e associados a defeitos genéticos.
*Diferenciação diabetes tipo 1 e o tipo 2 (Em casos de dúvida): solicitar níveis de anticorpos anti-GAD e medida de peptídeo-C plasmático (avaliação da reserva de insulina pancreática ).
* Anticorpos positivos e peptídeo C abaixo de 0,9 ng/ml: sugerem o diagnóstico de diabetes tipo 1
* Anticorpos negativos e peptídeo C elevado: sugerem diabetes tipo 2 .
2.1. DM 2
Evolução insidiosa e sintomas brandos, geralmente em adultos com longa história de excesso de peso e história familiar de DM2.
Há um estado de resistência à ação da insulina, dessa forma evoluem por longos anos, antes de usar insulina para controle.
Quando usam Insulina, o objetivo é controle da hiperglicemia e não para evitar cetoacidose.
2.2. DM 1
Apresentação abrupta, geralmente em crianças e adolescentes sem excesso de peso. Tendencia à hiperglicemia e cetoacidose.
É um estado de deficiência absoluta de insulina pelas celulas beta (processo auto-imune- anticorpo anti-GAD positiva- DM TIPO 1 AUTOIMUNE OU 1A. Quando não tem causa conhecida, é chamado de DM 1 IDIOPÁTICO OU 1B.
2.3 DM GESTACIONAL
Estado de hiperglicemia detectado pela primeira vez durante a gravidez. Detecção na primeira consulta de pré-natal.
3. DIAGNÓSTICO
SUSPEITAR:
DM1: sintomas abruptos e presença dos 4P’s (polidipsia, poliúria, polifagia, perda de peso)
DM2: geralmente assintomático ou a suspeita aparece já associada a complicações (retinopatia, proteinuria, neuropatia, doença arteriosclerótica, infecções de repetição...)
4. CONSULTA MÉDICA DO DIABÉTICO (após o Diagnóstico)
A consulta médica deverá incluir quatro aspectos fundamentais: história da pessoa, exame físico, avaliação laboratorial e estratificação do risco cardiovascular.
4.1 HISTÓRIA
4.2 EXAME FÍSICO
O exame físico da pessoa com DM é muito importante, visto que pode detectar complicações da doença e identificar outras condições que, associadas, aumentam a morbimortalidade e influenciam no tratamento.
4.3 EXAMES COMPLEMENTARES
- ECG: somente se tiver sintomas cardíacos tipicos ou atipicos de doença coronariana, ou ECG de repouso alterado.
- Glicemia e de Jejum e HbA1C: solicitar 2 vezes ao ano, se
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