Caso Clinico

Atividade 1 – aula 1 – Caso Clínico

PROBLEMA: um homem de 73 anos de idade com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é admitido no serviço de emergência devido a um quadro de dificuldade respiratória aguda, o qual não é aliviado com o repouso. O paciente foi internado mais de oito vezes durante os últimos anos por vários problemas respiratórios. O médico do paciente acredita que este episódio pode refletir uma piora de seu processo patológico e prescreve um broncodilatador inalável, via inalador com dosímetro. Após o terapeuta entrar no setor e se apresentar, o paciente se torna bastante defensivo, afirmando que ele não necessita de qualquer assistência com tratamentos e que deveria apenas deixar a medicação no local. O terapeuta não havia tratado o paciente no passado e teve de decidir como responder ao pedido do paciente.

DISCUSSÃO: embora esse paciente apresentasse relutância em permitir que o terapeuta administrasse a terapia, uma comunicação verbal, e talvez não verbal (a mensagem), suficiente foi expressa pelo paciente (emissor) para que o terapeuta (receptor) determinasse um plano de ação. Como a comunicação humana é um processo em duas vias, o terapeuta desempenha um papel ativo para futuras mensagens e interações. Este é um conceito fundamental que o terapeuta deve dominar porque isto ajuda a identificar os problemas de um paciente, avaliar o progresso e recomendar uma subsequente terapia respiratória. O terapeuta deve reconhecer que, quando um indivíduo verbaliza uma discordância com uma prescrição de um tratamento e apresenta um comportamento defensivo, o terapeuta deve tentar entender o que o paciente está dizendo e não replicar. Por exemplo, o terapeuta poderia tentar colocar o paciente à vontade por meio de um bom contato visual, gesticulando de modo efetivo e mantando uma distância segura do paciente enquanto estivesse falando. O terapeuta deveria buscar um feedback do paciente para garantir que a mensagem foi entendida da maneira pretendida. Nesta situação, pode ser apropriado que o terapeuta observe o paciente autoadministrando a medicação, desde que o paciente possa demonstrar uma técnica apropriada. Permitir que o paciente participe ativamente do tratamento médico, quando possível, pode servir para ajudá-lo a manter um senso de controle sobre seu processo patológico.

Capítulo 3 – Segurança do Paciente, Comunicação e Manutenção dos Registros

WILKINS, Robert L., STOLLER, James K., KACMAREK, Robert M. Fundamentos da Terapia Respiratória. 9ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2009.

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