DOR TORÁCICA, ANGINA ESTÁVEL E SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS
Por: Luiz Eduardo Leimig • 7/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.949 Palavras (8 Páginas) • 458 Visualizações
DOR TORÁCICA, ANGINA ESTÁVEL E SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS
1. DOR TORÁCICA
A dor torácica pode ter causas cardíacas ou não-cardíaca
A dor torácica cardíaca é dividida entre isquêmica e não-isquêmica
A dor torácica não-cardíaca é dividida entre gastroesofagiana e não
gastroesofagiana
Características da dor cardíaca isquêmica
Localização: Precordial/retroesternal
Caráter: Aperto, peso, opressão, queimação
Irradiação para o membro superior esquerdo e mandíbula (ás vezes, membro
superior direito, os dois membros ou dorso)
Intensidade: Geralmente muito intensa
Sintomas associados: sudorese, náusea, vômitos
Fatores de alívio (repouso, nitrato); fatores de piora (esforço físico, emoções)
José Neto – Semiologia 2013 Página 2
Classificação da dor torácica quanto à probabilidade de isquemia miocárdica
Dor tipo A – Definitivamente isquêmica: Tem pelo menos 3 características
de dor isquêmica. Diagnóstico de isquemia sem necessidade de exames
complementares
Dor tipo B – Provavelmente isquêmica: Características de dor isquêmica,
mas é preciso exames complementares para fechar diagnóstico
Dor tipo C – Provavelmente não isquêmica: Características não sugerem
isquemia, mas é preciso exames complementares para excluir a hipótese
Dor tipo D – Definitivamente não isquêmica: Nenhuma característica de
dor isquêmica
A dor isquêmica do miocárdio é causada, na grande maioria das vezes, pela
doença coronariana aterosclerótica e pode ser crônica, representada pela angina
estável (AE), ou aguda, representada pelas síndromes coronarianas agudas
(angina instável, infarto agudo do miocárdio)
2. FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA
Idade: homens > 45 anos e mulheres > 55 anos
Antecedentes pessoais: DM, HAS, obesidade do tipo central (abdominal),
dislipidemia
Antecedentes familiares de doença coronariana
Hábitos de vida: tabagismo, sedentarismo, vida estressada
3. ANGINA ESTÁVEL
Causada por uma estenose coronariana pela presença de placa aterosclerótica
fibrosada ou calcificada (crônica)
A dor é isquêmica e surge apenas durante esforço físico ou estresse emocional,
quando o miocárdio exige maior demanda por oxigênio. O repouso e o nitrato
sublingual alivia a dor
Outros fatores desencadeantes da dor: frio, banho, fumo, cafeína
Os melhores métodos diagnósticos complementares são o teste ergométrico e o
ECG de esforço, que pode mostrar infradesnivelamento de ST, mas só são
indicados nos casos duvidosos, pois nada supera a anamnese e o exame físico
Tratamento baseado na mudança dos hábitos de vida, controle dos fatores de
risco, da fisiopatologia da angina e na prevenção da evolução para SCA
Mudança nos hábitos de vida: Parar de fumar, dieta, perda de peso, exercício
físico regular, controlar a PA (< 130 x 80), controlar a glicemia
Antiagregantes plaquetários evitam a evolução para síndrome coronariana
aguda
AAS em dose diária de 100mg
Clopidogrel 75mg/dia para pacientes que não toleram o AAS
Anticoagulante oral cumarínico para quem não tolera AAS e clopidogrel
Warfarina (Marevan®
) numa dose para manter o INR entre 2 e 3
José Neto – Semiologia 2013 Página 3
Estatinas para controle da dislipidemia, prevenção da DCA e redução do risco
cardiovascular. Objetivo: LDL < 70mg/dL
Drogas antianginosas (atuam contra o mecanismo da angina)
Nitratos vasodilatam as coronárias, melhorando o fluxo
- Nitroglicerina, mono e dinitrato de isossorbida
Betabloqueadores evitam a taquicardia do esforço físico e estresse
emocional, assim o miocárdio não vai exigir tanto oxigênio
4. SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS
Definição e classificação
Qualquer conjunto de sinais e sintomas compatível com isquemia miocárdica
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