Diagnóstico Ambiental Do Rio Do Gelo Uma Ferramenta Para O Planejamento Ambiental
Ensaios: Diagnóstico Ambiental Do Rio Do Gelo Uma Ferramenta Para O Planejamento Ambiental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lanaipb • 5/6/2014 • 5.365 Palavras (22 Páginas) • 1.120 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA- UFPB
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE
BACHARELADO EM ECOLOGIA
DOCENTE: Ms. NADJACLEIA VILAR ALMEIDA
DISCIPLINA: PLANEJAMENTO AMBIENTAL
DISCENTES: DÉBORAH NAYARA GUILHERME DA SILVA
GABRIELA CRISTINA DA SILVA SOARES
IZOLDA DOS SANTOS RODRIGUES NETA
Rio Tinto- PB
Julho- 2011
RESUMO
A ocupação desenfreada do espaço é um fator determinante para a degradaçãode ambientes naturais, principalmente no que se refere a Áreas de Preservação Permanente (APP). Muitos são os casos encontrados na literatura de danos causados a estas áreas. Diante disto se faz necessário a elaboração de um diagnóstico, para identificação dos possíveis impactos ambientais, que estejam interferindo no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e terrestres. Mediante isto este trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico ambiental do Rio do Gelo, como base para o planejamento ambiental, visando detectar os principais pontos de degradação da área. O estudo foi realizado através de visitas in locopara identificar os impactos. Os resultados obtidos pelo diagnóstico ambiental identificaram que a vegetação e o corpo hídrico no local de estudo encontram-se, degradados devido aos processos de ocupação desordenada, lançamento de resíduos sólidos, bem como pela liberação de resíduos da indústria canavieira. Resultando no empobrecimento da biodiversidade da área. Podendo-se concluirassim a necessidade de se realizar a prática de medidas mitigadoras para a recuperação do corpo hídrico e da vegetação nativa como forma de preservação da área.
Palavras chave: Degradação, Diagnóstico ambiental, Planejamento ambiental, APP, Rio do Gelo, Impacto ambiental.
1. INTRODUÇÃO
O crescimento exponencial da população humana juntamente com o avanço tecnológico a partir da revolução industrial, tem causado consequente degradação ambiental, dentre estas podemos destacar, devastação das florestas, a extinção de inúmeras espécies animais, a contaminação e poluição de corpos aquáticos, assim como danos a própria população humana. Diante desta problemática o Código Florestal brasileiro - Lei Federal 4771/1965 – é um dos instrumentos legais mais eficazes e duradouros em termos de meio ambiente. Esse código foi posteriormente alterado pelas leis 7803/1989 e 7875/1989, nas quais as florestas são conhecidas como bens comuns a todos os habitantes do país. O referido código estabelece como áreas de preservação permanente, uma faixa de terra que varia de 30 a 600 metros de largura das margens dos rios, ou de qualquer corpo de água, os topos de morro, as encostas com declividade superior a 45 (Philippi jr.et al, 2004).Num âmbito geral, em função da pouca ou má fiscalização, percebe-se que as Áreas Preservação Permanente (APP) são facilmente susceptíveis a descaracterização.
O diagnóstico ambiental pode ser definido como o conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada área em diferentes escalas (país, estado, bacia hidrográfica, município) para a caracterização da sua qualidade ambiental. A elaboração do diagnóstico ambiental envolve interpretar a situação ambiental problemática, a partir da interação e da dinâmica de seus componentes, quer relacionado aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores socioeconômicos. A caracterização da situação ou da qualidade ambiental pode ser
realizada com objetivos diferenciados. A situação do meio ambiente costuma ser avaliada por temas relacionados aos aspectos físicos (clima, geologia, geomorfologia, pedologia, hidrologia) e biológicos (fauna e flora). As pressões são verificadas pela avaliação das atividades humanas, sociais e econômicas (uso da terra, demografia, condições de vida, infraestrutura e serviços). (Fontanellaetal, 2009). Assim o diagnóstico ambiental constitui o levantamento de dados ecológicos de uma dada região, sendo uma valiosa ferramenta para se realizar um planejamento ambiental. (Sousa, 2008).
Gómez Orea (1978) define planejamento ambiental como “um processo racional de tomada de decisões, o qual implica necessariamente uma reflexão sobre as condições sociais, econômicas e ambientais que orientam qualquer ação e decisão futuras”. Gallopin (1981) define como uma “proposta e implementação de medidas para melhorar a qualidade de vida presente e futura dos seres humanos, através da preservação e do melhoramento do meio ambiente, tanto em seus aspectos localizáveis (espaciais), como não localizáveis”.
Desse modo, percebe-se que o termo planejamento ambiental é utilizado de forma abrangente e que pode ser utilizado para definir todo e qualquer projeto de planejamento de uma determinada área que leve em consideração fatores físico-naturais e socioeconômicos para a avaliação das possibilidades de uso do território e/ou dos recursos naturais, ainda que haja, de acordo com os objetivos e metodologias de cada projeto, certa ênfase em determinado fator. (Botelho, 2001).
Este trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico ambiental do Rio do Gelo, como base para o planejamento ambiental, visando detectar os principais pontos de degradação da área.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1MODIFICAÇÃO DA PAISAGEM E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO
Paisagem pode ser definida como um sistema territorial composto por componentes e complexos de diferentes amplitudes formados a partir da influência dos processos naturais e da atividade modificadora da sociedade humana, que se encontra em permanente interação e que se desenvolvem historicamente (Polette, 1999). Ela ainda pode ser interpretada como um terreno heterogêneo, composto de agrupamentos de ecossistemas interagentes que se repetem de forma similar, sendo que as paisagens são delimitadas conforme a sua homogeneidade em relação ao clima, geomorfologia e regimes
...