Disponibilidade De Alimentos
Trabalho Escolar: Disponibilidade De Alimentos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: binhan • 9/12/2014 • 1.268 Palavras (6 Páginas) • 485 Visualizações
A disponibilidade de alimentos divergiu bastante de acordo com a evolução dos períodos históricos, tanto no âmbito nacional, como no mundial, caracterizando os tempos antigos pela baixa disponibilidade de alimentos e os mais modernos por existir alimentos disponíveis, porém não acessíveis a todos os grupos sociais.
Na Pré-história e Idade Antiga a disponibilidade de alimentos era muito baixa e a alimentação era proveniente da busca pelos mesmos, os homens comiam o que a natureza tinha para oferecer, essa busca ocorria através da caça, pesca e da coleta de frutas existentes. Todavia, o homem desejava mais que o alimento em si e começou a desenvolver formas de cultivar novos alimentos, tendo destaque para os cereais e condimentos. Através do sabor e dos novos cultivos alimentares desenvolveu-se a arte de comer e de beber (SAVARIN, 1995).
Já na Antiguidade Clássica e Idade Média, por conta das guerras, invasões e revoluções ocorreu uma grande disseminação do uso de diferentes tipos de alimentos entre os povos, além do aperfeiçoamento dos modos de produção dos mesmos, obtendo-se assim introdução de alimentos como: arroz, vegetais, frutas, condimentos e cana-de-açúcar. A partir dessa troca de experiências alimentares foi possível desenvolver um intercâmbio cultural, de hábitos, culinária e conhecimentos a cerca da alimentação (GARCIA, 1995; ORNELLAS, 1978).
As descobertas técnico-científicas marcaram a alimentação na Idade Contemporânea, merecendo destaque: o aparecimento de novos produtos, a renovação de técnicas agrícolas e industriais, a descoberta da fermentação, com a produção de vinhos, cervejas e queijos, os avanços da genética com o cultivo de plantas e criação de animais e as técnicas para conservação de alimentos (ABREU, 2000).
Com esses avanços tecnológicos na indústria alimentícia, ocorreu o aumento crescente na disponibilidade de alimentos, o quadro que se instalava a partir de então era a falta de acesso aos mesmos. Existiam preparações destinadas e caracterizadas como comida de pobre por serem mais econômicas como as provenientes do milho e outras mais sofisticadas, comparecendo assim apenas à mesa dos ricos, como as produzidas com cacau, baunilha e tomate.
Além disso, o cultivo e as preparações consumidos diferiam por área, sendo que nas mais desenvolvidas ocorriam maiores proporções de alimentos de origem animal, variados tipos de vegetais, frutos, açúcares e bebidas e nas em áreas em desenvolvimento o consumo se restringia a grandes quantidades de cereais e o consumo de vegetais e frutas era bem menor e o mínimo de alimentos de origem animal (PEKKANIVEW, 1975).
Logo, nota-se desde então que o alimento está disponível, mas não é acessível para milhões de pessoas que não têm poder aquisitivo nem terras (COMITE NACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, 1992).
DESIGUALDADE SOCIAL E FOME
A desigualdade social ocorre em quase todos os países, em proporções e dimensões diferentes, e é desencadeada principalmente pela má distribuição de renda entre a população, em que há a concentração da maioria dos recursos nas mãos de uma minoria, garantindo a essa um maior e melhor acesso a subsídios educacionais, econômicos, alimentares, de saúde, de segurança, dentre outros.
Nesse sentido, segundo FERREIRA E LATORRE, 2012 discorrem que a desigualdade social é uma condição inerente ao próprio sistema capitalista, em que um pequeno grupo de pessoas detém os meios de produção e o capital financeiro, enquanto a maioria da população possui apenas a sua força de trabalho.
Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado em 13 fevereiro de 2014 alerta para o aumento das desigualdades sociais em nível mundial, segundo o relatório ICPD Beyond 2014 Global Report diz que as desigualdades sociais em crescimento, vão anular os significativos ganhos alcançados nos últimos vinte anos em áreas como a saúde e a longevidade.
Relata os progressos feitos como a diminuição significativa da mortalidade durante a gravidez, assim como a mortalidade pós-parto; um aumento nos cuidados infantis de 15% a nível mundial desde 1990 e a gravidez precoce que diminui igualmente a nível mundial. Assim como nos dias de hoje existem mais mulheres a estudar, a trabalhar e a ter uma vida política ativa. Porém alerta que estes progressos não estão sendo alcançados de forma global. “Nas comunidades mais pobres”, refere o relatório “o estatuto social das mulheres, a mortalidade materna, os casamentos infantis continuam a acontecer tendo-se verificado muito pouca evolução nos últimos 20 anos” e, segundo este mesmo documento da ONU, há situações em que “o estado atual de coisas é ainda pior do que antes”. Também relata que a expectativa de vida continua baixa e, por dia cerca de 800 mulheres ainda morrem durante o parto sendo que há 222 milhões de mulheres sem qualquer acesso a métodos contraceptivos ou a planejamento familiar.
Nesse mesmo documento encontra-se ainda que para que esses ganhos se mantenham
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