Doenças Autoimunes

AUTO-IMUNIDADE

A auto-imunidade ocorre quando o sistema imune de um indivíduo reage contra suas próprias células. Essa

reação de “autodestruição” pode ser mediada por células T ou por anticorpos.

Acredita-se que o que evita a auto-imunidade em um indivíduo normal desde sua vida fetal, seja o

mecanismo de auto-tolerância, ou seja, os linfócitos são expostos desde o inicio da vida, a estes auto-

antígenos, e acabam por criar um mecanismo de auto-tolerância. Seja este mecanismo a eliminação dos

linfócitos com receptores para auto-antígenos, já não sendo mais encontrados na vida adulta; e/ou a

inibição desses linfócitos para que não ataquem suas células próprias, tornando-os inativos. Os linfócitos

T supressores são responsáveis pela inibição das células T helper e citotóxico, quando deparados com um

Outro mecanismo de defesa contra a auto-imunidade são os anticorpos bloqueadores, que se ligam aos

linfócitos para que estes não reconheçam os antígenos próprios.

Caso ocorra uma falha na supressão dos linfócitos, tanto T quanto B, que produzem os anticorpos, ou outras

alterações, a auto-tolerância pode ser quebrada e uma doença auto-imune pode se desenvolver.

Como a auto-imunidade se desenvolve ainda não é totalmente conhecida, porém sabe-se que fatores

genéticos, virais e imunológicos estão envolvidos. Uma modificação da base genética de um linfócito pode

acarretar uma resposta auto-imune, assim como um vírus pode se associar a um anticorpo modificando seu

sitio ativo, de modo a torná-lo não tolerante, ou o agente infeccioso pode provocar a perda de linfócitos

T supressores e induzir a auto-imunidade. Diversas etiologias podem levar à uma doença auto-imune,

inclusive abalos emocionais. Porém, a patogênese será sempre restrita a um grupo de fatores.

Fatores que podem desenvolver a auto-imunidade são:

Um desvio da tolerância dos linfócitos T, que pode acontecer por modificação do auto-antígeno, que quando

ligados a drogas ou microorganismos podem ter seu sitio modificados de modo que estimulam células não

tolerantes, ou ainda, estes antígenos podem ser degradados, exibindo epítopos diferentes; Ou por reação

cruzada entre agentes infecciosos e as próprias células que compartilham de antígenos semelhantes.

A perda da função supressora das células