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Doenças infecciosas

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Por:   •  12/9/2014  •  Artigo  •  1.500 Palavras (6 Páginas)  •  482 Visualizações

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Caxumba

O aumento do volume da região do pescoço é típico da caxumba.

A caxumba, também denominada papeira, parotidite infecciosa e parotidite endêmica; é uma doença viral cujo responsável pela infecção pertence à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus. Com grande capacidade de transmissão, esta se dá através do contato direto com saliva, gotículas aéreas e objetos contendo o vírus. Este também pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, podendo causar abortos espontâneos.

Essa doença, que ocorre principalmente em crianças, apresenta como sintoma principal o inchamento de uma ou mais glândulas salivares, causando um aumento exagerado do volume da região do pescoço. Além desse fator, febre e, em alguns casos, inchamento das glândulas salivares, náuseas, sudorese, zumbido nos ouvidos e dores no corpo e na cabeça podem se manifestar. Em alguns casos excepcionais surgem complicações, como a orquiepididimite (inchamento dos testículos), ooforite (inchamento dos ovários), pancreatite, meningite e encefalite.

O período de incubação varia entre duas e três semanas após o contato com o agente transmissor, sendo que o indivíduo acometido é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes das manifestações sintomáticas, e até nove dias depois desse evento.

O diagnóstico é feito pela análise do quadro clínico e, quando necessário, a cultura do vírus e testes sorológicos podem ser requeridos.

Não existe tratamento para a eliminação do vírus, sendo este visado apenas para aliviar os sintomas da doença. Assim, repouso e, em alguns casos, antitérmicos, analgésicos e compressas são indicados. Quanto à prevenção, a vacina tríplice viral (MMR) aos 15 meses de idade, e não ter contato com alguém acometido pela doença são capazes de fornecer resultados satisfatórios.

Botulismo

Botulismo é uma doença grave e rara, que pode levar a paralisia, e é causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Existem três tipos de botulismo: o botulismo de feridas, o botulismo infantil e o botulismo alimentar.

O botulismo de feridas ocorre devido à toxina presente na ferida, conseqüência da contaminação do ferimento pela bactéria. O tratamento geralmente é cirúrgico, com o objetivo de remover a fonte da bactéria, que produz a toxina.

O botulismo infantil ocorre pela ingestão de esporos da bactéria e a conseqüente proliferação das mesmas no intestino da criança, produzindo a toxina que causa a doença. Essa ingestão pode acontecer pela ingestão de mel, por exemplo. Os sintomas desse tipo de botulismo são: constipação, falta de apetite, choro fraco e diminuição no tônus muscular.

O botulismo mais comum é o botulismo alimentar, que ocorre devido à ingestão de alimentos que contenham a toxina butulímica. Normalmente a toxina está presente em alimentos mal conservados ou contaminados.

A bactéria Clostridium botulinum só se desenvolve na ausência de oxigênio. Por isso, alimentos enlatados e embalados a vácuo tem maior probabilidade de contaminação. Latas estufadas, por exemplo, não devem ser utilizadas, e a procedência de alguns alimentos deve ser investigada antes do consumo, como é o caso do palmito.

São vários os sintomas do botulismo, porém nenhum é característico apenas dessa doença, o que pode atrasar o diagnóstico. Pessoas que consumiram alimento contaminado apresentam os primeiros sintomas entre doze e trinta horas. São eles: visão dupla e turva, aversão à luz, pálpebras caídas, boca seca, garganta seca, dificuldade de engolir, vômito, fala ininteligível, retenção de urina, constipação intestinal, fraqueza muscular podendo evoluir para paralisia respiratória.

Como esses sintomas podem levantar suspeita de várias doenças, exames como tomografia cerebral, eletromiografia e exame do fluido espinhal podem ser necessários para excluir essas suspeitas. Portanto, o modo mais rápido e barato de se obter o diagnóstico preciso de botulismo seria injetar fezes ou plasma do paciente em uma cobaia, um camundongo, e observar se o mesmo apresenta os sintomas do botulismo.

Se diagnosticado o inicio, o botulismo pode ser tratado com uma antitoxina que impede a ação da toxina presente na corrente sangüínea. Mesmo nesses casos, a recuperação pode levar semanas.

O botulismo pode causar a morte por parada respiratória. Por isso, em casos mais graves, é necessário tratamento intensivo, inclusive com respiradores artificiais, muitas vezes por anos. Seqüelas como falta de fôlego e fadiga podem melhorar após anos de terapia.

Balantidiose

A balantidiose é uma protozoose, ou seja, uma doença transmissível causada por protozoários. O responsável por tal moléstia é chamado Balantidium coli, um protozoário ciliado com alto grau de complexidade. É comum encontrar este parasita em ambientes onde há criação de animais, principalmente suínos.

O Balantidium coli se instala no intestino grosso onde sofre desencistamento e liberação dos trofozoítos – forma infectante do parasita. É geralmente comensal da luz do intestino de suínos, obtendo sua nutrição por absorção de matéria orgânica dissolvida e se reproduzindo de modo sexuado ou assexuado. Além disso, pode ainda invadir a mucosa intestinal, caso esteja lesada.

Com o desenvolvimento e multiplicação destes protozoários no hospedeiro, novos cistos são liberados ao meio ambiente através das suas fezes contaminadas. Os cistos são considerados como uma resistência às adversidades do meio. E caso o homem possua carências nutricionais, ausência de condições sanitárias adequadas ou falta de higiene com sua alimentação e principalmente com as mãos, facilmente contamina-se o solo, a água, e conseqüentemente, outros homens e também animais; em especial os porcos, por serem os hospedeiros naturais do Balantidium. Outros animais também podem ser atingidos, como os macacos, chimpanzés, cães, ratos e cobaias.

A pessoa que possui balantidiose pode ser assintomática (ausência de sintomas) ou sintomática, com surtos de diarréia. Em aproximadamente 50% dos casos, as pessoas são assintomáticas. Já nas sintomáticas, a infecção se manifesta através de febre, diarreia, náuseas, vômito,

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