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Exame Físico Mulher Gravida

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Por:   •  26/11/2013  •  1.424 Palavras (6 Páginas)  •  1.602 Visualizações

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Exame Físico em Mulher Grávida

Consulta de enfermagem:

a) Entrevista da gestante:

• Preenchimento dos dados da ficha e cartão.

• Investigação e registro das alterações.

b) Exame físico:

• Avaliação do peso e do estado nutricional da gestante.

• Determinação de sinais vitais.

• Avaliação das mamas direcionada ao aleitamento materno.

• Medida da altura uterina.

• Ausculta do BCF.

• Toque vaginal quando necessário para diagnosticar trabalho de parto.

c) Solicitação dos exames laboratoriais de rotina padronizados (teste de gravidez, exame de urina rotina e urocultura com antibiograma, eritrograma, glicemia de jejum e pós dextrosol, grupo sanguíneo e fator RH, IgM e IgG para toxoplasmose, VDRL, pesquisa de HbsAg, anti HIV)

d) Diagnóstico (análise e interpretação das informações):

• Cálculo da idade gestacional.

• Avaliação do estado nutricional materno.

• Acompanhamento do ganho de peso e crescimento uterino.

• Avaliação de situações de risco materno-fetais.

e) Ações complementares:

• Orientações.

• Prescrição de Sulfato Ferroso profilático.

• Atendimento de maior complexidade (nível secundário ou terciário).

• Imunizações.

• Práticas educativas coletivas.

• Programa de suplementação alimentar.

• Atendimento odontológico.

• Agendamento das consultas subseqüentes.

Exame Físico Especial (Obstétrico)

Inspeção

A inspeção geral inclui o aspecto da gestante, que tem o rosto cheio, olhar vivo, respiração ativa, cintura alargada e curva dos quadris aumentada. Devido ao aumento do volume abdominal, a grávida desloca para traz o seu centro de gravidade. Assim, acentua a lordose e afasta os pés para aumentar a sua base de sustentação. O andar da grávida é pesado e arrastado (marcha anserina).

A inspeção obstétrica propriamente dita deve verificar, na cabeça, a lanugem (sinal de Halban) e o cloasma ou “máscara gravídica”, que é a hiperpigmentação causada pela secreção aumentada de hormônio melanotrófico. No pescoço verificamos pequeno aumento da tireóide. À expressão das mamas, aparece o colostro, havendo também o aparecimento da aréola secundária (sinal de Hunter) e, em número de 12 a 15, dos tubérculos de Montgomery (glândulas sebáceas).

Na parede abdominal podem ser apreciadas as estrias gravídicas, formadas pela superdistensão das fibras elásticas e a "linea nigra", que nada mais é que a pigmentação da primitiva "linea alba", puboumbilical. As estrias podem ser de dois tipos: as recentes são violáceas, e as antigas, esbranquiçadas. Quanto à forma, o útero é geralmente ovóide, sendo globoso na gemelidade.

A inspeção dos genitais externos mostra o arroxeamento da vulva e da vagina (sinal de Jacquemier-Kluge) e a eventual presença de varizes, tumores ou ainda Bartholinite (são glândulas acessórias dos genitais externos femininos).

Palpação

O palpar identifica no feto sua apresentação e sua posição. Além disso, aprecia o volume fetal pela altura uterina e a quantidade de líquido amniótico. Palpação obstétrica três tempos: exploração da escava, do fundo uterino e a verificação do dorso fetal. Com as mãos espalmadas explora-se a escava e averigua-se se está ocupada (pólo cefálico), parcialmente ocupada (pólo pélvico) ou vazia (nas apresentações córmicas). A seguir palpa-se o fundo uterino e por último as laterais, para definir o dorso fetal, a exploração do dorso fetal, a mobilidade cefálica e a exploração do estreito superior.

Completa-se a palpação pela medida da altura uterina (AU), usa-se para tanto, a fita métrica. Utilizamos como pontos de referência para a medida da altura uterina a sínfise púbica e o fundo uterino, palpado com a face ulnar da mão. Antes de medir a altura uterina deve-se solicitar que a paciente esvazie a bexiga, pois a bexiga cheia pode alterar a AU em até 3 cm. Através da AU pode-se, e aqui cabe uma série de restrições, estimar a idade gestacional.

Ausculta

Pela ausculta pode-se reconhecer ruídos fetais e maternos. Permite também verificar a vitalidade do feto, a prenhez única ou múltipla e confirmar o diagnóstico da apresentação e posição feitas pelo palpar.

É imediata quando se aplica o ouvido diretamente sobre o ventre materno, ou mediata por intermédio do estetoscópio de Pinard ou ainda pelo Sonar-Doppler.

Os ruídos fetais compreendem o batimento cardíaco e o sopro funicular (por compressão do cordão e sincrônico com o anterior). O número médio de batimentos é de 140 por minuto, melhor audíveis no lado do dorso fetal, local este denominado foco.

Os batimentos cardíacos fetais são audíveis a partir da 20a. semana quando utilizamos o estetoscópio de Pinard ou a partir da 12a. semana quando utilizamos o Sonar-Doppler. Alguns fatores como a acuidade auditiva do examinador, espessura do panículo adiposo da paciente, quantidade de líquido amniótico, etc, podem dificultar a detecção dos batimentos cardíacos fetais em idades gestacionais mais precoces.

As apresentações cefálicas têm o seu foco abaixo da latitude umbilical e as pélvicas, acima; as apresentações direitas no seu lado e as esquerdas idem. As anteriores, sempre um pouco à frente das posteriores.

Os ruídos de origem materna são representados pelo sopro uterino e pelo sinal de Boero (boa audibilidade da aorta abdominal materna nos casos de óbito fetal), sendo ambos sincrônicos com o pulso materno.

Exame Pélvico

O exame pélvico é realizado com a paciente em decúbito

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