Experimentação Animal

Experimentação Animal

INTRODUÇÃO

A pesquisa científica contribui com ponderável parcela para o bem estar do homem e dos animais. Os conhecimentos de Biologia em geral, de saúde, de comportamento e das interações "homem-animal-ambiente" nem sempre podem ser obtidas só pela observação e pelo registro do que normalmente acontece, ao longo da vida, com o homem e com os animais, quer como indivíduo isolado quer como população e, por isto, a experimentação científica é absolutamente necessária para que o ciclo do conhecimento se complete, se renove e se torne útil.

Nos tempos atuais, ainda há muita polemica em torno deste assunto. Os meios de comunicação brasileiros divulgam noticias sobre tentativas de proibir sumariamente o uso de animais em pesquisas cientifica, a questão da experimentação com animais é complexa e os cientistas ao contrario do que alguns pensam, não estão alheios a ela. As organizações cientificas internacionais e instituições publicas e privadas do setor, em diferentes países, debatem o tema e buscam soluções para reduzir o numero de animais, e substituí-los sempre que for possível. Nos estudos científicos fica quase indispensável o uso de animais, em muitos casos.

Mas isso é feito hoje de acordo com as normas éticas internacionalmente aceitas e os próprios cientistas investigam novos métodos que permitem minimizar ou ate eliminar essa necessidade.

Ética na Experimentação Animal

A ética é uma atitude cultural e crítica sobre valores e posições de relevância no momento de atuar. No campo da Experimentação Animal, consiste em experimentos que sejam de benefício direto para a vida e para a saúde humana e animal. Consideram-se éticos também, os que procuram novo saber, a fim de contribuir para o conhecimento da estrutura, comportamento e função dos seres vivos. O princípio ético exige que se tenha um ganho maior de conhecimento com um número menor de animas e menor sofrimento dos mesmos.

Dois cientistas ingleses, Russell & Burch, conseguiram sintetizar com três palavras o Principio Humanitário da Experimentação Animal. Por sua grafia em inglês conter a letra R no inicio de cada palavra: Replacement, Reduction e Refinement, que ficou definido como o Principio dos 3Rs:

Replacement: significa alternativas, indica que sempre que é possível devemos usar, no lugar de animais vivos, materiais sem sensibilidade, como cultura de tecidos ou modelos em computador.

Reduction: significa redução, onde se deve usar um menor número de animais, desde que nos forneça resultados estatísticos significativos. Refinement: significa aprimoramento, refere-se a técnicas menos invasivas, ao manejo de animais somente por pessoas treinadas.

A maioria dos cientistas envolvidos com experimentação animal atualmente possui respeito pela vida e se preocupa em conduzir suas pesquisas sem causar dor e sofrimento aos animais, seguindo os princípios éticos da experimentação animal, portanto, sabe-se que não é fácil policiar as pesquisas, pois esta é realizada em laboratórios fechados e pode-se dizer que o uso ético de animais depende muito da integridade e consciência de cada cientista.

Vivissecção

Vivi de vivo/ secção secar

Ato de dissecar um animal vivo.

A prática mais antiga (sec I D.C) que nós temos de vivissecção, foi utilizado por Aristóteles (filósofo grego, que seus escritos abrangem a física, ética, biologia e zoologia), que detalhou a anatomia de 400 animais em suas obras, tendo 50 deles dissecados. Porém, ha Experimentos utilizados em animais vivos para variados fins científicos,

A vivissecção é a experimentação em animais vivos para estudos de suas anatomias, fisiologias e outros fins científicos. Esses animais vivos são submetidos a praticas laboratoriais, como por exemplo, testes com drogas, cosméticos e produtos de limpeza, também nas praticas médicas, como treinamento cirúrgico, transplante de órgãos e, na amputação de membros, que na maioria das vezes são sadios, para a implantação de próteses produzidas com novos materiais, e outros tipos de testes com armas e produtos químicos, tabaco, etc. Existe também o experimento de fixação de instrumentos em órgãos internos, principalmente no crânio, para o monitoramento das suas atividades diante de choques elétricas ou novas drogas. Ex: ocorre muito com macaco

Os vivisecconistas afirmam que os benefícios alcançados por estudos em animais, são justificados com resultados obtidos e, acreditam que pesquisa médica em animais é aceitável, se esses benefícios ultrapassam os maléficos infligidos aos animais. Argumentam também que avanços científicos importantes não seriam alcançados sem o recurso animal e, defendem a idéia da pesquisa para cura de doenças. Porém a questão da vivissecção foi enfrentada na legislação, estabelecendo normas praticas na pesquisa em animais, na qual em 2008 foi criada uma lei que estabelece procedimentos para uso científicos de animais.

Lei 11.794/2008

Cápitulo IV