Filme Um Golpe do Destino

Um Golpe do Destino. Randa Haines. Estados Unidos: Touchstone Picture, 1991.

Impressões pessoais do filme

O filme Um Golpe do Destino, me permitiu compreender amplamente todo o processo de adoecimento humano através da ótica da relação medico/pasciente. Neste âmbito, o longa-metragem exibe a trajetória do Dr. McKee, um cirurgião egoísta e isolado com um relacionamento familiar pouco pessoal. Ele tratava sua profissão como algo maquinizado, na qual a relação profissional era encarada como concerto – concertar pacientes danificados.

Esta primeira visão que encabeça o enredo, traz para o meu contexto uma sensação de estranheza, visto que, por mais que não estejamos na condição de enfermo, conhecemos familiares e amigos que já passou por estas circunstâncias. Nesta perspectiva, o filme trazer à tona a indiferença perante o sofrimento humano, o que me fez refletir concluir que se trata de uma conduta paradoxal, já que o médico lida com vidas que possuem histórias e estórias de pessoas reais.

O ponto de virada do filme ocorre quando o médico supracitado deixa a condição de doutor e passa a ser paciente. Na condição de usuário ele visualiza a mecanização da prática médica. Também percebe o quão burocrático, demorado e desdenhoso pode ser o ambiente hospitalar.

O filme consegue categoricamente demonstrar que quando falamos de doença estamos falando de vidas que adoecem. Logo, acompanhamos não apenas a história de um cirurgião que adoece, mas sim de um ser humano que se deixou levar pelos estigmas da sua profissão tornando-se inacessível e precisou virar paciente para entender o valor das pessoas independentemente da situação em que se encontram.

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