Fontes de radiação seladas e não seladas
Por: RaianeCosta • 13/9/2017 • Resenha • 1.567 Palavras (7 Páginas) • 4.019 Visualizações
1 Fontes de Radiação ionizantes seladas e não seladas
As radiações ionizantes são ondas eletromagnéticas de frequência muito elevada que contêm energia suficiente para produzir a ionização e atravessar a matéria e remover elétrons, ionizando os átomos moléculas. Normalmente é dividida em dois grupos: Radiação corpuscular e radiação eletromagnética.
A radiação corpuscular é a radiação sob a forma de partículas. É constituída por um feixe energético de partículas: elétrons, prótons, nêutrons, pósitrons. Existem quatro tipos de radiação: alfa, beta e gama e X.
A radiação eletromagnética é caracteriza pela oscilação entre um campo elétrico e um campo magnético e está classificada de acordo com a frequência de ondas, sendo as mais conhecidas: ondas de rádio ou tv, micro-ondas, radiação infravermelha, ultravioleta, raios X e raios gama.
As fontes de radiação são classificadas em dois tipos: seladas e não seladas. Sendo que as Fontes seladas,são aquelas em que o operador não tem acesso ao material radioativo, como: radioterapia, raios-x. E as fontes Não seladas, são aquelas em que o trabalhador pode ter contato físico com o material ou substância radioativa, como: radiofármacos, manuseio de fontes em laboratório, entre outras.
2 Fontes de radiação na saúde, indústria e pesquisa
Convivemos diariamente com a radioatividade, seja através de fontes naturais ou pelas fontes artificiais. A radioatividade está na luz solar, na medicina e até mesmo nos alimentos que consumimos. A partir da descoberta da radioatividade a ciência moderna percebeu que inúmeros usos e aplicações poderiam ser criados. O uso mais importante é na produção de energia elétrica através das usinas nucleares. Mas também existem várias outras formas de fazer uso desse fenômeno:
Na indústria: Fontes de radiação tem grande utilização na indústria em geral. É utilizada no controle de produção, no controle do desgaste de materiais, na determinação de vazamentos em canalizações e oleodutos, em radiografias de tubos, lajes, entre outros, para detectar trincas, falhas ou corrosões, etc.
Na medicina: Isótopos radioativos são utilizados no tratamento de doenças como no tratamento de câncer através da radioterapia, e em pesquisas médicas e biológicas. Como indicadores de radiação são utilizados na pesquisas de metabolismo e certos alimentos, no controle do percurso de certas substâncias pelo organismo humano e de animais com diagnóstico e tratamento de certas doenças.
Na pesquisa: Laboratórios de pesquisa aceleradores de partículas de reatores nucleares são utilizados para descobrir novas partículas conhecer melhor a estrutura de compostos químicos, o metabolismo de certos alimentos e também para produzir novas fontes de radiação ionizantes.
3 efeitos biológicos das radiações
As radiações ionizantes são capazes de produzir danos biológicos aos seres vivos. Quando uma pessoa sofre uma exposição de forma descontrolada, ela pode apresentar anemia, perda do número de plaquetas, queda de cabelo, dermatite, esterilidade e espondilite anquilosante, entre outras manifestações. Um dos efeitos mais importantes das radiações ionizantes é a mutação celular. Quando a mutação ocorre em células somáticas, a manifestação ocorre somente no indivíduo mutante, no entanto, mutações que ocorrem em células germinativas podem ser transmitidas para gerações sucessivas.
O corpo humano interage diferentemente quando recebe uma dose de radiação. A esse processo denominamos radiosensibilidade celular que segue uma relação inversamente proporcional á especialização celular. Quanto mais especializada a célula, menos sensível a radiações. Pessoas Jovens e, em especial, indivíduos na fase embrionária são mais suscetíveis aos efeitos das radiações.
A radiação pode danificar a célula pelos mecanismos direto e indireto. Sendo que no direto, a radiação pode agir diretamente sobre a molécula de DNA, podendo ocasionar reorganização das bases nitrogenadas ou mesmo a quebra cromossômica. No indireto as moléculas da agua são quebradas pela radiação, tornando-as um radical livre. Esse processo, chamado de radiólise da água, é de extrema importância, uma vez que 70% do corpo humano é constituído por água.
Os efeitos biológicos das radiações podem ser classificados em: Estocásticos, que não apresentam dose limiar, onde o efeito pode ocorrer em função da dose absorvida; e Determinísticos, onde apresentam um limiar de dose, cuja gravidade aumenta com o aumento da dose recebida. Os efeitos biológicos também podem ser divididos em somáticos e hereditários, onde os efeitos somáticos ocorrem no próprio individuo exposto à radiação, o que pode ocorrer imediata ou tardiamente à dose recebida. Os efeitos hereditários são transmitidos para futuras gerações por meio de alterações do código genético. Essas alterações cromossômicas ocorrem nos gametas masculinos e femininos.
4 Princípios de Proteção radiológica
OS fundamentos da proteção radiológica obedecem ao princípio ALARA-As Low As Reasonable Achievable. Essa expressão traduzida quer dizer: “ Tão baixo quanto razoavelmente exequível”, numa referencia à utilização de doses suficientes para o cumprimento de suas finalidades.
Os organismos nacionais e internacionais que regulam as normas de proteção radiológica estabelecem princípios quanto ao uso das radiações ionizantes para os profissionais, pacientes e público em geral, de forma que todos possam fazer uso dessa energia de forma segura e harmoniosa. OS requisitos básicos da proteção radiológica referenciadas na normativa Comissão Nacional de Energia Nuclear ( CNEN) e reconhecidos pelas autoridades sanitárias brasileiras são: Justificação, otimização e limitação da dose.
A justificação estabelece que nenhuma prática ou fonte descrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente beneficio para o individuo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado.
A otimização estabelece que as instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente exequíveis.
Os limites de dose individuais são valores de dose efetiva ou de dose equivalentes, estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do publico, decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser
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