HUMANIZAÇÃO E CUIDADO EM SAÚDE Children´s Hospital and Clinics
Por: Tiago Acioly • 6/7/2017 • Resenha • 1.107 Palavras (5 Páginas) • 606 Visualizações
HUMANIZAÇÃO E CUIDADO EM SAÚDE
Children´s Hospital and Clinics
O texto aborda um case que trata inicialmente um fato ocorrido no Children´s Hospital and Clinics, onde uma falha na ministração de morfina em uma criança, que estava internada no hospital, poderia ter gerado uma tragédia. Embora o caso tenha terminado bem, demonstra como o hospital conduziu a apuração dos fatos através de um plano muito bem elaborado, com objetivo de identificar as falhas ocorridas, e sem objetivo de punições, se precaver em novas falhas do mesmo tipo. O referido plano é detalhado ao decorrer do texto, desde a sua implementação, pela sua então diretoria operacional, Julie Morath, sua operação, e por fim, questões importantes levantadas sobre pertinência e riscos envolvidos.
Formado em 1994, pela junção do Children´s Medical Center de Mineápolis e pelo Children´s Hospital-St. Paul, o Children´s Hospital and Clinics, mais conhecido como Children´s, é um hospital especializado em pediatria, com 270 camas hospitalares, mais de 3.400 funcionários e aproximadamente 1.500 médicos. Seu primeiro CEO foi Brock Nelson, até então Diretor Executivo do Hospital St. Paul.
Na narrativa do erro médico citado, em 5 de janeiro de 2001, o Dr. Ellington passou uma receita de 0,8 mg de morfina por hora para um paciente de 10 anos. A enfermeira Ginny Swenson a Patrick O´Reilly, responsável por ministrar a medição, não tinha a experiência necessária para programar a bomba de infusão eletrônica, de forma que obteve ajuda de outra enfermeira, Molly Chen, que também não tinha a devida experiência. Dessa forma, foi dada uma dose bem acima do medicamento, que quase levou a óbito a criança, que foi salva pela rápida atuação do Dr. Ellington, que rapidamente ministrou uma droga que revertia os efeitos da morfina. No dia seguinte, o Dr. Chirs Robison, Diretor Associado de Assuntos Médicos, conduziu as apurações do ocorrido, de forma a não buscar a qualquer custo um culpado, se preocupando mais em como entender o que aconteceu, identificar oportunidades de melhorar e dar apoio aos profissionais de saúde e aos familiares da criança. O relatório final foi então apresentado para Julie Morath, Diretora Operacional do Children´s, quando debateram a forma de contar a família o ocorrido, assim como reavaliaram os processos internos do hospital.
Julie Morath, que se tornou diretoria do Children´s em 1999, tem vasta experiência em administração de saúde, assim como cursou em Harvard, sessões executivas sobre erro médico, que é algo mais comum do que divulga. Sua vontade de ter mais responsabilidade pela segurança de pacientes foi um ponto crucial para sua contratação no Children´s, onde viria a implementar um plano de segurança de pacientes. Dessa forma, a partir de então, a segurança do paciente tornou-se sua prioridade máxima no hospital, onde também teve apoio de outros médicos importantes na área de saúde. Já no início do seu trabalho, se preocupou em apresentar dados de acidentes médicos ocorridos nos EUA, quando percebeu que muitas pessoas no hospital relutavam em acreditar que erros médicos poderia vir a ser um grande problema no Children´s.
Uma das primeiras iniciativas de Julie Morath foi a criação de grupos focais, que tinha como objetivo envolver as diversas áreas do hospital, motivando os funcionários a pensar criativamente na segurança do paciente. Pouco tempo depois, Morath lançou um processo de planejamento estratégico para definir metas do hospital, de forma que segurança do paciente foi um dos temas centrais do plano.
Ao final de 1999, a diretoria do Children´s aprovou o plano de Morath e Nelson para implementar um programa de segurança do paciente no hospital. O plano abordava três componentes principais: cultura, infraestrutura e projeto de ministração de medicamentos.
Morath passou a criar uma cultura de comunicação franca sobre questões de segurança do paciente entre os funcionários, priorizando uma linguagem que pudesse melhorar aprendizado com erros anteriores, sem a necessidade de encontrar culpados. Foram promovidos diálogos sobre a segurança do paciente, através de sessões para funcionários do hospital aprenderem mais com pesquisas sobre segurança do paciente; um novo sistema de comunicação, batizado de “comunicação sem culpa”, cuja ideia era permitir que as pessoas informassem confidencialmente erros ocorridos, também foi
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